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Um ano na vida desta professora ... 68

por beatriz j a, em 23.04.12

 

 

 

 

 

Aula de Psicologia. Tema: Conflito. Modos de resolver conflitos: o papel dos mediadores. Depois de tudo explicado e discutido, pergunta: então pensem lá quem é que vocês têm, na escola, que vos sirva de mediador? Resposta do A.......: a Mediateca!

Às vezes não há pachorra...

 

publicado às 14:11


Um ano na vida desta professora ... 64

por beatriz j a, em 10.04.12

 

 

 

 

Okay... hoje cheguei à escola e... dei de caras com um chão encarnado. Parece uma pista de tartan com umas faixas de pedras de granito a atravessá-la. Afinal, aqueles buracões que andaram a fazer e que diziam ser para portões electrónicos e tal...nada. Voltaram a fechar os buracos (terão mexido em cablagens já instaladas e tapadas...?) e pintaram o cimento de encarnado escuro ou puseram-lhe um revestimento. Não consegui perceber bem, mas aquilo parece não ter a dureza do cimento.

Enfim, a trabalhar para a derrapagem.

 

publicado às 13:09


Um ano na vida desta professora ... 62

por beatriz j a, em 27.03.12

 

 

 

 

Ontem chegámos à escola e demos com um cenário de destruição. À entrada do portão interior da escola e à entrada dos blocos grandes buracões, o cimento todo levantado... pensei logo, 'estão a trabalhar para a derrapagem', essa senhora que engorda com uma facilidade destruidora.

Afinal parece que é o Grande Irmão! Portões com dispositivos de cartões magnéticos para entrar na escola. Mas então não sabiam disso antes de pôr o chão? Ou é mais giro pôr e depois partir?

 

publicado às 19:19


Um ano na vida desta professora - 57

por beatriz j a, em 06.03.12

 

 

 

 

Hoje assisti a uma palestra sobre 'bullying' e violência no namoro. Um rapaz partilhou comigo que no ano passado fazia 'bullying' a uma rapariga mas que na altura não lhe passava pela cabeça que aquilo era 'bullying'. Uma rapariga considerou que um indivíduo beijár uma mulher contra a vontade dela não constitui violência desde que namorem há bastante tempo ou sejam casados. Claramente há muito a fazer ainda acerca destes problemas.

 

publicado às 14:22


Um ano na vida desta professora - 12

por beatriz j a, em 29.09.11

 

 

 

Custa-me imenso depois duma manhã na escola e ao fim de quatro dias a dormir dois pares de horas voltar lá ao fim da tarde para dar duas aulas... só me apetece dormir a sesta e acordar lá para as dez da noite... mas é o que vou ter que fazer. Ai, tentação, tentação.

 

publicado às 13:34

 

 

 

 

Entretanto estive também a corrigir o exercício de diagnóstico dos alunos de Desporto que estão misturados com a turma de Humanidades no 11º ano.

Tinham um texto com espaços para preencher com palavras indicadas... falharam quase todas. Fiquei já a saber que praticamente nenhum sabe o significado da palavra Filosofia. Depois, tinham umas afirmações para assinalar com V ou F em que bastava pensar e não era preciso terem muitos conhecimentos. Dois ou três acertaram quase tudo, os outros cerca de metade. Finalmente tinham um pequeno texto para analisar e responder a três questões muito directas. Responderam, a maioria com palavras do próprio texto e, nem um único se lembrou de justificar as afirmações, o que mostra que não têm o hábito da análise e argumentação desenvolvidos.

Agora em Outubro e Novembro, enquanto andarmos a dar a Lógica Formal, do mal o menos, porque são quase tudo exercícios sem recurso a textos e argumentação não formal mas, quando passarmos a Lógica e entrarmos nos outros conteúdos, nomeadamente na argumentação... vai ser lindo... é uma espécie de quadratura do círculo, pôr estas duas turmas a trabalharem uma com a outra.

Podia misturá-los, mas tenho um certo receio que seja pior a emenda que o soneto e que em vez delas puxarem por eles acabem por ser eles a arrastarem-nas... namoros e tal...

