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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Já não sei traduzir-me em letras
na madrugada sem sono
ao som das rajadas do vento
nem tento...
não quero
o refúgio das sombras.
já não sei como hibernar
como ser noite sem dia
lua
tenebrescente
quisera ser estóica
não sentir, não sofrer,
aqui ou ali,
este ou aquele
ser tudo mais ou menos indiferente
tenebrescente
é sabido que não tenho
sentido de orientação
não sei encontrar caminhos
nem sei dar coordenadas
das coisas do coração
tenebrescente
não aprendi a resguardar-me
do silêncio que me nega
da ausência que me fere
da distância que me apaga
bja
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