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Os serviços públicos de que dependem as pessoas que não são banqueiros, políticos, amigos e quejandos que se lixem. As pessoas pedem ajuda ao 112 e o 112 desliga-lhes o telefone na cara e deixa-os sozinhos entregues à sua sorte.

 

Os seis jovens que passavam férias em Estremoz pediram ajuda ao 112, mas o operador só lhes terá desejado "boa sorte".

A primeira estratégia dos seis jovens — duas raparigas com 20 e 25 anos e quatro rapazes com idades compreendidas entre os 20 e os 25 anos — foi ligar para o 112. Segundo Ana Marques, um dos rapazes ligou para o número de emergência e explicou que estava no Monte do Cerradinho, que a casa onde estava com mais cinco amigos estava prestes a ser consumida pelo fogo e que todos precisavam de ajuda para fugir das chamas. Mas a resposta foi desanimadora:

Do outro lado da chamada responderam que não sabiam o que era o Monte do Cerradinho, que fica a um quilómetro do centro da vila, e que sendo assim não podiam enviar ninguém para os ajudar. Eles disseram que podiam enviar uma localização GPS para algum membro do 112, mas responderam que isso não seria possível, que não tinha condições para receber a localização GPS”, explica a familiar de um dos jovens.

A seguir, a operadora do 112 que atendeu, desligou a chamada, de acordo com o relato de Ana Marques. Antes terá desejado “boa sorte” ao rapaz que pedia auxílio.

 

 

publicado às 11:02


Uma situação que não espanta

por beatriz j a, em 29.07.14

 

 

 

Pois, à frente dos hospitais estão gestores não interessados em medicina mas em poupar dinheiro e à frente do governo estão pessoas que dedicam os dinheiros públicos a 'dar liquidez' a bancos e banqueiros. Os altos funcionários públicos, enquanto em funções, deviam ser obrigados a frequentar, exclusivamente, serviços públicos - hospitais e escolas públicas [os filhos] - acabavam-se logo estas situações. Mas como só frequentam instituições privadas estão-se nas tintas para os serviços públicos.  

 

diretores-de-servico-do-garcia-de-orta-denunciam-situacoes-graves-no-hospital

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Mais de 40 diretores de serviço do Hospital Garcia de Orta, em Almada, subscreveram um documento que revela situações graves na instituição, como o adiamento de cirurgias, consultas e exames por falta de profissionais e equipamentos ultrapassados

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Os médicos referem que "a saída de muitos médicos e enfermeiros do hospital, o impedimento da ação gestionária do Conselho de Administração e das estruturas intermédias de gestão do hospital, por via da centralização administrativa, no que concerne a políticas de recursos humanos e compras, afetará gravemente a prossecução da missão do Hospital Garcia de Orta e da sua atividade assistencial".
.

"Não nos assiste outro objetivo se não o de chamar a atenção aos órgãos da tutela, para a degradação, em termos de recursos humanos, que esta unidade hospitalar, mercê de causas internas e externas, tem vindo a sofrer, na esperança de que da análise do mesmo resultem recomendações que possam contribuir, para a melhoria da equidade e acesso a cuidados de saúde com qualidade no nosso hospital em particular e na Península de Setúbal, em geral", prossegue a Comissão.

 

Outra preocupação destes chefes de serviço -- entre os quais a ex-ministra da Saúde Ana Jorge -- prende-se com o estado dos equipamentos médicos, "em muitos casos completamente obsolescentes e com necessidade de substituição ou modernização urgente".

"Existem casos gritantes, como o da pediatria médica, com incubadoras, ventiladores mecânicos e monitores com 20 anos de uso, que pese embora ainda funcionantes, têm taxas de operacionalidade que comprometem a qualidade dos cuidados prestados", refere a comissão no documento.

 

Também nos cuidados intensivos de adultos há dificuldades, com "camas de 20 anos de uso, completamente inadequadas às necessidades atuais daquele tipo de doentes em termos de posicionamento ideal, não só pondo em causa a qualidade de assistência prestada como condicionando igualmente um elevado índice de lesões músculo-esqueléticas dos seus profissionais de enfermagem e assistentes operacionais". 

publicado às 17:20

 

 

 

É assim, como se vê na imagem abaixo, que imagino a alfândega de Lisboa. Apinhada de encomendas, com um funcionário já muito antigo -o efectivo que não conseguiram pôr na rua depois da última razia de austeridade e o único que sabe como as coisas funcionam- e duas assistentes a ganhar o salário mínimo que não fazem a mínima ideias onde estão e para onde vão, as coisas.

 

Comprei uma cena de vinte dólares lá para o dia 7 de Maio e ainda estou à espera dela. Quando passou um mês, dia 18 de Junho -andava naquele período de fim de aulas e esqueci-me da encomenda- fui à nota de encomenda ver onde é que ela andava: saiu da Flórida dia 8 de Maio, andou de aeroporto em aeroporto durante 15 dias e entrou em Lisboa dia 21.

