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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Like the deep seas so wide
When I am confident and true
When I have faith in you
Colour me blue, colour me blue
(...)
Ozioma Ogbaji
Rothko
As pinturas de Rothko são planícies emocionais profundamente infinitas. Podemos olhá-las durante horas, como quem olha um espelho e vê reflectido o que é interior e escondido, sem chegarmos ao fim da sua história que é a nossa. Uma pessoa perde-se a explorar-se nelas. Adoro-as. Se tivesse dinheiro [muuiiiito dinheiro] comprava uma, talvez esta azul/roxo ou uma vermelha e pendurava-a na parede branca em frente do divã onde todos os dias me deito por uns tempos a olhar para a parede enquanto penso. Oh... que inspiração daria... no entanto, lembro-me de ser muito mais nova e olhar as obras dele sem o menor interesse. Uma pessoa muda, evolui, actualiza potencialidades, treina o olhar e desenvolve o gosto e de repente as coisas começam a ser inteligíveis e a ganhar sentido e beleza. Se vivêssemos 200 anos, talvez acabássemos todos a amar o mundo... quem sabe se através da arte...
Hoje encontrei este texto que escrevi há meia dúzia de anos aqui no blog a propósito do aniversário do pintor. Andava à procura de imagens porque hoje o desafio da aula de Estética é levar os alunos a perceber o sentido de uma obra deste género e perceber a importância do olhar despido das vestes da educação, da 'cultura' e do senso comum, mesmo que não se liguem emocionalmente à obra, o que é natural dado a maior parte deles não ter nenhum contacto com a Arte. Nenhum mesmo. Vamos ver :)
"Profound boredom, drifting here and there in the abysses of our existence like a muffling fog, removes all things and men and oneself along with it into a remarkable indifference. This boredom reveals being as a whole." (Martin Heidegger)
Rothko
Quem tiver a oportunidade (ou sorte) de ir agora a Nova Iorque e quiser perceber melhor a obra de Rothko pode ir ao teatro ver o Alfred Molina no teatro dar vida ao artista e ao seu ponto de vista sobre a arte.
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