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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Ouvi, na SIC, um pedaço da entrevista dos rapazes iraquianos que, pelos vistos, vai passar amanhã na íntegra. Fiquei confusa. Pareceu-me ouvir dizer que começaram a discutir com o Rúben e que não querem dizer que são vítimas do Rúben mas ele também não é vítima nenhuma e que estas coisas acontecem muito em Portugal e que ninguém é vítima porque são as circunstâncias. Não percebi bem que coisas são essas que acontecem muito em Portugal... dois rapazes deixarem outro irreconhecível e a lutar pela vida em coma? São coisas que fazem parte da rotina do país? É que os moços, apesar de dizerem que levaram ou foram vítimas ou algo assim aparecem num estado muito perfeitinho enquanto que o outro está a lutar pela vida. A minha pergunta é: alguém vai falar pelo rapaz que não está em estado de falar por si mesmo?
Está a dar um programa -o Negócios da Semana- onde se explica, muito bem explicadinho como estamos nas mãos duma oligarquia prostituta onde a promiscuidade entre o Parlamento, a Banca, as firmas de advogados e consultores se enriquece mutuamente à custa de matar portugueses pelo desemprego e roubo sistemático. Não falam em geral: dizem nomes, ligações de pessoas a empresas... fiquei a saber que há uma Fundação para ler poemas e tocar guitarra que funciona no solar dum fundador de um partido político, cujo restauro nós pagamos para que se façam lá festas e casamentos privados do dono do solar e lerem poemas. E para isso recebem uma renda fixa do orçamento de Estado.
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