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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Todas as grandes religiões e muitas mais pequenas têm esta obsessão com o sexo e o controlo do sexo. O Deus dos cristãos atirou-lhes com uma data de pecados mortais para cima (a avareza, a gula, a inveja, o orgulho, etc.) e condenou-os ao sofrimento nesta vida sendo que a única arma que lhes deu para lutar contra todo o mal que desencadeou com pecados, demónios, infernos, culpas e sei lá mais o quê, foi o amor. Pois os padres querem proibi-lo e na sua óptica os pecados de amor são piores que todos os outros pecados, mesmo os de guerra e de morte. Deus nos livre das pessoas terem algum conforto e prazer na vida que aparece logo um padre vestido de negro, como os corvos, presságios de morte, a brandir a cruz do sofrimento obrigatório. Os consultórios de psicólogos e de psiquiatras estão cheios de gente vítimas da culpa eterna causada por esta gente.
Os polícias nojentos que se aproveitam do seu poder para abusar das mulheres, a juíza que não é capaz de fazer o seu trabalho, talvez por ser cobarde, ou só estúpida.
O à-vontade com que procedem no abuso mostra que estão habituados à impunidade, a estar acima das leis. Quantos casos destes haverá por aí que não se sabem...? Muito há a fazer na justiça, no planeta em que vivemos. Os juízes, como os polícias, são nossos representantes e defensores, não são os nossos carrascos.
O teste erótico era simples: convidavam vários homens para subir ao palco, tiravam-lhes toda a roupa e seduziam-nos, enquanto faziam um sensual e ousado striptease. O objectivo era provocar-lhes uma erecção...
Assim que li isto percebi aquela crónica daquele indivíduo Adão Silva que defendia que se devia deixar a educação na indústria de entretenimento: jogos de guerra para PC, MTV, Playboy, salóes eróticos, jornais diários, filmes, etc. Sim, senhor! Grande ideia!
Estive a ver no blogue do Ramiro Marques que há propostas de revisão curricular - ainda não fui ver mas já desgostei dos nomes. Secundário inferior e superior....que nomes tão mal postos, a dar ideia que uns são inferiores a outros. As palavras com que se nomeiam as coisas são muito importantes para as dignificar...ou não dignificar.
Depois achei ridícula a ideia de uma hora semanal de educação sexual e cívica, embora não tenha percebido se é na mesma hora, quer dizer, meia hora de sexo e a seguir de civismo? Ou primeiro aulas de civismo e depois sexo...lol. Parece-me muito sexo, uma hora por semana.
Vou ler a proposta.
Benjamin Black, O Segredo de Christine
"Quando ele olha para trás, para a sua infância, é o vazio que vê." Um vazio que, adivinha-se, é uma forma de ocultar sofrimentos e eventuais abusos. Quirke é médico patologista, "não está habituado a lidar com os vivos" e vive "fascinado pelo mistério mudo dos mortos"; trabalha num hospital de Dublin cujo nome - Sagrada Família - e cujo slogan - "It's a sin to tell a lie" ("É pecado mentir") - passariam despercebidos não fosse a história centrar-se à volta do pecado e do castigo, do crime e da mentira.
A ficção policial em que Quirke se move transporta o leitor para esse "período negro" da Dublin dos anos 50 em que tudo era permitido - matar, mentir, roubar, destruir vidas -, menos pecar. E em que o sexo era o único pecado.
"Eu queria escrever sobre esse período porque muito poucas pessoas escreveram sobre ele. É um período de grande falta de liberdade, em que estávamos totalmente controlados pela Igreja", explica John Banville. Para o escritor, a Dublin desse tempo em que ele ainda era criança, com "toda aquela culpa, todo aquele desejo sexual reprimido", é o cenário perfeito para quem quer escrever romances negros. "Percebemos agora a razão dessa obsessão da Igreja, dos bispos, dos padres, dos cardeais, com o pecado sexual. Eram eles que estavam obcecados com o sexo. Não nós."
(excerto do artigo do jornal i)
Estava à conversa com uma amiga acerca do facto dos filmes portugueses actuais -salvo raras excepções- serem pouco mais que uma colecção de cenas de sexo para vender bilhetes e publicidade. Na mesma onda, por assim dizer, também os jornais trazem sempre na primeira página, ou mulheres nuas ou estatísticas sobre sexo ou artigos sobre actrizes porno ou sobre a feira do sexo...jornalismo já há pouco e nem disfarçam.
Enviou-me ela um vídeo muito interessante sobre a tendência do jornalismo actual, que é internacional e não apenas nacional e que está de acordo com os políticos que temos e outros (não) especialistas afins.
Aqui uma banda de música, que deveria ser entrevistada por um jornalista acaba por dar uma lição de jornalismo ao jornalista.
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