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... para se manter no poder.

 

Alexis Tsipras: 'The worst is clearly behind us'

 

publicado às 05:47


A notícia política significante do dia

por beatriz j a, em 06.12.15

 

 

Parlamento grego aprova austeridade

 

Segundo Tsipras, a ação do executivo grego “está nos antípodas” da política neoliberal defendida pelos governos anteriores. (LOL)

 

 

publicado às 10:14

 

 

Catarina Martins e Alexis Tsipras com encontro marcado em Bruxelas

 

O convite partiu de Alexis Tsipras e tem data marcada. O primeiro-ministro grego e a porta-voz do Bloco de Esquerda vão encontrar-se na quinta-feira, no Parlamento Europeu.

 

 

publicado às 19:27


O primeiro título desmente o segundo

por beatriz j a, em 21.09.15

 

 

 

Alexis Tsipras. Da anti-austeridade ao ‘queridinho’ da UE

 

Varoufakis é o derrotado da noite

 

O grande derrotado da noite grega eleitoral somos nós todos, europeus, com excepção da Alemanha, claro. O [agora] queridinho da UE só o é por ter curvado a cabeça ao sistema e ter desistido de lutar pela mudança dos princípios que gerem esta Europa desorientada, corrupta, elitista e em ruptura.

 

O grande vencedor é a Alemanha. Imagino os conselhos de ministros do governo alemão mais ou menos assim: alguém sugere que talvez fosse melhor não sugar os países do Sul com 'ajudas' usuárias, estranguladoras das economias. Nessa altura diz o ministro das finanças: 'Ensandeceste, pá? Brincamos, não? Então, os gregos já tiveram um império, os italianos tiveram um império, os franceses tiveram um império, os autríacos e os húngaros tiveram um império, os ingleses tiveram um império, os espanhóis tiveram um império, os turcos tiveram um império, até aqueles estúpidos dos portugueses tiveram um império... epá... chegou a nossa vez!'

 

 

publicado às 05:00


Tsipras no Parlamento Europeu

por beatriz j a, em 08.07.15

 

 

 

Ouvi-o falar e não percebi nenhum extremismo. Ouvi-o dizer verdades: 1. o que está em jogo na crise da Grécia são duas perspectivas de UE, uma que quer uma verdadeira união democrática de países e, nesse contexto, ele defende que cabe a cada país decidir como atingir os objectivos fiscais necessários e outra que quer uma cúpula de tecnocratas a decidir pelos governos eleitos o que fazer e como; nesse caso, mais vale poupar-se o trabalho e dinheiro de eleger governos nos países intervencionados e enviar tecnocratas para governar os povos... tem razão; 2. as negociações não deviam ter sido à porta fechada porque é uma questão que diz respeito a todos os países e o lugar para a discutir, numa democracia, é no Parlamento e não à porta fechada [Juncker respondeu que ele mesmo negociou com os gregos, por vezes 12 horas de seguida e que nunca os gregos tiveram que negociar com técnicos como se fazia no tempo do Barroso - é claro que esquece-se de dizer que isso não foi iniciativa sua mas uma imposição dos dois gregos, pois desde o dia em que foram eleitos fizeram saber que não negociavam com técnicos mas apenas com os parceiros...] e que por causa desse secretismo foi possível andarem a dizer que os gregos nunca tinham apresentado propostas e era tudo vago o que é falso; 3. foram eles que abriram a lista Lagarde, demitiram as pessoas, fizeram acordos com os suíços para travar a fuga ao fisco e se não fizeram ainda mais reformas é porque têm passado estes cinco meses em Bruxelas a negociar a sobrevivência; 4. a ideia de restruturar a dívida e pedir solidarieada não é uma originalidade, já foi feita em 1953 quando perdoaram à Alemanha 60% da sua dívida [e lhes deram um prazo de dezenas de anos para pagar o resto]. O que é verdade... há ali gente, como o Schultz, mas não só, que não disfarçam o ódio que lhe têm.

 

O Juncker, em contrapartida, tentou desresponsabilizar-se: que não foi ele que esteve contra os cortes na defesa e que quis cortar as pensões, etc.

 

De facto, o que está aqui em discussão é o futuro político da UE e o que estas pessoas agora fizerem vai decidir da nossa vida: se é uma vida digna num país soberano ou se é uma vida de pedintes numa organização tecnocrata não-democrática. Pessoalmente prefiro a primeira opção e parece-me que não devia ser possível meia dúzia de pessoas negarem solidariedade a um país sem perguntar aos povos da União se é isso que querem.

 

Um indivíduo de grande coragem e de grande categoria. Isto é um líder. 

