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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Passei pela tabacaria e vi esta capa do DN com este título. Assim que cheguei a casa pus-me a contactar pessoas e a perguntar qual é o seguro de saúde que usam, quanto custa por mês e etc. Para mim é evidente que no dia em que os 75 euros por mês que pago do meu salário (congelado há anos e reduzido para pagar os calotes dos bancos e a incompetência dos políticos) para a ADSE só servirem para me tratarem mal e usarem o dinheiro para pagar as contas da Madeira, passo-me para um seguro de saúde. Entretanto li que o título está errado e que houve má interpretação de uma resposta do ministro. Pelo sim pelo não já agora vou averiguar os seguros de saúde que há no mercado. Às tantas são mais baratos e não servem de cofre das más contas do Estado.
O próprio governante lembrou, num colóquio sobre currículo e práticas escolares em Portugal e na Finlândia que "antes só o professor era detentor do conhecimento e agora o conhecimento anda no bolso de todos e está à distância de um clique".
A dar a entender que em Portugal ainda não se usam tecnologias de informação e é tudo atrasado e a confundir informação com conhecimento.
Em primeiro lugar há muito tempo que usamos essas tecnologias e em segundo lugar, o que está à distância de um clique são as informações, não os conhecimentos. Os alunos não têm mais conhecimentos, nem são melhores a construir conhecimentos e a maioria deles não sabe usar a informação disponível na internet. Onde há escolha ilimitada e oferta ilimitada, se não há critério pedagógico de escolha, o que há é dispersão, confusão e maus hábitos.
A questão é saber se se deve deixar usar telemóveis e tablets nas aulas, sabendo nós que eles os usam para estar no FB ou a jogar ou a copiar. A questão é que o uso que os alunos dão a esses dispositivos, fora da escola, vai todo no sentido da diversão fácil e da dependência das redes sociais: os grandes vendedores de sonhos chamados Zuckerbergs e afins exploram isso ao máximo e, contrariar essa tendência para a constante procura de prazer e entretenimento, requer mais do que estas larachas que estes governantes dizem para ficar bem em público. Requer uma abordagem séria acerca de como educar os alunos, desde cedo, a usarem dispositivos nas aulas de um modo diferente daquele que costuma ser o seu uso nos tempos de lazer e, sem o usar para a fraude.
Pessoalmente, na minha prática lectiva, só deixo usar telemóveis e tablets com ligação à internet depois da turma estar disciplinada, o que significa, saberem as regras da sala de aula, perceberem a sua razão de ser e adoptarem-nas sem conflitos nem confusões. E, mesmo assim, usa-se quando é pertinente e não para tudo e mais alguma coisa.
A internet é uma fonte de informação tal como eram e, são, os livros: apesar de havê-los muitos e sobre tudo e mais alguma coisa, não deixamos os alunos escolher sozinhos qualquer livro ao acaso e estar na aula a ler o que lhes apetece com o argumento de que, se os livros têm informação sobre tudo devemos deixar os alunos usá-los como quiserem... isto parece-me evidente.
Onde há constante conflito é impossível haver ambiente de aprendizagem e a verdade é que os alunos chegam ao 10º ano, habituados a estar com o telemóvel ligado no FB e no Instagram durante as aulas em vez de trabalhar de modo que é necessário que desaprendam esses hábitos para poderem aprenderem os bons hábitos e isso leva tempo porque eles resistem durante algum tempo a trocar o prazer e o entertenimento pelo trabalho. É preciso que eles vejam o professor a utilizar a internet de modo pedagógico para perceberem como se usa e as possibilidades de uso para além do entertenimento e da auto-indulgência e isso leva tempo.
Ora, tempo é uma coisa escassa para as exigências dos programs e dos currículos. Se temos que estar a educá-los nas coisas básicas uma e outra vez nunca saímos do básico. Não os educam em casa a usar a internet ou, pior, deixam-nos à solta a desenvolver todos os maus hábitos nesse capítulo. A quantidade de alunos viciados em pornografia e em ver violência... Portanto, isto não é uma questão simples como se quer fazer parecer, nem é uma questão de as escolas e os professores não quererem mudanças.
Na educação, porque se lida com pessoas, nada é simples e linear, nada é universal no sentido de podermos obrigar à uniformização de práticas rígidas como se os alunos e, os professores, fossem um pedaço de matéria que se comporta sempre do mesmo modo nas mesmas condições e, nada é útil se deseduca em vez de educar. Não se perceber isto tem sido causa de grandes erros na educação e nas políticas de educação. Pessoalmente, não faço nada, mas nada, que entenda, com razões fundamentadas e de modo convicto que vai contra os interesses dos meus alunos a não ser que me mostrem, também com razões fundamentadas, que o meu ponto de vista é incorrecto ou, pelo menos, menos correcto que outros.