É que também as turmas têm competências sociais diferentes. Enquanto elas estão na aula como estudantes e sabem resolver os conflitos comunicando, eles não. Na última aula, três alunos entraram atrasados e desses, um, por ser o nº2 da lista, já tinha falta. Em vez de falar comigo, de me perguntar qualquer coisa, do género em que condições eu considerava tirar a falta ou argumentar ter entrado ao mesmo tempo que os outros ou outra coisa qualquer, assim que percebeu que tinha falta amuou e sem dizer nada foi-se embora... e até já prevejo qual vai ser o comportamento dele na aula de amanhã... ai, ai, uma pessoa ter que educar alunos no 11º ano...

 

publicado às 18:13

 

 

 

 

Este ano tenho uma turma do Ensino Profissional que está inserido no programa Novas Oportunidades.  A turma é do 12º ano. Como herdei a turma e não sei o estado em que estão em termos de conhecimentos -embora tenham os módulos correspondentes ao 10º e 11º anos, concluídos e avaliados- fiz-lhes um exercício de diagnóstico. Dois textos pequenos com problemas básicos da Sociologia (a disciplina que lhes dou) e meia dúzia de conceitos, também básicos, para explicarem ou definirem, conforme soubessesm.

Dei-lhes uma hora e meia para o trabalho e deixei-as discutir e trocar ideias entre elas. Estive hoje a ver esses exercícios. Excepto uma aluna, a maior parte não conseguiu produzir mais que uma quinzena de linhas no total, sendo que grande parte são transcrição dos dois pequenos textos. A explicação/definição dos conceitos cheia de erros incríveis. Estamos a falar de conceitos básicos que os meus alunos do 10º ano dominam perfeitamente no fim do 1º período, como por exemplo, 'cultura', 'civilização', 'papéis sociais', 'normas', 'sociedade'... A escrita cheia de erros ortográficos e de sintaxe...isto vai ser muito difícil e elas vão ter que trabalhar muito, muito...

 

publicado às 17:50


Um ano - dia 1

por beatriz j a, em 06.09.11

 

 

 

 

...na vida, não de na vida de Ivan Denisovich, mas na vida desta professora. Resolvi fazer aqui uma espécie de diário do meu ano escolar. Não é uma ideia original, senão no facto de ser escrito em cima das vivências diárias, sem 'edição' nem enfeite. Claro que há coisas que não posso aqui escrever, umas porque não são públicas, algumas até são sigilosas, outras apenas porque fica mal escrever aqui certas verdades do que é a escola...

Isto vai servir para quê? Não sei. Espero que me sirva a mim e talvez a outros. Não sei... Para que servem estas coisas...? Para que serve ter um blog? Para falar, para organizar ideias, para desabafar (às vezes) e para partilhar.

Hoje vou a caminho duma vigilância de exame. Temos que lá estar 45 minutos antes de começar, logo, às 8.15 {#emotions_dlg.confused}

Este ano começou com confusões no meu horário. Decide-se umas coisas no fim do ano, com grandes cuidados pedagógicos e de equilíbrio entre os membros do grupo e depois...enfim, à conta disso já me aborreci. Estas coisas que indispõem logo no início do ano eram completamente escusadas se houvesse alguns cuidados e respeito pelo trabalho das pessoas.

É a coisa mais importante do ano lectivo: o horário de trabalho: um horário excessivamente pesado em número de turmas ( e tipo de turmas) e alunos compromete o trabalho porque não se pode acudir a todos e não é fisicamente possível aguentar a partir de certos limites (onde a idade e a condição física das pessoas também conta); um horário todo esburacado impede um trabalho organizado, cheio de tempos mortos que quebram completamente a dinâmica do professor, um horário cheio de turmas problemáticas é completamente desgastante e arruina o trabalho, etc.

Pois sabendo que o sucesso dos alunos está muito ligado ao horário/trabalho do professor (e à relativa distribuição dentro dos grupos para não acontecer que uns tenham uma turma, ou duas e outros sete ou oito) seria de supor que houvesse muito cuidado pedagógico com os horários. Ya...right...

 

O meu horário, este ano, está bem feito e arrumadinho, mas é excessivamente pesado: cinco turmas, quatro programas diferentes. Mas isso fica para mais logo.

 

 

publicado às 07:23


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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