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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Michel Brosseau
Vittorio Giardino [born, 1946]. Retro Art.
Por estes dias tenho estado em coma, por assim dizer... o mais que consigo ler é meia página e, de resto, quando dou por mim estou a acordar de uma sesta qualquer que chegou sem aviso. É sempre assim nos primeiros três ou quatro dias de férias. Durmo tanto, tanto, que ando com os horários trocados. Hoje saí de casa para ir ao mercado às 7.30h pensando que eram 9.30h...
by Rebecca Mock
O dia do ano em que o Polo Norte está mais inclinado para o sol.
Verão. Dias preguiçosos ao sol.
Monet
Aguarela por Carol Evans
Um dia fabuloso, os miúdos a porem no FB selfies tiradas na praia e nosotros fechados em casa a classificar exames. Enfim... com o calor vêm as melancias e enquanto se vai sorvendo uns quadrados da de cuja indaga-se aqui uma questão em dúvida sobre a origem da expressão, 'rir a bandeiras despregadas' (o LOL português) que isto de não saber a origem das palavras e/ou das expressões é das coisas mais encanitantes que pode haver.
Antoine Renault
Childe Hassam (American, 1859–1935) | Couch on The Porch | 1909
Esta música, embora seja mais antiga, ouvia-se muito no verão de 2003, esse verão absolutamente fantástico que começou antecipadamente em Junho, com temperaturas de 40º e, acabou em finais de Outubro. Pelo meio, temperaturas de quase 50º lá para o Alentejo. Na minha escola, a antiga, um autêntico inferno dentro das salas.
Tenho grandes lembranças desse verão.
... em nove passos.
1º abrir a porta da cozinha que está muito calor.
2º preparar o grão.
3º pôr o bacalhau e os ovos a cozer
4º enquanto o bacalhau e os ovos cozem tirar umas fotografias parvas
5º desfiar o bacalhau
6º já está. Ralar o ovo e misturar com o bacalhau e o grão
7º picar cebola e coentros: o jardim
8º temperar o bacalhau com pimenta, azeite, vinagre e jardim. Frigorífico.
9º preparar uma caipirinha e bebê-la à sombra :)
jack vettriano
Estamos a meio de julho e estão aqui 16 graus! Tenho saudades das noites quentes de Verão. Agora ia até à borda do rio sentar-me na esplanada e ficar assim à conversa, a sentir a brisa da noite. Brisa? Está aqui uma ventania fria que não apetece sair.
Estou a precisar de férias. Sair daqui e ir até um país qualquer com noites quentes.
J. R. Clark
eric zener
Agrada-me a ideia do Verão
mais que a própria estação
O brilho do sol e o apelo do mar
sal seco na pele tisnada.
O splash do corpo a mergulhar
no útero da água azulada.
Agrada-me a ideia do Verão
mais que a própria estação
cheia de gente, filas e gritos
de Afonsos e de Rodrigos.
Agradam-me os seus clichés
de chapéus e lonas às riscas
de esplanadas e de cafés
e saídas nas noites frescas.
Dos banhos depois do sol
dos grelhados e saladas coloridas
do corpo a quebrar de mole
das sestas de persianas corridas.
Agrada-me a ideia do Verão
mais que a própria estação.
bja
rowland
eric z
Noite sem Lua vai ajudar a ver pico de chuva de estrelas
Há mais de 30 anos que faço praia no Algarve sempre no mesmo sítio. Antes de ser efectiva, quando começávamos as aulas em Outubro e ficávamos sem receber ordenado em Setembro, passava lá todo esse mês. O Algarve sem ninguém, a praia fenomenal... Agora passo menos tempo, mas gosto imenso daquilo.
É uma zona do Algarve que ainda não está saturada de turistas e construções e o sítio para onde vou fica à noite quase completamente às escuras, com excepção de umas luzes de presença perto do chão para vermos o caminho e de alguma luz ténue que vem das casas espalhadas por ali.
À noite o céu fica pejado de estrelas. Vê-se perfeitamente a via láctea, e uma quantidade grande de constelações. Fica-se maravilhado a olhar o céu. De vez em quando vamos até à praia depois do jantar porque ainda se anda um bocadinho entre as dunas, embora agora já não me aventure a ir tomar banho à noite como fiz umas poucas de vezes.
A sensação de enfiar os pés na finíssima areia branca, que nos refresca do ar quente da noite e de ouvir o restolhar das ondas com aquele céu por cima é uma coisa difícil de descrever. Uma dessas vezes, a caminho da praia, numa altura em que ia a olhar o céu, vi uma explosão duma estrela - enfim, penso que foi o que vi, não vejo outra explicação. Um enorme clarão repentino de explosão muito longe no meio de um polvilhado de estrelas. Fica-se tocado pelo espectáculo pela consciência de estarmos a ver um fenómeno que já aconteceu há muitos anos - 100, 500, mil anos? - e cuja imagem só agora chega a nós.
no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau.
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