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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
As ideias de racismo e xenofobia já são defendidas com orgulho e os movimentos extremistas internacionalizaram-se.
‘Let them call you racists’: Steve Bannon delivers fighting speech to France’s National Front
“I came to Europe as an observer and to learn,” Bannon said, wearing his typical rugged attire before a cadre of the party elite dressed in suits.
“What I’ve learned is that you’re part of a worldwide movement, that is bigger than France, bigger than Italy, bigger than Hungary — bigger than all of it. And history is on our side,” he said. “The tide of history is with us, and it will compel us to victory after victory after victory.”
“Wear it as a badge of honor. Because every day, we get stronger and they get weaker.”
Former chief strategist to President Trump, Stephen K. Bannon and National Front leader Marine Le Pen at a news conference March 10, 2018, in Lille, France. (Thibault Vandermersch/European Pressphoto Agency)
A mim o que me alarma é ver que só agora vêem. Então pensavam que as políticas do empurra refugiados de um lado para o outro, de usá-los como campanha política para ganhar votos mais o discurso dos países do Norte serem uns coitados que suportam preguiçosos não teriam consequências? E se em vez de alarmes dessem algum contributo positivo para solucionar o problema que é para isso que existem?
Last week, Rudd unveiled plans to force companies to reveal how many foreign staff they employ, to a chorus of disapproval. She said foreign workers should not be able to “take the jobs that British people should do” and announced proposals to make companies publish the proportion of “international staff on their books”.
... e foram substituídos por estranhos que falam inglês, parecem ingleses mas não são os ingleses.
"...only when Swedes and Portuguese stand up for each other "could they be expected to support a roughly equivalent minimum wage, or the general equality of conditions for pursuing individual life projects, even if they remain shaped by national belonging." (Jurgen Habermas)
A Europa nunca foi multicultural [já uma vez escrevi sobre a eugenia na Suécia e Dinamarca no início do séc. XX], as expectativas de boa vida das pessoas dentro da UE desde a queda do muro de Berlim e do fim da URRS não se concretizaram e estão a descarregar a sua frustração nos imigrantes. Os líderes dos países da UE serem medíocres não ajuda nada.
Um tal de João Quadros escreveu um artigo de opinião mesquinho e xenófobo no Jornal de Negócios [Os avós de Schäuble] no qual chama nazis, brutos, ignorantes e insensíveis a todos os alemães. Se o artigo não tivesse sido publicado num jornal com alguma reputação não seria digno de nota, de tal modo é ofensivo de um modo básico, mas a verdade é que o publicaram. Não que me admire muito, pois outro dia uma professora universitária foi convidada para ir ao Expresso da Meia Noite exibir a sua xenofobia básica contra os gregos. Este articulista, querendo criticar o espírito dogmático e duro de Schäuble, fê-lo exibindo esse mesmo espírito dogmático mas de um modo superlativamente empedernido e limitado. Parece ele que faz parte de um povo iluminado, que nós portugueses somos um povo culto, magnânimo, impoluto...
De facto, não estamos preparados para uma União Democrática Europeia, muito menos para uma Ordem Mundial, se cada povo vê os outros pelos olhos da xenofobia: os alemães são nazis, os gregos caloteiros, os portugueses calões, os árabes são muçulmanos, os muçulmanos terroristas... até mesmo dentro do país o Presidente exibe uma opinião segundo a qual os portugueses não são de confiança já que não serão capazes de respeitar-se e entender-se sem maiorias para obrigar...
Outro dia estava a ver na TV uma conversa sobre a decadência do sistema político português. Uma das pessoas dizia que em Portugal, um partido novo que quisesse chegar com outros valores não teria entrada pois os directórios têm o espaço político fechado. Logo a seguir perguntaram-lhe sobre a Grécia: disse que os dois gregos eram uns extremistas irresponsáveis e que era uma lição para Portugal, para 'esses partidozecos' que querem chegar e mudar as coisas... assim é difícil...
FN à Marseille: Stéphane Ravier interdit l'usage d'une langue autre que le francais ...
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Dans son texte, Stéphane Ravier, élu aux dernières municipales, rappelle que "la langue de la République est le français", conformément à l'article 2 de la Constitution. "En conséquence, est interdit l'usage d'une langue autre que le français par les agents en service, notamment dans les centres sociaux ou d'animation", écrit-il. Seule exception: dans le cas où les interlocuteurs ne parleraient pas le français. Autrement dit, les agents n'ont pas le droit de parler entre eux -ou avec des administrés qui parlent français- une autre langue que celle de Molière.
Stéphane Ravier justifie sa circulaire par "des plaintes de personnes se sentant exclues ou discriminées."
... estão a passar-se na Grécia. São muito graves porque já passaram o âmbito de iniciativas de grupos radicais. São agora representantes do Estado grego que, com fundos europeus, promovem uma política de discriminação xenófoba, muito parecida com aquela que foi iniciada pela Alemanha há 70 anos, quando, numa primeira fase, tentaram que todos os judeus e outros não arianos desaparecessem do solo alemão.
A política da UE de sistemática humilhaçao pública dos gregos que já dura há seis anos não terá ajudado... se estas iniciativas se pegam a outros países é o fim da Europa como ideal iluminista, progressivo, humanista. O que não é desprovido de ironia, tendo em conta que esta aventura começou, justamente, na Grécia.
Uma dúvida: o prémio Nobel da paz atribuído à Europa também inclui 'esta' Grécia?
A polícia grega anunciou hoje que imprimiu "1,5 milhões de folhetos informativos" que vão ser distribuídos aos imigrantes "com o objetivo de aumentar o número de regresso de estrangeiros aos seus países de origem".
Os impressos, financiados por fundos europeus, "vão ser distribuídos aos provenientes de países terceiros para os informar sobre um programa de regresso aos seus países de origem em condições de segurança, de dignidade, e sem serem obrigados a pagar [a viagem]", indicou o comunicado da polícia, citado pela agência noticiosa AFP.
Escritos em 13 línguas, onde se incluem o inglês, francês, espanhol, albanês, russo, chinês, árabe, bengali, curdo, farsi, pachtun, dari ou urdu, os panfletos serão distribuídos na direção de estrangeiros da polícia de Atenas. As missivas serão ainda enviadas às autoridades diplomáticas ou a diversos locais onde trabalham estrangeiros.
Após a formação do novo Governo de coligação em junho, dirigido pelo conservador Antonis Samaras, a polícia grega intensificou o controlo dos migrantes no país e já expulsou 2.135 indocumentados.
Em agosto, a Human Rights Watch denunciou a caça aos imigrantes sem papéis pela polícia grega no centro de Atenas, e que segundo esta ONG não tem "qualquer base legal".
Num cenário de profunda crise económica e social, num país dependente dos programas de resgate assinados com os credores internacionais a partir de 2010, a Aurora Dourada (extrema-direita) garantiu pelo primeira vez representação parlamentar nas eleições de junho, enquanto se multiplicavam violentos incidentes xenófobos.
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