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Hoje tinha isto na caixa do correio.

OMG! Já falhei os benefícios da crucificação! Já tinha ouvido falar dos benefícos da vitamina C, D, E, etc. mas, nunca tinha ouvido falar dos benefícios da crucificação...

 

As religiões cristãs já tiveram um papel importante numa certa libertação ou emancipação das pessoas mas isso foi há mais de dois mil anos... há muito tempo que são, sobretudo, uma fonte de obscurantismo.

Não digo que a crença num Deus seja irracional (embora seja não-racional) mas para além de ser intelectualmente desinteressante, acontece que as religiões organizadas que gerem a crença nesse Deus são, há muitos séculos, uma grande fonte de obscurantismo no domínio do conhecimento e de opressão no domínio ético e moral.

 

IMG_2811.jpeg

 

Outro dia fui dar com este artigo aí em baixo no Expresso e guardei-o porque é um bom exemplo de maus raciocínios, interessante para as aulas, não só acerca da religião (agora passou a ser obrigatório dar a religião como uma das dimensões da acção humana, no programa do 10º ano) mas para as aulas acerca da epistemologia. 

Hei-de fazer um comentário a esse artigo mas não hoje que estou cheia de trabalho e vim só aqui fazer um intervalinho de sanidade.

Deus

Henrique Raposo

O que está antes do Big Bang? Se o Big Bang é a explosão da criação, qual é a centelha inicial que causa a ignição? Os ateus que instrumentalizaram a ciência nunca tiveram uma resposta e, aliás, ficavam enfurecidos quando se fazia a pergunta. Diziam que era uma questão imprópria. Não gostavam da pergunta, porque ficavam incomodados com um pressuposto que se tornou tabu: a ciência não cria, só descobre. E o Big Bang foi criado por uma entidade que é anterior e superior ao próprio tempo da história natural. Agora, perante a maravilhosa “fotografia” do buraco negro, podemos atualizar a pergunta: o que está para lá do horizonte de eventos que suspende as leis da física tal como a concebemos em 2019? O que está para lá do buraco negro é o que está para cá do Big Bang.

Nisto da existência de Deus (entenda-se por Deus, a entidade cristã, uma entidade inteligente, absoluta, criadora do que existe) não há muitas opções lógicas: ou esse Deus existe ou esse Deus não existe. Se esse Deus existe, sendo o princípio de tudo não pode Ele mesmo ter princípio, logo, existe desde sempre e, poderá ter criado tudo o que é. Se esse Deus não existe, a matéria, ela própria, é que não tem princípio, existe desde sempre e, tudo o que é, resulta da sua auto-organização e dinâmica.

 

A pergunta, 'o que está antes do Big Bang' não tem resposta da ciência porque não lhe cabe a ela perguntar se existe um Deus ou outro princípio qualquer causador de tudo. Cabe-lhe explicar os processos, o evoluir dos mecanismos no seu encadeamento.

 

Depois, é duvidoso que a ciência 'descubra', qualquer coisa, isto é, que algo esteja encoberto e a ciência desvele uma verdade ou realidade escondida. Quem cria os conceitos científicos são as pessoas e nós não vemos, muito provavelmente, as coisas como elas são mas como nós somos. Quer dizer, vemos o que a nossa própria organização cognitiva nos permite 'ver'. Se tivéssemos outra organização mental, vamos dizer, a das moscas, 'víamos' outro mundo. 

 

De resto, são espantosas as semelhanças entre a cosmologia do cientismo (Big Bang) e a cosmologia do Génesis judaico-cristão: a explosão inicial, dizem ambas, ocorreu num dado momento. A teologia identifica uma ignição, o cientismo prefere entrar em negação e fingir que não ocorreu ignição. Ou, pior, recorre ao acaso como explicação. Ou seja, o cientismo que identifica as leis fixas e previsíveis do cosmos é o mesmo cientismo que diz que, ora essa!, toda esta arquitetura racional e previsível nasceu de um mero acaso sem intenção. É um erro lógico absoluto: como é que um acontecimento aleatório pode ser a causa da imensa arquitetura do cosmos, que existe precisamente para suspender o aleatório. Dos anéis de Saturno até à ordem precisa das células do olho humano, nada parece existir por acaso. Portanto, quando transforma a aleatoriedade do acaso na centelha inicial, o cientismo torna-se místico e incongruente com a sua própria lógica interna.

