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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
... mas como quem parte e reparte tem as coisas à borla, não sabe o que é pagá-las. Nem quer saber.
Gerald Mendes, Neto do Consul e membro da Direcção da Fundação Sousa Mendes ajudou, no dia 13 de Abril, a inaugurar a placa da rua que leva agora o seu nome em Bayonne, França, como homenagem aos seus actos heróicos.


Procurei imprimir uma orientação de total respeito pela herança que recebi, colocar o interesse do país, dos jovens e das famílias acima de qualquer outro interesse e continuar o caminho daquilo que são grandes consensos.
Desde quando é do interesse dos jovens e das famílias e do país treinar os mesmos jovens para pensarem que é normal faltar ao trabalho, que é normal não respeitar os professores e outros funcionários da escola, que é normal não trabalhar e depois exigir passar, que é normal falar ao telefone durante as horas do trabalho, que é normal não ter condições de trabalho, que é normal ver os responsáveis e chefes ofenderem os seus professores, que é normal resolver os problemas com os trabalhadores com ameaças, uivos, ofensas ordinárias, chantagens, etc.?
Então isto é do interesse dos jovens? Que farão eles depois de saírem da escola assim treinados por ordem da tutela? Tirar bicas num café? Trabalhar para as fábricas em condições precárias? Isto é do interesse das famílias?
É do interesse do país, que a próxima geração não esteja à altura de nenhum desafio pelo facto de ter sido treinada para ser preguiçosa, arrogante, agressiva, indisciplinada e ignorante?
E que dizer dos próprios jovens? Quantos são pessoas de grande qualidade, pessoal e intelectual, preseverantes e com garra, afogados neste sistema que os obriga a ser medíocres e não lhes dá a possibilidade de desenvolverem as suas potencialidades? Quantos chegariam longe num sistema que exigente mas apoiante? Quantos jovens são assim atirados para o caixote do lixo dos desperdícios para agradar às tabelas e estatísticas da senhora ministra apenas para enfeitar, enganadoramente, o seu currículo? Isto é bom para o país?
As pessoas privadas dum futuro melhor, os seus filhos, mais tarde, sem as oportunidades que poderiam ter...e para quê? Para enfiar dinheiro no privado e transferir para lá os seus próprios filhos? Para ter trabalhadores que ganham mal e poder depois ir para a China gabar-se que paga mal aos trabalhadores?
Isto é pensar no bem dos jovens, das famílias e do país?
E quem é que apoiou e suportou estes 4 anos de malfeitorias desta ministra? Muita gente de muitos partidos, o que mostra bem o calibre do nosso jet 9 - porque noves fora, resta nada, que é o que valem.
jornal i
Esta última é favorecida pela crescente municipalização do ensino público no nosso país. A escola tenderá a ficar refém de directores pouco escrutinados e da lógica clientelar de muitos municípios. Em conjunto, terão, no futuro, poder para contratar e despedir pessoal docente e não-docente cada vez mais precário. Juntem a isto o crescente peso do ensino privado, promovido pelo escandaloso aumento do financiamento público directo (que passou de 30 milhões de euros em 2000 para 221 milhões em 2007) e pelos regressivos benefícios fiscais às despesas privadas em educação, ou os pouco informativos rankings de escolas que, apesar de se prestarem a todas as manipulações, captaram o imaginário social.
Estão assim reunidos alguns dos ingredientes para uma receita de desastre feita de incentivos à selecção e exclusão dos alunos pelas escolas públicas, imitando as práticas das escolas privadas, de acordo com o capital económico e cultural das famílias, determinante no sucesso escolar, ou com as necessidades dos alunos. O reforço da uniformização das escolas - escolas para ricos e escolas para pobres -, num país desigual e com taxas recorde de pobreza infantil, será imparável. A qualidade do ensino e dos desempenhos degradar-se-á à medida que as relações cooperativas se tornarem mais difíceis numa escola obcecada pelo controlo, pela mensuração intrinsecamente redutora e pela concorrência.
A esquerda que defende a escola pública democrática, exigente e de qualidade terá de ser capaz de reverter este processo. Podemos começar com simplicidade: acabar com o financiamento directo e indirecto ao ensino privado.
Economista e co-autor do blogue Ladrões de Bicicletas
É isto que ele diz,sem pôr nem tirar. Mas impressiona ver a injecção de milhões no ensino privado em simultâneo com o desinvestimento no ensino público - e, claro, as consequências que estão à vista de todos que não são 'burriciegos' como se diz na gíria taurina.
Estes 4 anos de Sócrates e Mª Lurdes Rodrigues foram um crime no que respeita à educação - o maior desrespeito pelo direito à educação, pelo direito à oportunidade duma vida melhor. A indiferença pelo destino dos outros.
Mete nojo, isto.
Ohh pá! O que acho porreiro é que depois do Sócrates dizer que estas eleições eram um teste ao governo e depois de encomendarem sondagens que lhes davam vitórias estrondosas perderam 'às paletes', 'às pazadas', etc.
Sondagens se compram, sondagens se vendem, o povo vota! Ora toma!
Então a indivídua que no parlamento gozava dizendo 'ó senhora deputada, é preciso contar os votozinhos', já tem resposta, pois estão contados e vocês estão todos chumbados!
RUA! RUA! RUA!
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