Desde 21 de Maio na alfândega de Lisboa... não sei, a ganhar pó... bem, procurei o número dos CTT, liguei para a secção das informações sobre encomendas, expliquei tudo, passaram-se a outra secção, voltei a explicar tudo, disseram-me que sim, que a encomenda estava na alfândega, que sim, tinha razão, um mês é muito tempo e tal, que iam fazer uma nota de reclamação e investigação. Deram-me um número de reclamação e disseram-se que em dez dias me davam uma resposta. Já a prever o que se ia passar pedi à senhora que me desse o número da extensão que vai directamente ao serviço certo no caso de precisar de voltar a ligar.

Bem dito, bem feito. Passados dez dias... nada, niente, népias... de modo que hoje, 1 de Julho, voltei a ligar. Primeiro obrigaram-se a ouvir quatro gravações daquelas, 'se quer isto marque 1 e se quer aquilo marque 2, etc.' (que enervamento), lá me atenderam e eu pedi que me ligassem à extensão'x' - 'Como é que sabe a extensão? Com quem estou a falar e o que deseja?' Expliquei tudo com paciência - 'Ah, então vou ligar. Aguarde'.

Tau! Dez minutos de música com intervalos para dizer, 'ainda não podemos atendê-lo. Se preferir deixe o seu número e mensagem e ligaremos assim que possível'. Não fiz nada disso, claro. Lá me atenderam. Voltei a explicar tudo. Resposta, 'Ah, pois ainda aqui está. Eu vou fazer uma reclamação e dentro de 5 dias alguém há-de dizer-lhe alguma coisa' (WHAT??!!) Eu com muita calma que a médica diz que estou em risco por doses anormais de stress no passado recente e não posso stressar-me, 'Oh minha senhora, isso foi o que me disseram da última vez que liguei e até hoje estou à espera de notícias ou de encomenda' - resposta dela, 'Pois, mas alguém há-de dizer-lhe alguma coisa porque é obrigatório'. 'Então e se não disserem nada como da última vez?' - 'Num prazo de 5 dias alguém dira alguma coisa (GRRR) e vejo aqui que a encomenda já chegou ao centro de distribuição'... Ah, a encomenda já andou alguma coisa. Ao fim de um mês e meio saiu da sala do caos nº 1 e rastejou até à sala da distribuição, AKA, caos nº 2...

Jesus! A mulher a falar e eu a imaginar um armazem cheio de encomendas até ao tecto e um velho com duas assistentes à nora a deixarem o caos instalar-se... é assim que estão os serviços públicos!

 

 

 

 

publicado às 20:07


Despedimentos dão nisto...

por beatriz j a, em 11.07.13

 

 

 

 

Agora fui ali à Loja do Cidadão tratar de renovar o meu passaporte: 17 pessoas à minha frente e uma a atender... pois... os despedimentos dão nisto... vim embora... pode ser que mais logo...

 

publicado às 11:33


para onde vai o nosso dinheiro

por beatriz j a, em 07.01.11

 

 

 

Polícias obrigados a usar água da chuva para lavar viaturas

As medidas de austeridade "seguem orientações superiores" segundo o director nacional da PSP. A escolha dos dias de lavagem das viaturas fica agora a cargo de São Pedro. Céu molhado carro lavado.

"Os televisores vão passar a estar desligados nas esquadras da PSP. Os agentes apenas podem ligar a TV para ver notícias. Vai acabar o correio postal, os telefones serão usados só em casos excepcionais e até os carros da patrulha serão lavados com a água da chuva. Estas são algumas das mais de 50 medidas que a Direcção Nacional da PSP distribuiu pelos comandos regionais e metropolitanos no sentido de se cortar nas despesas e aumentar as receitas"

 

Mas, continuamos a pagar, a fundo perdido, Fundações como Casa Índigo ‐ Fundação para a Formação Conscencial e Cultural de Crianças Índigo e outras centenas e centenas de Fundações, quem sabe, cada uma com cinco ou seis administradores, dez acessores, cada um com carro, motorista e outras mordomias. Em suma, para os Serviços públicos importantes como a Polícia, os Tribunais, as Escolas e os Hospitais, não há dinheiro, nem para lavar os carros ou para papel higiénico, mas as Fundações onde estão os amigos hibrídos, essas continuamos a pagá-las a tempo e horas.

Como é possível que o Estado tenha centenas de milhares de pessoas a usar o nosso dinheiro em Fundações de que nada se sabe porque não têm o dever de prestar contas? São 80 biliões anuais que se gastam sem que se saiba, ma maioria, quem os gastou, como e onde...

Mas quem é que se admira do país estar neste estado?

 

publicado às 08:55


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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