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O que choca nesta notícia:

por beatriz j a, em 01.06.13

 

 

 

 

Professora leva pontapé no peito

Uma professora da Escola Secundária Padre Alberto Neto, em Queluz (Sintra), foi agredida na quinta-feira por um aluno do 11º ano com um pontapé no peito e caiu por umas escadas. A docente, de 48 anos, foi assistida no Hospital Amadora-Sintra, tendo sofrido traumatismos diversos. A professora já teve alta e apresentou queixa na PSP contra o agressor, de 18 anos, que continuava ontem a ter aulas. A agressão ocorreu num intervalo. A docente sofreu um encontrão de uma aluna, a quem agarrou e pediu para se identificar. A aluna gritou levando o namorado a agredir a docente.

 

"O corpo docente está chocado por o aluno não ter sido suspenso", disse ao CM uma professora, sob anonimato, por "receio de represálias". O Estatuto do Aluno prevê a suspensão preventiva "no momento da instauração do procedimento disciplinar". O diretor do agrupamento, José Brazão, alega estar à espera que a professora participe o incidente, "para instaurar procedimento disciplinar". No entanto, de acordo com o Estatuto do Aluno, basta o diretor tomar "conhecimento da situação" para poder instaurar procedimento disciplinar.

 

A agressão que evidencia as consequências da degradação e desautorização da imagem dos professores, ao relatar a reacção de um aluno face à possibilidade de uma professora estar a ralhar ou algo idêntico com a namorada;

 

O facto de uma professora ter de resposder anonimamente para condenar este acto de violência por medo de represálias! Represálias por condenar o acto? Isto mostra uma situação de ambiente ameaçador.

 

O director que está à espera de saber do incidente para suspender o aluno quando ele até já vem na primeira página do jornal com o argumento que a professora ainda não escreveu a queixa: então se ela tivesse ficado inconsciente e internada no hospital? O incidente seria não existente em virtude da professora não o poder relatar por escrito? Um director que mantém um aluno na escola e nas aulas depois de um ataque destes não merece dirigir, nem sequer uma sardinhada. Então um aluno faz uma coisa destas e deixam-no ir para as aulas? Fazer o quê? Gabar-se do feito? Intimidar outros professores?

 

Porque é que estas coisas são cada vez mais inevitáveis? Muitas são as razões e a primeira são os pais mas, os alunos andarem amontoados em escolas, em turmas enormes, a cargo de professores com excesso de trabalho e sem funcionários suficientes para controlar os espaços em escolas despersonalizadas é uma combinação de factores que criam o ambiente propício para estas situações eclodirem.

 

publicado às 09:01


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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