Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Os meus alunos da turma do 11º ano andam a dizer que têm saudades minhas, disse-me um colega que também dá aulas à turma. Também eu tenho saudades deles. Tinha preparado uma abordagem especial da última matéria porque queria que eles ficassem com uma experiência completa, com sentido de conclusão de curso mas, ao mesmo tempo, de abertura para a vida no fim destes dois anos. Esta foi uma turma com quem criei laços porque engraçámos uns com os outros logo desde a primeira aula. Isto também custa... não poder despedir-me dos miúdos... não sei se eles estão lá para o ano ou se estou eu... tenho saudades deles.
Isto foi há quase seis anos. Egipto. Como se explica a sensação de pertença a sítios e coisas estrangeiras? Não sei... Isto vem a propósito de ter dado de caras com o diário de viagem que escrevi aquando da viagem. Inspirada por um livro da Agatha Christie escrevi um diário da viagem com impressões sobre os sítios, com desenhos... :))
o templo de Philae
Luxor
Abu Simbel, 50 graus à sombra...
templo de Dendera
Templo de Hátor, em Dendera
Templo de Hátor
pirâmides de Giza
da net
O André vai-se embora amanhã de madrugada.
Andei lá pela escola a dar aulas e em reunião com pais mas nem por um momento esqueci que dia é hoje.
Lembrar é fácil para quem tem memória. Esquecer é difícil para quem tem coração. William Shakespeare
Fazia anos a minha mãe.
Cada um está só sobre o coração da terra
Trespassado por um raio de sol:
E de repente é noite.
(Salvatore Quasimodo)
O André vai-se embora amanhã de madrugada. Vai voltar lá para o meio dos celtas e desta vez por mais tempo... Já começo a sentir saudades por antecipação. Os amigos fazem-nos bem a quinhentas coisas ao mesmo tempo. São um conforto muito grande e vê-los é uma alegria renovada que aumenta anos de vida.
Amigo no coração, espero que estejas na companhia daqueles que nunca te desiludiram: o Hendrix, o SRV, o Armstrong e todos os outros que te emocionavam e traziam felicidade. Mando-te daqui um abraço do tamanho do mundo. Guarda aí um lugar para mim...
As saudades dilatam o tempo
na medida exacta do sofrimento
Algumas viagens são muito curtas mas os viajantes deixam marca. Saudades.
Hoje fui almoçar com a minha amiga Joana Ramalhinho.
É guia intérprete. Acompanhou os princípes da Jordânia quando cá estiveram com os reis. Fez-se uma excelente profissional. Não me admira porque sempre foi uma pessoa muito activa, determinada, cheia de vontade de progredir e trabalhadora.
Hoje estava aqui em Setúbal com um grupo de madeirenses que anda a dar uma volta pelo continente e por Espanha de modo que aproveitámos para almoçar um robalo grelhado e dar dois dedos de conversa. Daqui a duas semanas vai como guia com um grupo de professores dar uma volta pela Europa, pela agência Mil Andanças.
Estava a falar com ela e a lembrar-me como a conheci: no 10º ano dela, que foi minha aluna até ao 12º ano. Lembrei-me de ir procurar uma fotografia dessa época, que tirei numa visita de estudo que fiz com a turma dela ao Parlamento e outros sítios de Lisboa. Devia ela ter uns 17 anos.
Para si Joana, para matar saudades.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.