 

 

publicado às 12:58


UM 'não' que é um 'sim' ao Tsipras

por beatriz j a, em 05.07.15

 

 

 

 

 

publicado às 20:13

 

 

Mulher de Tsipras ameaça deixá-lo se ceder aos credores

 

... para menorizar e denegrir. É evidente que a referida 'confidência' do grego ao francês terá sido uma piada daquelas que se dizem para desanuviar o ambiente mas alguém logo aproveitou para fazer uma pseudo-notícia a denegrir o indivíduo. É triste...

 

 

publicado às 11:05

 

 

Atenas vai assinar acordo energético com a Rússia

 

Manobras defensivas são a alma do xadrez já que impedem catástrofes posicionais ou garantem a solidez de uma posição. Neste jogo do mundo a Alemanha joga com as brancas e há muito que convenceu os países da Europa a uma autofagia de peças cruciais. A Grécia joga com as pretas que como se sabe são a posição defensiva. Só que existem jogadores que são muito bons a jogar com as pretas: são inventivos, corajosos e tenazes. 

A Grécia acaba de atingir a Alemanha num dos seus orgãos vitais: o sector energético. A Alemanha que era o distribuidor único do gás que vinha da Rússia (a Merkele negociou com a Rússia ter o monopólio da distribuição de gás na UE para lucrar à custa dos seus 'parceiros'), teve o primeiro golpe com a resposta de Putin à crise da Ucrânia (obrigou a Merkele a ir de urgência a Espanha negociar o gás) e agora leva o maior golpe que é a Grécia tomar o seu lugar de distribuidor de energia para a maioria dos países, o que equivale a ter-lhe comido duma só vez, um cavalo e uma torre, sendo que Tsipras jogou a rainha para defender os peões, o que é de valor!!

Varoufakis foi ter com Obama garantir o apoio dos EUA. Quem obriga a Grécia a estas manobras defensivas é a Alemanha que não aceita desobediências à sua autoridade de grande líder duma Europa autofágica ajoelhada.

A Grécia já cedeu e cedeu mas a Alemanha quer mais e só aceita a rendição total autofágica: despedimentos em massa (o que nós fizémos e agora temos uma fuga de portugueses para o enriquecimento da Alemanha e outros países do Norte), redução de salários (o que fizémos ao ponto de um engenheiro ganhar 500 euros e termos a economia parada sem poder de compra e com os outros países poderem vir cá buscar quem querem ao preço da chuva ácida), desmantelamento dos serviços públicos e das empresas públicas (o que também fizemos obedientemente e que nos deixou com a saúde e a educação de rastos e com as empresas públicas a serem vendidas por dois tostões) e sustento público das incompetência e ganâncias da banca (o que também fizémos). Enfim, uma austeridade autofágica imposta.

Tsipras e Vroufakis estão a jogar com as pretas e a manobrar defensivamente, isto é, a diversificar as suas possibilidades de crédito e de alianças, que é como quem diz, de sobrevivência, porque ninguém sobrevive sozinho neste planeta e a UE dos canibais parece querer empurrar a Grécia para a situação de estrangeiro, à deriva no Mediterrâneo, dependente da caridade dos ricos que assistem impávidos ao seu naufragar.

É contra isso que Tsipras luta e a luta dele é também a nossa se não queremos ser os pigs amestrados da Alemanha. 

Três vivas para o Tsipras.

 

publicado às 11:54


PPC e Tsipras

por beatriz j a, em 04.02.15

 

 

 

Tsipras-esta-a-preparar-visita-a-portugal-que-esta-a-ser-um-dos-mais-duros-com-a-grecia

 

Notícia da visita é avançada ao Expresso por Marisa Matias. Nas palavras trocadas em Bruxelas com a comitiva grega, um membro desta falou dos países que estão a ser "mais duros" nas conversas sobre a Grécia.


Pois claro, então nós estamos a fazer tudo direitinho, o PPC faz a apologia da troika e agora chega um país e com o maior dos descaramentos faz o que Portugal e Espanha não conseguiram fazer? Rasgar os papéis da troika, dar-lhes um pontapé no traseiro, impôr condições, falar de alto à Merkele, renegociar o pagamento da dívida, pôr Bruxelas em bicos de pés e fazer tudo o que PPC dizia ser impossível de fazer... é claro que o PPC não o deve poder ver à frente... 

 

 

publicado às 16:00


Tsipras, a Grécia e a Europa

por beatriz j a, em 29.01.15

 

 

 

Carta aberta de Tsipras aos alemães.

 

 

publicado às 17:24


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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