"são espantosas as semelhanças entre a cosmologia do cientismo (Big Bang) e a cosmologia do Génesis judaico-cristão:" Em primeiro lugar o cientismo não é a teoria do Big Bang nem nehuma teoria em particular. O cientismo é, grosso modo, a crença de que a ciência é uma forma de conhecimento superior às outras e que por isso as dispensa, como irrelevantes. Em segundo lugar, quase todas as culturas têm um mito cosmogónico idêntico ao do Génesis judaico-cristão, quer dizer, que explica a origem do Cosmos a partir de um Caos, de umas trevas indistintas pré-existentes de modo que o mito do Génesis não é exclusivo, nem original.

 

Em segundo lugar, a ciência não identifica leis fixas. Como é do conhecimento geral a ciência está em evolução e as leis que um dia são aceites no outro dia (que pode ser no outro século) são alteradas ou substituídas. Chamamos a isso, o progresso. A própria realidade é dinâmica e não estática.

 

Em terceiro lugar a 'arquitectura' do Universo não obriga a ter um Deus criador. Quando muito obrigaria a ter um arquitecto mas, um ser que arquitecta uma realidade não tem que ser, necessariamente, o criador da própria realidade, enquanto totalidade. Para não falar de que a arquitectura do Universo, se fôssemos ver todas as coisas existentes e não apenas as que parecem belas e impressionantes, umas vezes têm efeitos positivos, outras extremamente negativos, o que conflitua com a ideia de um Deus Sumamente Bom, inteligente e omnisciente tal como é entendido pela teologia cristã.

 

Finalmente, o conceito de 'acaso' na ciência não signific a, 'à balda', como o artigo parece dar a entender. O acaso é um conjunto muito complexo de eventos inter-relacionados que não conseguimos, dada a sua complexidade, descrever e prever, como nos explica a Teoria do Caos exemplificada no 'efeito de borboleta'. Quer dizer, uma pequenina mudança no início de um evento qualquer pode resultar em consequências enormes e desconhecidas no futuro.

 

A ideologia deste cientismo tecnológico (não confundir com ciência) aboliu a ideia de começo (para citar George Steiner). Durante todas estas décadas de pós-modernidade, não tivemos começos, não tivemos narrativa ou narrativas. Os filmes e romances não podiam ter um começo convencional. As nações não podiam ter sagas com princípio, meio e fim (trágico ou redentor). Estávamos suspensos no ar, porque o cientismo dominante lançou uma fatwa à pergunta mais básica e profunda: viemos de onde? Quem nos criou? Qual foi o nosso começo? Neste sentido, a fotografia do buraco negro pode ser uma libertação. Ao contrário do Big Bang, o buraco negro está ali e é impossível fugir à questão: o que está para lá do horizonte de eventos? Porque é que o espaço e o tempo se tornam moldáveis, isto é, relativos? Ora, seguindo a imaginação de Frank Herbert, até podemos conceber uma civilização humana ou humanoide capaz de dobrar o espaço para assim viajar no tempo. Imaginem que se dobra a Europa ao meio como uma folha de papel: Lisboa ficaria ao lado de Moscovo nesse espaço moldável. Mas como é que se concebe o tempo a ser moldado enquanto barro sem recurso à transcendência? Como é que se compreende a 'relatividade' do tempo de Einstein sem a 'eternidade' de Santo Agostinho? Como é que se compreende o tempo enquanto variável material sem a introdução do grande tabu, Deus?

O cientismo não aboliu a ideia de começo. Não cabe à ciência fazer essa questão nem essa é a questão mais profunda. A questão mais profunda, diria inquietante, não é o 'como é que as coisas se iniciaram e processam' mas 'porquê' existem. São questões diferentes. Não são a mesma questão.

Platão tem um argumento no livro do Fédon em que discute o problema da imortalidade da alma onde distingue essas duas questões.

Sócrates, sentado no catre da sua cela de prisão, explica que uma coisa é perguntar como é que ele está ali sentado, imóvel, outra é perguntar porquê. É certo que para levantar-se e pôr-se em movimento, precisa dos músculos e dos ossos e isso é o que explica o início do movimento do corpo e a sequência das acções. No entanto, não é por causa de ter músculos e ossos que está sentado imóvel. Está sentado porque quer, porque é essa a sua vontade e isso é que explica o porquê de estar imóvel.

Portanto, perguntar pelos movimentos da matéria que desencadeiam outros movimentos e acções, isto é, questionar os processsos do como é que 'isto' funciona e como se desencadeou, é o trabalho da ciência; mas perguntar, porque é que 'isto' existe, será que há uma causa que explique a existência de coisas, na famosa pergunta de Heidegger, 'porquê o ente e não o nada?', não é uma pergunta da ciência.

 

"Ao contrário do Big Bang o buraco negro está ali'... o que quer isto dizer? 

