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Uma casa airosa para três homens de Matosinhos que não tinham casa

 

 

publicado às 22:30


Random quotes

por beatriz j a, em 17.04.12

 

 

 

 

Narcissism is the flip side of loneliness, and either condition is a fighting retreat from the messy reality of other people.

 

 

The real danger with Facebook is not that it allows us to isolate ourselves, but that by mixing our appetite for isolation with our vanity, it threatens to alter the very nature of solitude.

 

What’s truly staggering about Facebook usage is not its volume—750 million photographs uploaded over a single weekend—but the constancy of the performance it demands. More than half its users—and one of every 13 people on Earth is a Facebook user—log on every day. Among 18-to-34-year-olds, nearly half check Facebook minutes after waking up, and 28 percent do so before getting out of bed. The relentlessness is what is so new, so potentially transformative. Facebook never takes a break. We never take a break. Human beings have always created elaborate acts of self-presentation. But not all the time, not every morning, before we even pour a cup of coffee.

 

(Stephen Marche)

 

publicado às 06:23


o o que dizem os números

por beatriz j a, em 14.05.11

 

 

 

Suicídio no Alentejo relacionado com a solidão em idosos com menos fé

O sociólogo Manuel Villaverde Cabral justificou este sábado a elevada taxa de suicídios no Baixo Alentejo com o facto de se verificarem muitos casos de solidão em pessoas idosas, que não possuem fé católica.

Em declarações à agência Lusa, o director do Instituto do Envelhecimento, que esteve num colóquio sexta feira à noite em Odemira, relacionou o elevado número de suicídios, sobretudo nos homens viúvos, com a solidão, depois da morte dos cônjuges.

Villaverde Cabral classificou o sexo masculino como "pouco inteligente" e "completamente dependente das mulheres". No caso dos homens alentejanos, como "pessoas simples e que esperam que a vida seja simples e natural", a expectativa é de que "as mulheres morram depois deles".

 

 

O problema da Sociologia é usar os números para construir teorias incertas como se fossem certas. Porque os números só por si não falam, é preciso alguém que os interprete e, como se sabe podemos pôr os números a dizer isto, aquilo e mais outra coisa qualquer. Por exemplo, eu olho para estes números de suicídios de idosos no Alentejo e vejo outra coisa. Vejo que não é a falta da fé que os leva ao suicídio, mas a solidão e o que acontece é que, sobretudo nos meios pequenos, a igreja católica tem um serviço de acção social muito eficaz e apoia os viúvos: é o padre que os visita com frequência e outras pessoas que os chamam para grupos da igreja não os deixando ficar sozinhos, o que não acontece se não são católicos.

Dizer que isso se deve a os homens serem pouco inteligentes parece-me um erro de interpretação muito grande. O que vejo é que as pessoas de outras gerações, sobretudo de meios mais pobres, tinham uma educação muito diferente: os homens trabalhavam e não faziam nada em casa enquanto as mulheres geralmente ficavam em casa. Por isso, as mulheres tinham redes sociais que mantinham até à morte enquanto os homens tinham redes sociais que mantinham enquanto trabalhavam. Mesmos as mulheres que trabalhavam tinham uma vida de afazeres domésticos para além do trabalho. Por isso, se o homem morria primeiro a mulher tinha as amigas e o trabalho de casa para se entreter: ir às compras, arrumar a casa, etc., enquanto os homens, ficando viúvos, ficavam perdidos por não terem, nem interesses nem afazeres. Parece-me que tem a ver com a educação e não com a inteligência, embora seja certo que a grande maioria desses homens é muito dependente das mulheres.

Mesmo hoje em dia eu vejo que as pessoas em geral não desenvolvem interesses para além do trabalho, vejo que se vêem a si mesmas como actores dum papel que têm que cumprir: primeiro estudar, depois trabalhar, casar, ter filhos e a certa altura vêem-se já como pessoas de certa idade que já têm a vida vivida e que daí para a frente já não têm mais portas para abrir. Isso é o que vejo nos outros: a desistência dos sonhos por falta de interesses, por educação limitada e por uma noção da vida como uma coisa ligada exclusivamente ao corpo e à idade. Faz-me muita confusão porque nunca me vi assim nem vi assim os outros.

Como diz o André, uma pessoa é uma pessoa e está viva e enquanto está viva é activa e não pára porque há tanta coisa para fazer e para saber e para mudar e para viver e há sempre a possibilidade de se abrirem portas com novos caminhos.

Mas, a verdade é que esta não é a maneira de pensar da maioria das pessoas que são apertadinhas e aceitam as cangas que lhes põem desde novas.

Isto é o que vejo nestes números...

 

 

 

publicado às 20:31


poesia do Bruno Amoroso

por beatriz j a, em 18.10.09

 

 

 

 

 

Solidão que mata,

Cada segundo, cada Minuto.

E num minuto vivo uma hora

Apenas para que contigo

Viva uma hora num segundo

 

E se a temporalidade do tempo não chegar…

Peço a deus que na perfeição

Nos deixe existir num segundo

E que nesse nosso mundo

Cada instante seja puro de criação.

 

Bruno Amoroso

 

 

 

 

publicado às 18:37


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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