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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Porque será que todos os colégios e escolas particulares do mundo inteiro têm, nas suas campanhas de promoção para angariação de alunos uma lista que traz à cabeça o número de alunos por turma, que é sempre reduzido - entre 12 a 15; e porque será que em segundo lugar nessa lista estão as condições da escola - equipamentos, espaços verdes, actividades extra-curriculares?
Pois não sei, deve ser só coincidência e o facto de não terem lido as palavras sábias da Lurdes Rodrigues e da Alçada que defendem que o que é bom mesmo é ter 28 numa sala.
E porque será que todos os estudos realizados sobre factores promotores de sucesso escolar referem à cabeça o conhecimento e relação de proximidade com o professor? Deve ser outra vez coincidência de quem não leu as palavras sábias daquelas duas sobre as turmas estarem cheias e os professores cheios de turmas de modo que só lá para o 3º período é que conhecem os alunos todos, e mesmo assim apenas superficialmente.
A Ana Betencourt fala em diferenciação pedagógica quando os professores chegam a ter 250 alunos...é só rir como diz um amigo meu. Agora vão atirar 2000 ou 3000 alunos para as escolas, digo, para as unidades de gestão verticais de sucesso industrial escolar. Pois pá, agora é que vai haver paletes de diferenciações padagógicas.
Agora ninguém vai chumbar - compreende-se: é desagradável e irritante que depois de criados cursos de treta e de ter falseado todos os números do sucesso, os alunos continuem a falhar... e a conversa dos 150.000 professores serem todos nababos e incompetentes já não pegar... acaba-se com as reprovações e fica logo o problema resolvido: 100% de sucesso garantido.
Não sei, mas parece que vão escolher os ministros e secretários de estado do sector àquele concurso americano que dá prémios aos piores actores - prémios rafta, razzie, rasca ou lá o que é. A minha pergunta é: não podemos exportá-los todos?
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