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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Quando as escolas falham no dever de proteger os mais frágeis e de responsabilizar os agressores os pais dos não-agressores, mesmo que não sejam das turmas dos alunos em questão, devem juntar-se e não arredar pé até que se resolva o problema. Hoje em dia nenhuma escola quer ser sinalizada como escola com problemas disciplinares porque isso faz perder créditos junto do ME. Então varre-se tudo para debaixo do tapete. É assim que se desculpam e tratam como coitadinhos os alunos que não querem trabalhar (ninguém quer lidar com pais agressivos que ensinam aos filhos a auto-indulgência) e desvalorizam as queixas de maus tratos dos mais frágeis.
Quem é que tem segurança em mandar um filho para uma escola onde tem que defender-se como se estivera num pátio de prisão?
Com 12 anos, a menina tem necessidades educativas especiais (NEE). "A minha filha tem uma constituição física muito frágil e, no início do ano letivo, levava uma mochila com rodinhas para a escola porque não aguentava o peso dos livros", recordou a mãe.
A discriminação terá começado aí. "Havia colegas que gozavam com ela, tiravam-lhe a mochila e andavam com ela aos pontapés", referiu a progenitora. O facto de a criança ter 12 anos e frequentar o quinto ano de escolaridade terá sido também motivo "de gozo" por parte de outros alunos.
"Já detetámos algumas incongruências nos relatos que ouvimos. Abrimos um processo de averiguações, mas não está posta de parte a possibilidade de ter sido uma brincadeira que correu mal", disse ao JN Alberto Rodrigues, responsável pela Escola Básica de Vila Verde.
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