E na imagem, "o tempo a ser moldado enquanto barro" ( que duvido possa ser uma imagem adequada) está implícita a ideia de que o tempo é material, logo, concebe-se muito bem sem transcendência divina.

 

publicado às 19:00


Um começo

por beatriz j a, em 21.08.16

 

 

"Musulmans, Chrétiens et Juifs, doivent dresser un front commun pour contrecarrer le fanatisme"

 

 

publicado às 10:46

 

 

Tony Abbott, you do know you belong to a church that has not reformed, don't you?

If you, Tony Abbott, want to go out preaching about the need for reformation, about the need to embrace modernity, about the dangers of retaining outdated theology, structures and rules of Islam, then I recommend you pay special attention to the royal commission into institutional responses to child sexual abuse.’ Photograph: Lukas Coch/AAP

 

 

 

publicado às 06:36

 

 

 

... sobre as religiões no mundo actual. Outro dia... hoje não estou com paciência para ficar mal disposta por pensar em gente que entende e defende que os direitos humanos se referem só aos homens... gente que está sempre a falar do respeito devido às religiões mas todos os dias ofende metade da humanidade.

 

Dalaï-lama. On a d’abord cru à une bonne nouvelle. Mais en fait non. Dans une interview avec la BBC repérée par les Inrocks, le dalaï-lama a fait savoir qu’il était ouvert à l’idée que son successeur soit une femme. Parce que les femmes sont les égales des hommes ? Non, parce que «biologiquement, elles ont plus de possibilités de montrer de l’affection et de la compassion». Déjà, là, on tique. Le leader bouddhiste ajoute : «Les femmes devraient avoir plus d’importance dans le monde… Mais si c’est une femme, elle devrait avoir un visage très très séduisant». Le journaliste de la BBC rit nerveusement et pense avoir mal compris : «Si le dalaï-lama est une femme, elle devra vraiment être belle ?». «Elle devra être séduisante, sinon elle sera inutile», insiste le dalaï-lama. Le journaliste tente un «vous devez plaisanter, je suppose». «Non c’est vrai.» Ouch.

 

 

publicado às 20:24

 

 

 

E se, até essa altura, a Igreja exorcizava demais – até porque a Medicina não estava tão avançada no campo da Neurologia e da Psiquiatria –, agora exorciza de menos. “Passou-se do oito ao 80”, critica Sousa Lara. A braços com a falta de exorcistas e com a falta de fé dos próprios padres, a Igreja tem agora de enfrentar uma sociedade pagã e de resgatar cada vez mais católicos não praticantes com sinais de influência diabólica. “As pessoas recorrem em massa a videntes, bruxos, tarô, terreiros, astrologia, reiki e ioga e, sem o saberem, estão a abrir portas do mundo espiritual para a entrada do demónio”, avisa o exorcista de Lamego. Sousa Lara garante que a prova de que para o demónio se afastar basta viver “na graça de Deus” é o facto de, entre os mais de 200 casos graves que atendeu nos últimos anos, nenhum envolver católicos praticantes. “São pessoas que deixaram de praticar e de viver de acordo com o que Deus quer”.

 

Parecia, durante um tempo, que a religião católica tinha adoptado um discurso e uma prática menos medievais, obscurantistas, mais racionais e iluministas mas, está em regressão, o que se vê por estas declarações e outras que recuperam a crendice e a superstição, quase patéticas... porque não há grande diferença entre estas palavras que dizem que casos graves de doenças se devem às pessoas não seguirem os preceitos de Deus e que a prática do yoga e do reiki são uma porta aberta ao demónio e aquelas palavras do Ayatola que dizia que casos de tremores de terra se deviam às mulheres não seguirem os preceitos de vestuário de Alá. E estas palavras vêm publicadas em destaque nos jornais como se fossem coisas ponderadas e para levar a sério, tal como as palavras dos Ayatolas sobre as desgraças da Terra se deverem às mulheres não se submeterem ao Islão.

 

 

publicado às 10:25

 

 

 

Escola islâmica australiana proíbe raparigas de correr para não perderem virgindade

 

Até porque a virgindade é um bem inestimável... uma rapariga nem sabe o que fazer sem ela... Pior que achar que por correr a virgindade nos foge, é achar que precisamos dela para alguma coisa. Haja paciência!

 

 

publicado às 02:46


A importância da sociedade laica

por beatriz j a, em 03.02.15

 

 

 

Elisabeth Badinter : "Je ne pardonne pas à la gauche d'avoir abandonné la laïcité"

 

É a laicidade que permite vivermos uns com os outros apesar das diferenças, nomeadamente de religião. 

