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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
O que parece quase impossível porque cada vez a aumentamos mais. A grande dúvida não é saber o que se vai passar na UE nos próximos 4 anos já que a Merkele foi novamente eleita e sabemos o que ela diz e faz, sendo que não é credível que de repente se torne diferente do que sempre foi e, a não ser que uma catástrofe atinja o planeta com os malucos megalómanos que governam os EUA e outros países, vai ser mais do mesmo. Esperar que ela mude seria como esperar que a macieira do quintal, de repente, começasse a dar pêras. A grande dúvida é saber se os outros países da UE vão continuar 'amarasmados', por assim dizer, no que respeita à vontade de fazer alguma coisa para reformar o funcionamento da UE.
Era preciso lidar com a questão de uma UE federada e construí-la muito inteligentemente preservando certos princípios de soberania e equilíbrio sem os quais os europeus vão acabar, mais tarde ou mais cedo, em guerra uns com os outros como têm feito nos últimos milénios.
A Merkele tem as características que têm todos os políticos no poder que é, não o quererem partilhar. É por isso que a Alemanha nunca dará, por sua iniciativa, um passo no sentido do equilíbrio económico entre os países da UE. Como, provavelmente, estes serão os últimos 4 anos em que está no cargo, é bom que nos preparemos para lidar com quem vem a seguir, que poderá ser uma força com elementos da extrema-direita, sendo que, nesse caso, a nossa dívida há-de tornar-nos muito vulneráveis e não teremos apoio de ninguém na UE, porque na UE, estão todos em modo de 'salve-se quem puder'. Navegam todos à vista com esse fim e ninguém parece ter ou querer ter uma estratégia comum que obrigue a Alemanha a dar certos passos integrativos.
Se deixarmos fugir a oportunidade do contexto actual em que o país virou moda e está com um ânimo positivo, sem dar passos no sentido de estruturar um futuro viável, depois não nos podemos queixar do que virá. Os políticos têm que fazer melhor do que fazem. Há ministros muito maus como o da Defesa e o da Educação e outros de muito baixo nível que andam de cargo em cargo a trabalhar para a vidinha. Se fossemos um país rico, podíamos dar-nos ao luxo de manter parasitas mas como não somos, temos que exigir que o critério para os cargos seja a competência e não o amiguismo político. Viu-se o que isso deu nos incêndios deste ano em Pedrogão.
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