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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Se bem entendo, temos um secretário de estado adjunto e da administração interna e uma secretária de estado da administração interna, mas não devem ser confundidos com o secretário de estado da descentralização e da administração local, e muito menos com o secretário de estado do ordenamento do território que, naturalmente, não se confunde com o secretário de estado do planeamento nem com o secretário de estado das infra-estruturas, sendo os dois diferentes do secretário de estado da mobilidade, mas também do secretário de estado do desenvolvimento regional, totalmente distinto da secretária de estado da valorização do interior que, em qualquer caso, em momento nenhum pode ser associada ao secretário de estado do desenvolvimento rural.
É agora que o território nacional vai ficar um brinquinho.
... trabalham para nós. O governo não é uma empresa privada onde o chefe se pode dar ao luxo de ter lá o sobrinho ou o primo do genro a fazer asneiras. É um serviço público. Somos todos nós que o pagamos e se os serviços públicos não têm ética de trabalho são meros comerciantes a trabalhar para si próprios.
"Se estão em funções, é porque têm a confiança do primeiro-ministro”, disse Costa, que também declarou o assunto "encerrado".
Se os secretários de Estado perceberam as consequências de aceitar estas ofertas e aceitaram são corruptíveis e não podem ter lugar em nenhum cargo público, nunca. Se os secretários de Estado não perceberam as consequências de aceitar estas ofertas são demasiado burros e não podem ter lugar em nenhum cargo público, nunca.
Carlos Vargas, até há duas semanas assessor do Ministério da Economia, liderado por Álvaro Santos Pereira, desferiu um violente ataque ao ministro das Finanças, Vítor Gaspar.
Que fez este Carlos Vargas enquanto esteve no governo a assessorar...? Nada, muito provavelmente, uma vez que pensa que resolver problemas passa por ser ofensivo, publicamente, com os ex-colegas de equipa.
As palavras deste indivíduo fazem-me impressão por três razões:
- a primeira é constatar que pessoas que tiveram responsabilidades governativas não sabem distinguir o espaço público do privado e falam como se não tivessem consciência do impacto que o discurso tem quando é proferido publicamente ou, se têm, não têm consciência das suas responsabilidades partilhadas;
- a segunda é constatar que pessoas que têm, ou tiveram, responsabilidades governativas reduzem as outras pessoas a estereótipos, o que me leva a pensar que, enquanto foi assessor, tratava os outros e os problemas nessa base;
- a terceira é constatar que as pessoas que têm, ou tiveram, responsabilidades governativas -bem como as que esperam a sua vez para nos governar- pensam que no contexto da Europa actual, um país pequeno, sozinho, na pessoa de um ministro, pode chegar a Bruxelas e impôr condições.
Porque é que este senhor, enquanto foi assessor, não se dedicou, por exemplo, a fomentar a construção de uma rede de conhecimentos entre os ministros ou secretários de estado pares dos países do Sul que estão com dificuldades de maneira a formar um 'lobby' de interesses comuns que possa pressionar outros a fazer alianças que contrariem o peso absurdo da Alemanha nas decisões da UE? Ou outra coisa qualquer útil... ... afinal, o que fez? Talvez, nada, porque senão, falava da sua acção em vez de ocupar o tempo a chamar nomes.
Então os secretários de estado da educação são o Alexandre Ventura, grande defensor da Maria de Lurdes Rodrigues e das suas políticas e o J. da Mata, que de educação tem uma visão informatizada e técnica e que também é grande amigo da outra com quem escreveu uma série de livros.
É deste Ventura que estamos a falar? Aquele que recebia directamente da outra?
O presidente do Conselho Científico para a Avaliação de Professores (CCAP), Alexandre Ventura, passa a usufruir de subsídio de residência de 941,25 euros mensais e a ter direito a usar viatura do Estado, de acordo com dois despachos publicados quinta-feira em Diário da República.
Estas regalias acrescem à remuneração de cerca de 3700 euros.
Se é, estamos esclarecidos sobre a intenção de mudanças de política para o sector: operações de cosmética. Para caçar votos. Nada mais.
Ainda não é desta que veremos uma equipa de qualidade, com ideias sobre e para a educação e conhecimentos a condizer no ministério da tutela, disposta a fazer o que é preciso.
Isto é desanimador.
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