 

 

publicado às 17:47


Porque precisamos de Estados laicos?

por beatriz j a, em 13.01.15

 

 

 

...porque as religiões em geral detestam-nos, para elas somos 'obra do diabo', indecentes, vergonhosas, causas de todos males, impuras, não humanas... e por vontade delas as mulheres saíam de casa duas vezes na vida, a primeira para casar (virgens, para o dono não se sentir julgado pela sua inferior possessão) a segunda para enterrar.

Todos os dias as religiões ofendem. Todos os dias. Sem excepção. 

 

 

Descubra as diferenças: A foto numa página do Hamevasser, só com figuras masculinas...

 

Um jornal hassídico publicou a foto histórica da manifestação de domingo em Paris, com vários chefes de Estado ou de Governo juntos em nome da liberdade, tendo apagado as imagens das mulheres.

Nem Angela Merkel, nem Anne Hidalgo, presidente da Câmara de Paris. Ambas foram simplesmente apagadas da história, pelo menos como esta foi hoje contada pelo jornal israelita ultra-ortodoxo Hamevasser. Porquê? Porque são mulheres.

A publicação hassídica - movimento dentro do judaísmo ortodoxo - considera indecente a representação de mulheres. 

 

 

publicado às 09:47


Diferença entre religiões

por beatriz j a, em 10.11.14

 

 

 

da net

 

 

publicado às 20:43


Que raiva, estas coisas!

por beatriz j a, em 16.05.14

 

 

Sudão condena-a-morte-mulher-gravida-por-nao-renunciar-ao-cristianismo

A jovem de 27 anos foi ainda condenada a 100  chicotadas por "adultério": casar com um homem cristão

publicado às 16:30

 

 

 

nigeria-boko-haram-a-enleve-des-lyceennes-pour-les-vendre-et-les-marier-de-force

 

L'avenir de plus de 200 lycéennes enlevées par Boko Haram au Nigeria s'assombrit encore. Dans une vidéo de près d'une heure reçue par l'AFP, le chef du groupe islamiste Boko Haram, Abubakr Shekau, revendique cet acte: "J'ai enlevé les filles. Je vais les vendre sur le marché, au nom d'Allah"

 

Miúdas vendidas como gado no mercado em nome do deus dos bandidos... quanto a isto ninguém faz nada nem quer saber porque a escravatura das mulheres é defendida pelas religiões...

 

 

publicado às 15:58


Jimmy Carter's book

por beatriz j a, em 24.03.14

 

 

 

 

 

Speaking to the US's National Public Radio this weekend about his new book – the latest in a long literary career for the US president – Carter discussed how quotations from the Bible can be used to argue for both equality and the inferiority of women. "You can pick out individual verses throughout the Bible that show that the verse favours your particular preference, and the fact that the Catholic church, for instance, prohibits women from serving as priests or even deacons gives a kind of a permission to male people all over the world, that well, if God thinks that women are inferior, I'll treat them as inferiors. If she's my wife, I can abuse her with impunity, or if I'm an employer, I can pay my female employees less salary," he said.

 

In A Call to Action, he writes of how some selected scriptures are interpreted, "almost exclusively by powerful male leaders within the Christian, Jewish, Muslim, Hindu, Buddhist and other faiths, to proclaim the lower status of women and girls".

"This claim that women are inferior before God spreads to the secular world to justify gross and sustained acts of discrimination and violence against them," writes Carter.

 

As well as the "unconscionable human suffering" which he writes is "almost embarrassing to acknowledge", there is also "a devastating effect on economic prosperity caused by the loss of contributions of at least half the human beings on earth," writes Carter. "This is not just a women's issue. It is not confined to the poorest countries. It affects us all."

 

 

publicado às 21:56


🐸 Problemas

por beatriz j a, em 27.12.13

 

 

 

Como vai a Europa resolver o problema muçulmano que alastra? A religião muçulmana não é como a judaica onde os seus seguidores a praticam em privado sem fazer 'bullying' aos outros, sem querer impô-la aos outros... fechar os olhos ao problema ou reduzi-lo a estereótipos não o resolve, só o agrava, como se viu pelos acontecimentos em França, aquando da eleição do Presidente, onde uns se entrincheiraram na intolerância radical do racismo e outros na tolerância radical do absoluto relativismo cultural.

 

 

Muçulmanos ocupam ilegalmente ruas de Paris para rezar.

 

 

publicado às 09:13


Continuem assim...

por beatriz j a, em 02.05.13

 

 

 

 

... a defender a tortura, a submissão e a escravidão das mulheres que hão-de ter muito futuro... ... este é o caminho para conquistar fiéis para as igrejas. Sobretudo fiéis femininos. Acobertar pedófilos e promover a violência contra as mulheres.

