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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Isto é em Inglaterra mas não há-de ser diferente do que acontece aqui, ainda para mais porque este [anglo-saxónico] é o sistema que mais copiámos no passado recente e vemos os problemas serem os mesmos: cortes na educação, crianças e jovens em pobreza crescente, falta de interesse e desvalorização no trabalho dos professores, falta de professores, violência contra professores, políticas de adesivo que não sabendo conter hemorragias mandam pôr adesivo para tapar a ferida e ninguém ver.
Ainda há duas semanas um rapaz de 12 anos bateu num professor e exclamou triunfante, 'já lhe parti o focinho'. Não recordo o ministro da educação ter dito algo a propósito deste assunto. Talvez no entender dele não seja muito grave... ... quem sabe se o professor não mereceu, não é verdade...?
Entretanto anda a dar entrevistas ao modo do grande masturbador [“No hay que ser impositivos: cuando confías en las escuelas, responden”Portugal se ha convertido en un referente mundial en mejora educativa y pedagogías innovadoras. Es la nueva Finlandia] em que arrecada o mérito, com um descaramento desavergonhado, de termos melhorado no PISA, numa entrevista que é um rol de mentiras e traições (desde, la intensa formación del profesorado até confiarem nos professores sem nada imporem) que até mete nojo, sabendo nós o estado a que votam as escolas e os professores.
Vai lá para fora gabar os professores mas aqui dentro é só ofensas, controlo, desprezo, perseguição e degradação. Já aprendeu com o Costacenteno a arte de ter duas caras.
Subimos no relatório PISA, não devido ao trabalho dos milhares de professores que trabalham apesar das políticas anti-pedagógicas e reformas atrás de reformas de ministros incompetentes, mas devido a este indivíduo, quem sabe, um iluminado, que sem perceber nada de ecucação tem revelações da divindade...
Agora até já dizem que somos a nova Finlândia lol
Cá dentro tratam-nos como bestas, como se viu no ano passado e acham que devíamos ser proibidos de fazer greves. Mas depois vão lá para fora gabar do trabalho que fizémos nestas condições incríveis como se o trabalho fosse deles. Isto é só rir...
Passa-se aqui o mesmo que em Inglaterra. Para terem pretexto de cortarem dinheiro na educação destruiram os professores, o que teve como efeito, como se gabou a outra incompetente, que o Costacenteno tem como ídolo, de terem ganho os pais contra os professores. Nisso foi ela competente.
Daí segue-se que o mau comportamento dos filhos é aceite como normal pelos pais, pois os professores, como se sabe, são todos uns incompetentes e, hoje em dia, espera-se que um professor tolere o mau comportamento dos alunos. Como se fizesse parte da natureza de ser aluno, comportar-se mal e/ou violentamente e da profissão de professor tolerar esse comportamento.
A inclusão é entendida como tolerância total, até dos comportamentos mais intolerantes. Os alunos podem falhar em todos os seus deveres: faltar a quase todas as aulas, faltar aos apoios, não estudar como se estudar fosse um dever do professor e não deles, ser mal educados, violentos, auto-indulgentes e, mesmo assim, o ministro quer que passem de ano e que se esconda informações na pauta para ninguém perceber que as pobres crianças passaram com 9 negativas, por exemplo e processos disciplinares por mau comportamento, tudo em nome de uma inclusão perspectivada como uma anulação de tudo o que deve ser uma escola na formação da pessoa. Ahh mas têm aulas de cidadania, como se umas aulas teóricas tivessem algum valor face à prática do quotidiano que as contraria. Não sabendo conter hemorragias mandar tapar as feridas com pensos rápidos para não se verem. E é disto que ele se gaba lá fora...
Many say poor behaviour is making them want to leave the profession, NASUWT finds.
Nearly nine in 10 teachers said they had received some sort of verbal or physical abuse from pupils in the past year. Eighty-six per cent said they had been sworn at and 46% said they had been verbally threatened.
Many teachers said the abuse and attacks made them less enthusiastic about their job. Several said they did not report poor behaviour because they feared school leaders would take no action, while others said they had been warned that doing so would harm their careers.
...
Kitchen said “incredible” levels of poverty and homelessness were having a major impact within British classrooms.
He also said: “Resources for the classroom are being diverted away from teaching to be spent on law firms, accountancy and private companies, to name but a few.
Kitchen said “a climate of fear” was being used in some schools as a tool to control teachers.
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