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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Mas o ministro diz que a Força Aérea foi «impecável» e que não é preciso nenhum inquérito. Quer dizer, nem confiamos nos serviços de segurança do Estado, nem no próprio Estado para investigar e corrigir as falhas porque tentam sempre desvalorizar e esconder os erros.
Equipa de busca e salvamento teve de trocar de aeronave por causa de uma avaria, que não foi tornada pública.
"estes roubos podem acontecer em qualquer país e em qualquer Exército, desde que haja vontades e capacidades".
Questionado sobre o facto de o sistema de videovigilância estar inoperacional há dois anos, o governante confirmou esse facto, mas adiantou que foram tomadas medidas.
"Foi tomada, desde logo, uma medida já efetivada, aliás de autorização de realização de despesa, bem para cima de 300 mil euros, para reforço e consolidação das vedações que garantiam proteção exterior destes equipamentos.
Então, o sistema de videovigilância do paiol estava inactivo há dois anos [como sabem que não tem andado a ser roubado...?], as vedações estavam podres e não havia efectivos suficientes e os que havia não eram robustos para guardá-lo... what??? Então o armazém das munições não tem que ser guardado por uma data de soldados que se revezam e vigiam 24h por dia? Estava às moscas, sem vedação nem vigilância?
Isto parece anedota... se fizerem um atentado terrorista em França, Inglaterra ou Alemanha, como tendo sido comum, com os rockets e os explosivos roubados do paiol que os portugueses deixaram desguardado à confiança [afinal nós agora somos bestiais e o melhor povo do mundo e o mais pacífico e mais não sei quê], de quem é a responsabilidade?
O ministro já veio dizer que assume responsabilidade [como? é só dizer a palavra, assumo, e já está...?] e que agora vai arranjar isso tudo que estava no relaxe... what???
O chefe do Estado-Maior do Exército diz que "estes roubos podem acontecer em qualquer país e em qualquer Exército, desde que haja vontades e capacidades". Quer dizer, poder podem, mas geralmente o exército não convida os ladrões a entrar com falta de guarda, vedações podres e coisa e tal... isto seria inacreditável se não tivéssemos tido um incêndio trágico há poucos dias que mostrou que no país impera o amiguismo por todo o lado e que nada funciona a não ser para inglês ver.
O primeiro ministro muito deve a PPC e, acho, devia mandar-lhe um ramo de rosas, cor-de-rosa, a cor do seu sucesso, todos os dias, com um cartão de agradecimento e um beijo e votos de continuação na oposição. É que ultimamente as barracas são tantas, sendo que ele e os seus ministros, têm mostrado falta de sentido de Estado e de competência para estar à altura da gravidade das situações que, não fora o líder da oposição ser este descalabro que todos vemos, que desde arremessar-lhe suicídios fictícios até fazer declarações sobre alhos na altura dos bugalhos, o Costa já estava há muito com o apoio pelas ruas da amargura.
A Islândia saiu da crise porque lidou com a corrupção como tinha que lidar e o resto é conversa... é ler o que eles fizeram...
Islande - Une sortie de crise audacieuse
(a propósito das paletes de altos responsáveis presos por causa dos vistos dourados)
... do primeiro ministro e do ministro de Estado. Cada dia de greve custa quanto? 2.000.000.000.00 de euros? Três dias de greve são iguais a um BPN?
Compreendemos o divórcio numa união planeada em cima dos joelhos e, sabemos que, numa democracia, quando as coisas acontecem mal, fica tudo à vista -o que é bom- mas agora, têm que despachar-se com o acordo de partilha de bens. É preciso não esquecer que há dependentes e encargos. O divórcio de dois não pode ser a destruição de onze milhões.
O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu hoje que, sendo o problema de Portugal o défice do Estado, é "injusto" querer que o sector privado tenha a mesma responsabilidade que o público de ajudar o país.
Se vamos ver as coisas por esse prisma então também é injusto responsabilizar os funcionários da educação... responsabilize-se as Fundações, os gastos excessivos de gabinetes de ministros em assessores, decorações de gabinetes, viagens, etc., as duplas e triplas reformas de políticos, as PPPs, os Bancos, os pareceres jurídicos milionários...pois que se corte isso tudo que é aí que o dinheiro se esfuma. A que propósito se responsabilizam os professores e hipoteca o futuro dos alunos?
