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The belief in a supernatural source of evil is not necessary. Men alone are quite capable of every wickedness.

Joseph Conrad

 

The Execution of Lady Jane Grey is an oil painting by Paul Delaroche completed in 1833

 

publicado às 23:42


O ser humano é um certo período de tempo

por beatriz j a, em 27.09.15

 

 

 

 

 

 

 Jeff Goldblum

 

 

publicado às 10:14


A natureza do mal

por beatriz j a, em 25.08.14

 

 

 

Martin Amis on Hitler and the nature of evil

 

 

In this edited afterword to his new novel ‘The Zone of Interest’, the author discusses Primo Levi and the Nazis’ incomprehensible brutality

 

 

O mais difícil de perceber não é a razão de muitas pessoas se juntarem a grupos exaltados que lhes dão esperança, sentido existencial e um discurso de enquadramento social. O mais difícil é perceber como é possível tanta, mas tanta, gente, conciliar a sua vida de normalidade social com actos de extrema brutalidade e crueldade continuadas.

 

 

publicado às 07:58


A Caça - Filme perturbador

por beatriz j a, em 02.12.13

 

 

 

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Estive a ver este filme que uma colega me emprestou para considerar se havia de passá-lo numas turmas mas já decidi que não. Não que o filme não seja bom, que é, mas é muito perturbador e eu é que não consigo vê-lo outra vez.
O filme passa-se numa pequena comunidade rural da Dinamarca, onde um professor perde o emprego por a escola ter fechado e vai trabalhar para o infantário enquanto tenta refazer a vida depois de um divórcio. Gosta genuinamene dos miúdos que lhe têm grande afecto. Um dia, um das miúdas (filha do melhor amigo) acusa-o de exibicionismo sexual, numa cena um bocado estúpida de ciúmes e amuo de criança que os adultos se apressam a levar a sério e a espalhar pela comunidade. 
Desde o início que sabemos perfeitamente que é mentira e até sabemos porque é que a imaginação da miúda dispara aquela mentira. Depois o filme é a história da comunidade, que tanto dele gostava, rapidamente votá-lo ao ostracismo, renegá-lo, a ele e ao filho que vai viver com ele, ao ponto de ele se sentir culpado de algo que não fez.
Muito perturbador, o modo como as pessoas, na sua pequenina mesquinhez e hipocrisia se juntam para o caluniar, perseguir, martirizar. Andava ele na sua vida descansado, tal como os veados que os homens da comunidade caçam como ritual de passagem, quando de repente se juntam para 'caçá-lo' como predadores, uns por ignorância, outros por espírito mesquinho/hipócrita, muitos, a maioria, por estúpidez e, outros, por maldade. De todos o pior e o que mais o magoa é o seu 'melhor amigo' que não hesita em tentar destruí-lo.
Tudo no meio de cânticos de Natal, renas fofinhas e outras hipocrisias. Basta uma pessoa comportar-se como um cancro que se espalha numa comunidade pequena para envenenar tudo e todos. E estas situações existem latentes sob a capa da civilização.
Muito perturbador o filme por causa do sofrimento do indivíduo, sozinho contra todos... e o fim do filme... Não vou vê-lo outra vez de modo que não o levo para as turmas.

publicado às 16:55


...

por beatriz j a, em 16.11.12

 

 

 

 

O ser humano é fraco. Muito fraco. Não têm grande resistência à adversidade, ao confronto e às vicissitudes da vida. Guia-o o medo, o conformismo, a ambição e a culpa não assumida. E isto começa logo a ver-se na adolescência. As excepções são poucas. Muito poucas. Mas existem. E isso também começa a ver-se logo ali, na adolescência.

 

Esta semana estive a ver o filme Mystic River com as turmas do 10º ano. O filme é muito bom para discutir certas questões da acção humana e da condição humana. Os miúdos, quando os guiamos na reflexão sobre as personagens do filme -as suas acções, motivações, etc.-, percebem muito bem a questão da extrema complexidade e contradição do ser humano, das suas fraquezas, da sua moralidade comprometida, da possibilidade de extrema violência sob capas de aprente normalidade.

 

publicado às 03:02


Acho o ser humano...

por beatriz j a, em 12.09.11

 

 

 

...muito semelhante a um PC. É portátil, na maior parte dos casos (há excepções, como aqueles PCs que ocupam uma sala inteira), tem um hardware e um software. Muito da vida dele depende da qualidade do hardware, nomeadamente do motor, da ventilação...depois a sua performance depende da memória RAM, da velocidade e do sistema operativo. Há vários sistemas operativos chamados temperamentos. Cada um tem um conjunto de mecanismos e e respostas para lidar com a realidade.

Alguns vêm com placas gráficas extra e são óptimos na imaginação, outros não têm imaginação e só sabem fazer cálculos, mas todos funcionam tendo por base um sistema binário: é a lógica.

Depois, enquanto portáteis que somos, vamo-nos enchendo de programas: uns carregam sobretudo jogos, outros filmes, outros só trabalham. A princípio o sistema está limpo e funciona bem -embora precise de entrar em modo de repouso com frequência, pois se está permanentemente wired estoura.

Aos poucos vamos instalando programas, extensões, vamos criando arquivos e ficheiros e sub-pastas até entrar-se em processo de entropia. Aí fazemos limpezas ao sistema e desinstalamos programas - alguns são difíceis de desinstalar, outros nunca desaparecem completamente, deixando lá marcadores somáticos que se activam com facilidade. Por vezes formatamos e voltamos a instalar programas novos.

Um portátil bem tratado dura mais tempo, claro. A certa altura pode ser preciso mandá-lo a um especialista para mudar ou apenas arranjar peças que se vão gastando. Pode acontecer apanhar um vírus e ficar sem recuperação, perder a memória de todos os ficheiros e arquivos. Se for tratado ao pontapé desgasta-se rapidamente.

Eventualmente torna-se desactualizado, ultrapassado e é substituído. Fica estacionado algures durante um tempo mas já pouco trabalha. Um dia vai para a reciclagem.

 

publicado às 21:00


Somos demasiadamente humanos, como dizia N.

por beatriz j a, em 04.07.11

 

 

 

Poucos, muito poucos, são os que vivem à altura das suas palavras. Assim de repente, lembro-me de Sócrates (o filósofo, entenda-se...), do Cristo, da Joana D'arc... haverá outros, alguns desconhecidos, mas são muito poucos e a maioria acabou morto pelos semelhantes. Quem não percebe isto é tonto. No entanto e apesar disso, é legítimo esperarmos que todos vivam à altura das suas palavras. Se assim não fosse, não havia amizade, nem vida propriamente, porque o que nos alimenta é a esperança. A desesperança é a antecâmara da morte, mesmo que não seja física.

 

publicado às 15:18


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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