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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Acerca do documentário indiano com a entrevista ao violador assassino que culpa a vítima de ser mulher e da polémica sobre a censura indiana ao documentário.
Um estudo norte-americano revelou que um terço dos estudantes violaria uma mulher se isso não tivesse qualquer consequência para eles.
O questionário, cuja maioria dos inquiridos são jovens americanos caucasianos, perguntou aos estudantes como é que agiriam numa situação onde pudessem ter relações sexuais com uma mulher contra a sua vontade, “sem que ninguém soubesse e se não houvesse consequências”.
31,7% respondeu que teria relações sexuais com uma mulher nessas circunstâncias, ou seja, que a violaria.
Mais chocante ainda é que a maioria dos homens não reconhece esta atitude como uma violação, uma vez que quando lhes perguntaram directamente se violaria uma mulher, apenas 16,3% respondeu que sim.
“Alguns homens afirmaram que usaria a força para ter uma relação sexual mas negam ter violado uma mulher”, afirmaram os autores do estudo, realizado por universidades de North Dakota, ao Independent.
Quanto àqueles que afirmaram que violariam uma mulher, os investigadores explicam que são homens violentos para com as mulheres e não o escondem.
Uma cultura de desrespeito dos direitos mais básicos das mulheres, promovida pelas sociedades nas pessoas dos educadores e de todos quantos promovem a redução das mulheres a objectos sexuais e de procriação. Não fazer nada para mudar este estado de coisas equivale a uma cumplicidade tácita e, quanto maior a esfera de influência das instituições maior a cumplicidade.
Relatório fala em "crianças obrigadas a assistir a violações brutais e ameaçadas de serem as próximas caso contassem a alguém".
Cerca de 1400 crianças foram exploradas sexualmente durante 16 anos em Rotherham, em South Yorkshire (Reino Unido), entre 1997 e 2013. Segundo um relatório divulgado esta terça-feira nos media locais, mais de um terço das crianças deveriam estar a ser vigiadas pelas agências de protecção de menores, mas as autoridades - políticas, civis e policiais - não agiram para as proteger.
(...) a gravidade do problema foi minimizado pelos responsáveis políticos e não foi visto como prioridade pela polícia de South Yorkshire. A polícia "olhava com desprezo para as crianças vítimas de abusos".
As Mulheres do Exército norte-americano têm mais chances de serem violadas na zona de combate do que de serem mortas por soldados inimigos. O Departamento de Defesa do país estima que, só em 2010, cerca de 19.300 soldados mulheres foram assediadas sexualmente. Na maioria das vezes os agressores são companheiros de batalha e chefes. Depois, abafam tudo ou dão duas semanas de prisão ao agressor e uma medalha de mérito e honra.
É triste, as mulheres terem que defender-se, em primeiro lugar, dos que deviam ser seus camaradas e, é triste perceber que a educação machista vai de vento em poupa.
A guerra mais antiga a decorrer no planeta é a que os homens fazem às mulheres e que, em muito grande parte, resulta da educação machista defendida pelas religiões, adoptadas pela maioria dos povos.
É uma vergonha. Se tivéssemos, uma geração que fosse, educada sem a violência do machismo e sem a violência física que os pais, irmãos, maridos e namorados fazem contra as mulheres, teríamos uma sociedade muito diferente.
Sortir du tabou du viol. C'est l'objectif du manifeste «Je déclare avoir été violée» publié aujourd'hui dans Le Nouvel observateur. En France, un viol toutes les 8 minutes se produit, et chaque année 75 000 femmes en sont victimes. Un acte trop banal et massif pour Clémentine Autain. A l'origine du texte, la militante d'Osez le féminisme victime d'un viol à 22 ans est la première signataire.
Isto é triste.
Jornal de Notícias
A Polícia Judiciária abriu 1382 inquéritos por crimes sexuais contra menores, uma média de 83 abusos de crianças por mês, num total de 995 . Foram detidos 91 sujeitos. Dados do Relatório de Segurança Interna sobre 2008.
Quase 1400 crimes de natureza sexual contra menores foram investigados em 2008 - 43 dos quais cometidos contra dependentes (portadores de deficiência física ou mental). Deste total, a Polícia Judiciária (PJ) instaurou 995 processos por abuso sexual de crianças, ou seja: 83 casos por mês.
Os números que figuram no Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) mostram que os abusos visaram 132 adolescentes e que foram denuncidas 131 violações. Uma média de 11 casos mensais, representando 42% do total de violações participadas ao longo do ano passado.
Osoutros cerca de 60% são mulheres, não menores, na quase totalidade. Cerca de 14 por mês? São violadas, em Portugal, cerca de 25 mulheres e menores por mês? Que se saiba, fora os que não se denunciam, por medo?
Esta violência predatória tem que explicar muita coisa! Deficientes, internados, nada escapa, de tudo se servem como se todas as pessoas, excepto eles próprios, fossem coisas, recipientes?
Que se passa com os homens?
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