Dizer, 'A dívida fomos todos nós portugueses que a fizémos e temos que a pagar' e dizer, 'Alguns de nós, portugueses, nomeadamente a banca, alguns empresários e os governos fizeram a dívida em nosso nome e agora temos todos que a pagar'.
É que para arrecadar dinheiro, nunca se generaliza, mas para assacar responsabilidades dilui-se tudo.
Teixeira dos Santos afirmou ainda que sai do Governo de "consciência tranquila, de quem pôs o interesse o país acima do interesse pessoal" e que "se quisesse ficar bem na fotografia já não estaria aqui [no cargo]".
Nestes últimos meses tem feito os possíveis para se redimir, mas se não fosse a cumplicidade dele com o Sócrates a esconder activa e conscientemente o estado das coisas nas contas públicas e no déficit o Sócrates não tinha ganho as segundas eleições e o país não tinha perdido um ano e meio a acumular mais dívida e a perder credibilidade...
O presidente da Comissão de Inquérito à Crise Financeira (FCIC, na sigla inglesa) do Estados Unidos, Phil Angelides, aconselhou uma investigação semelhante em Portugal e na Europa, como forma de apurar os factos que levaram à atual crise.
Em entrevista à agência Lusa, Phil Angelides considerou que a decisão de realizar a investigação sobre as causas da crise portuguesa teria utilidade para determinar com rigor a história e as responsabilidades na crise e para estimular o debate informado.
Criar uma comissão de investigação "é uma decisão que cabe ao povo e aos líderes portugueses, mas deixe-me dizer que este estudo foi muito valioso para os Estados Unidos, provocou um grande debate. O relato histórico rigoroso, a discussão e o debate são vitais para sair da crise porque, em geral, as pessoas que a causaram, nos Estados Unidos -- reguladores que não fizeram o trabalho, Wall Street, que foi imprudente - não querem esse debate vigoroso", afirmou Angelides.
“Os líderes, que muitas vezes precipitaram este tipo de crises, querem empurrar para o lado, mas este debate vigoroso é para o benefício do povo e do futuro. Todos os inquéritos são úteis (…) os inquéritos dos países individuais podem ser muito úteis, se as pessoas desses países assim o determinarem”, acrescentou.
A FCIC nasceu de legislação promulgada em 2009 pelo presidente norte-americano Barack Obama, com dez membros – seis escolhidos pelo Partido Democrata e quatro pelo Partido Republicano – e investigou, até fevereiro de 2011, as causas da crise financeira nos Estados Unidos, olhando para o papel dos reguladores, dos políticos e das empresas, nomeadamente instituições financeiras e agências de notação de risco.
“ O nosso inquérito oficial, do governo, foi muito útil para centrar a atenção na crise, porque conduzimos interrogatórios públicos em Nova Iorque, em Washington e em todo o país. Apresentámos um relatório que está disponível, temos um sítio na Internet que tem tido centenas de milhares de visitas. Penso e acredito que atividades semelhantes na Europa poderiam ser igualmente benéficas”, disse Phil Angelides.
Na entrevista à Lusa, o responsável louvou também o trabalho da Comissão CRIS do Parlamento Europeu, que visa evitar uma nova crise financeira, económica e social através da avaliação e investigação dos acontecimentos que levaram às atuais dificuldade nos países da União Europeia, as repostas dos governos e o impacto nos Estados-membros.
Angelides disse ainda ter esperanças que as comissões de inquérito que já decorrem na Europa permitam saber melhor o que se passou nos Estados Unidos e considerou que o importante, para novas comissões de inquérito, é que tenham como base os factos.
“Compreender a crise começa com a exposição dos fatos, por mais difícil que isso seja e por mais feios que alguns desses facto sejam”, acrescentou.
Quer dizer, um professor competente é literalmente grelhado de maneira ignóbil para poupar dinheiro ao Estado, que ele próprio suporta com o seu vencimento, mas um ministro incompetente pede desculpa e já está! Aos ministros convinha dizer que isso da culpa e do perdão é coisa de padres na confisssão. Já a responsabilidade é do domínio civil e, neste caso, político, de modo que a única acção apropriada à barracada destas eleições, da qual é responsável, é a demissão. Mas é claro que não se demite. No dia em que alguém deste governo assumir responsabilidade pelos seus actos nascem dentes às galinhas...
Algumas pessoas altamente responsáveis pelo poder de Sócrates e pela situação em que estamos hoje, nomeadamente na educação, podiam ter um bocadinho de pudor ao falar...
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