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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Para elaborar el informe, la Comisión Europea (órgano de gobierno) encuestó a ciudadanos de los 28 miembros, la primera vez que se hace algo así.
El resultado: una media del 76% de los europeos considera que la corrupción es una práctica generalizada.
Portugal não se vê a si mesmo como um país muito corrupto comparado com outros. Ou talvez tenha que ver com o tipo de corrupção de que se fala. Não há muito tempo, discutindo com um amigo que há muito tempo teve funções num governo e que tem um negócio próspero, ele dizia-me que nos anos todos em que andou pelo governo e pela política, nunca teve um caso de o tentarem subornar e soube de um único caso de tentativa de corrupção. Só que ele entende corrupção como suborno no sentido de troca de dinheiro por serviços e eu entendo corrupção de um modo mais alargado: troca de favores, tráfico de influências, coisas que não implicam comércio de numerário à vista mas que envolvem muito dinheiro em subvenções, reformas, posto de trabalho para toda a família, isenções, etc.
Ex-director da Galp diz que andou 4 meses com Mercedes de Godinho
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jornal i
A TVI teve acesso a um documento "confidencial", um fax datado de 17 de Dezembro de 2001 (um dia após as eleições que levaram à demissão de António Guterres, então primeiro-ministro), que foi escrito por Keith Payne e remetido a dois dos homens-fortes do Freeport em Londes, Rick Datani e Gary Dawson. Segundo a TVI, Payne é o inglês que, em Portugal, passa as informações aos administradores do Freeport.
No fax disponibilizado no site da TVI, Payne refere-se à preocupação de José Sócrates já não ser ministro do Ambiente: “Os efeitos dos acontecimentos do fim-de-semana, com os revezes sofridos pelo PS, nomeadamente nas eleições autárquicas, incluindo Lisboa, e a demissão do Governo de Guterres significam que Sócrates deixou de ser Ministro do Ambiente e que vai haver um compasso de espera de quatro ou cinco meses até que for eleito um novo Governo e nomeado um novo Ministro”.
E no final do fax é referida a existência de subornos: dois milhões de libras em "luvas" (cerca de três milhões e duzentos mil euros, nessa altura).
Datani, receptor do fax, acrescentou ao documento anotações feitas à mão, explica a TVI, e de seguida reenviou-o para Jonathan Rawnsley, um administrador acima dele na ordem hierárquica da empresa.
Numa das notas feitas à mão, Datani chama a atenção do seu superior para um ponto 4: “Jonathan, este é o fulano que me telefonou e sabe do suborno de dois milhões de libras. Sublinhei alguns pontos interessantes a partir do ponto 4. Se o Parlamento é dissolvido até às eleições, o secretário de Estado não pode aprovar nem rejeitar nada?”
Ao passar-se pelo ponto 4, aparece sublinhada a seguinte frase: “Sócrates deixou de ser Ministro do Ambiente”. Para além do sublinhado, Rick Datani acrescenta ainda uma outra frase onde reafirma a existência de subornos. A frase inicial do fax era esta: “Se estamos face a uma possível rejeição (chumbo) do estudo de impacto ambiental, é pouco provável ser possível inverter uma tal decisão seja em que circunstância for, a dois dias da sua rejeição (chumbo) formal por parte do Ministro do Ambiente". Datani acrescenta, novamente pela sua própria mão, a frase: "Antes do suborno".
Estas notícias seguem-se umas às outras mas nada acontece. E o alvo das notícias continua a governar-nos, como se nada fosse.
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