Que eu saiba os professores portugueses não fizeram nenhum exame de Português. Eu não fiz e não conheço ninguém que tenha feito [ou por outra, fizémos muitos, durante os anos de escola, de faculdade e de formação], mas quem lê este título julgará que as dezenas de milhar de professores que existem fizeram agora uns exames de Português [não sei quantos somos ao todo... 100.000?] e que metade desses chumbaram, logo, os estudantes deste país, pensará quem lê estes títulos, andam a ser ensinados por professores que não sabem português. Um título deve ilustrar com objectividade a verdade do conteúdo da notícia, não?
A minha dúvida é: estes títulos são encomendados, sabendo nós que o ministro detesta os professores pois não perde uma ocasião para nos denegrir e dizer que as escolas têm que passar a ter professores excelentes escolhidos com rigor, que é o mesmo que dar a entender que agora não os tem e que, portanto, somos todos uns baldas que sabe-se lá como fomos parar ao ensino, mas que não somos de confiança? É que se não são encomendados é porque há jornalistas com um problema qualquer grave de entendimento e de formação profissional...
Podiam resolver o problema da formação dos professores nas universidades e politécnicos, mas não, o que gostam mesmo é destes títulos enganadores e maldosos que muito prejudicam os alunos, entre os quais se incluem os familiares estudantes de todos aqueles que fazem estes títulos, pois não há coisa pior para um aluno que ir para as aulas convencido que não vai aprender nada porque os seus professores nem falar portugês sabem... é que não aprende mesmo!
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1. A estadia num hotel de cinco estrelas é tributada com IVA a 6%, enquanto o almoço num restaurante económico... a 23%;
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Ele não fez um império por ter a 4a classe, fê-lo apesar disso. Aliás, se fosse hoje era praticamente impossível porque saíria da 4a classe a saber pouco mais que ler e escrever e porque já não há as oportunidades que havia então para trabalhadores não escolarizados. Na altura, quem saia da 4a classe podia saber pouco mas o que sabia, sabia-o bem e a escola pública era valorizada. A maioria das pessoas era o que tinha em termos de escolaridade. De qualquer modo, calculo que o Salvador Caetano tenha estudado bastante ao longo da vida e não se tenha contentado com o que aprendeu nesses quatro anos de modo que este título, embora queira homenagear o indíviduo, desmerece-o.
As pessoas interiorizarem os títulos e os cargos. Um indivíduo é nomeado ministro e imediatamente se convence que deve ser muito inteligente por ter o cargo. Isso vê-se nas escolas de modo aflitivo. Aflitivo, porque não podemos dizer nada (é o mesmo que chamar a atenção de alguém que está vestido com uns shorts de ganga, por baixo umas leggins de leopardo, e a rematar um casaco de pelúcia dizendo-lhe que aquilo é muito mau, quando vemos perfeitamente o orgulho da pessoa na vestimenta que escolheu...), não só porque não vale a pena -a pessoa está muito cheia de si para ver seja o que for-, como também porque nesses casos a tendência das pessoas é a pequena vingança.
Agora, que é francamente frustrante e desmotivante ver como certas pessoas se tornaram os melhores soldados da Lurdes Rodrigues...ah é, sim. Alguns que fizeram todas as marchas e manifestações... como diz a Cecília, é o mesmo que andar na catequese, fazer a primeira comunhão, a profissão de fé e o crisma, e depois pegar numa pistola e matar alguém.
Isto vem a propósito de uma pessoa levantar-se, abrir o mail e ficar logo desmotivado para o resto do dia, ou do mês...
Títulos de hoje: Isto está lindo!
Caso BPN: Entregue à comissão de inquérito parlamentar - Acta diz que PM aprovou negócio
O primeiro-ministro admitiu ontem, em comunicado, ter reunido com Oliveira e Costa, então presidente do BPN/SLN (Correio da Manhã)
Ele, aos poucos vai-se lembrando.
por CARLOS RODRIGUES LIMA O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, colocou ontem em xeque a directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, revelando que Cândida Almeida nunca lhe deu conhecimento das suspeitas de pressões, segundo disse ao DN um membro do Conselho Superior do Ministério Público.PGR diz que Cândida Almeida não o informou das pressões
Devia ser a única pessoa do País que não sabia das presssões. Há dias que não se fala de outra coisa. (DN)
A ex-mulher de António José Morais, o professor de José Sócrates na Universidade Independente que é arguido no processo Cova da Beira por suspeitas de corrupção, denunciou à Polícia Judiciária (PJ) do Porto, na noite de 6 de Março passado, que o antigo marido se preparava para fugir de Portugal com destino à Rússia. (Correio da Manhã)
O moço prestável que foi super-professor de Sócrates, suspeito num caso que também envolveu o ministério do Ambiente na altura em Sócrates lá estava, também com milhões de luvas à mistura.
Sócrates está em todas!
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