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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Saí do comboio na quarta estação atrás dum sonho real.
Real era o sonho mas falso o sonhar.
Duro foi o acordar... ver-se como sonho dum outro sonhar.
Não saíste do comboio na primeira estação atrás dum sonho...
Não o querias real, o sonho, só o sonhar
por tudo não querias voltar a acordar.
Que o sonho vivesse em núvem distante
para não perturbar o teu belo sonhar.
O sonho não interessa, o sonho não sente
não necessitas vê-lo viver como gente
é melhor até que seja distante
para te alimentar só tem que estar presente
para que possas à noite sentir-te vivente.
Mas o sonho era gente que pensa e que sente
não era quimera dum pensar distante
(...)
bja
Esta semana fiz teste às turmas todas. Estão aqui todos para corrigir. Mais uns trabalhos da semana passada. Tenho 3 sites para mexer e actualizar, dois de Filosofia e um de Psicologia. Começar a fazer pesquisa de imagens para a revista. Arranjar cenas de actividades do passado para a Inspecção que vai fazer a avaliação externa da escola. Preparar material para a aula do 10º (uma é já amanha às 8.20h). Arranjar um filme para a questão dos marcadores somáticos do Damásio, para a aula de Psicologia. Arranjar umas cenas de arte para uma aluna que me pediu. Ler a documentação do PEE. No meio disto tenho de arranjar tempo para os amigos, para ler, estudar, escrever, ver um filme, olhar para o mar, para as estrelas e sonhar. Só para sonhar precisava de uma licença sabática!
vincent van gogh amendoeira em flor
(...)
"É curioso que em inglês, a palavra azul (blue) represente tanto o que é depressivo como o que é transcendente; que seja, ao mesmo tempo, a cor da santidade do céu e da pornografia. Talvez isto se deva ao facto da cor azul ficar bem como fundo - os artistas usam-no para criar o espaço nas suas pinturas; as estações de televisão usam-no como fundo onde podem sobrepor outras imagens - de tal modo que representa um lugar que está fora da vida normal, para além, não só do mar mas do próprio horizonte.
Fantasia, depressão e Deus são azuis nos recantos mais misteriosos da nossa consciência.
Até ao século dezoito dizia-se 'blew' (sopro), o que me faz pensar, às vezes, nas calmarias equatoriais - as áreas entre os trópicos de Cancer e de Capricórnio onde os marinheiros chegavam a esperar semanas por uma brisa que soprasse e os deixasse seguir viagem."
Victoria Finlay, Colour, Travels through the paintbox, Folio Society, London
A arte...deve fazer mais do que apenar dar prazer: deve ter uma relação com a nossa própria vida de modo a alimentar a nossa energia espiritual (Sir Kenneth Clarck, Looking at Pictures)
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