Estas bestas, se os homens tivessem filhos há séculos que a igreja defendia o aborto dos púlpitos.

 

Morrer devido à gravidez ou cumprir 50 anos de prisão por abortar

Dilema de Beatriz, impedida de abortar sob pena de ser acusada de homicídio agravado, levantou uma onda de indignação em El Salvador.  

Conferência Episcopal está contra

 

O drama de Beatriz  levantou uma onda de indignação em El Salvador. Mas até vozes como a da ministra da Saúde, María Isabel Rodríguez, que pediu à Justiça uma permissão especial para que Beatriz possa abortar sem que ela ou os médicos sejam castigados, estão a ser abafadas pelas duras palavras da Conferência Episcopal de El Salvador, que se tem manifestado contra a interrupção voluntária da gravidez, defendendo que a sua prática não se justifica de todo, em qualquer situação.

Os bispos salvadorenhos acusam as organizações de mulheres e de direitos civis de "usarem" as doenças de Beatriz para "manipularem" o Governo, obrigando-o a despenalizar o aborto em determinadas circunstâncias.

Em El Salvador, 19 mulheres cumprem presentemente pena de prisão por terem abortado, revela a organização Women's Link Worldwide .

publicado às 21:56


Triste

por beatriz j a, em 07.03.13

 

 

 

 

Portugal quer travar violência contra as mulheres


A secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e Igualdade, Teresa Morais, defendeu hoje que a declaração final da 57ª sessão da Comissão do Estatuto das Mulheres, da ONU, represente "um compromisso firme" no combate à violência contra as mulheres.

 

"A posição de Portugal está a ser negociada pela Missão [Portuguesa nas Nações Unidas] no âmbito de um conjunto de países da União Europeia que estão a consertar uma posição comum e terá o seu percurso nos proximos dias", explicou Teresa Morais à agência Lusa, em Nova Iorque.

 

A 57ª Sessão da Comissão do Estatuto das Mulheres da ONU iniciou-se na passada segunda-feira e tem como tema prioritário a "eliminação e prevenção de todas as formas de violência contra as mulheres e raparigas".

 

O tema foi escolhido com base em estatísticas que sublinham a gravidade do problema: em todo o mundo, 70% das mulheres dizem ter sido vítimas de violência física ou sexual, 50% dos ataques sexuais são cometidos contra raparigas com menos de 16 anos e 603 milhões de mulheres vivem em países onde a violência doméstica ainda não é considerada um crime.

 

"Portugal está fortemente empenhado num compromisso firme que combata estes problemas e que em outros tempos não foi possível assumir", disse Teresa Morais, explicando que "alguns países estão a tentar bloquear esse compromisso."

 

A secretária de Rstado referia-se aos esforços do Vaticano, Rússia, Irão e outros Estados religiosos que pretendem eliminar da declaração final a alínea que determina que a religião, costumes e tradição de um país não possam ser usados por um Governo como desculpa para não eliminar violência.

 

"Há países que preferem que certas coisas não sejam ditas de forma clara, sobretudo em relação a matérias mais delicadas, que têm a ver com a saúde sexual e reprodutiva", declarou Teresa Morais, à agência Lusa.

 

Sobre esses temas, a secretária de Estado defendeu que "é altura de haver no Vaticano maior abertura para as questões que dizem respeito à saúde das mulheres e ao direito e cumprimentos dos direitos humanos."

 

"Espero que a linha dos países mais conservadores e do Vaticano não seja a linha dominante e não tenha sucesso", disse Teresa Morais.

 

As religiões, sempre as religiões, a querem reduzir as mulheres a instrumentos de reprodução sem direitos humanos.

Que triste a constatação da dificuldade em convencer as religiões a respeitarem os direitos humanos e a contribuírem para a não violência.

 

 

publicado às 02:18

 

 

 

 

 

Garota estuprada nas Maldivas é condenada a 100 chibatadas

Padrasto engravidou menina de 15 anos e matou o bebê.
Condenação foi designada por ela manter relações sexuais sem ser casada.

 

O sistema judiciário das Maldivas, um arquipélago islâmico com uma população de cerca de 400 mil pessoas, tem elementos da sharia (lei islâmica) e do direito britânico.

 

Esse não é o único caso. Está acontecendo frequentemente - no mês passado houve outra garota que foi violentada e condenada a chibatadas", afirmou.

 

Faiz disse ainda que não sabe quando a sentença do caso anterior foi executada, já que as pessoas não querem discutir abertamente a situação.

 

A dos homens contra as mulheres. E quem é o mais poderoso braço armado nessa guerra de degradação, desumanização e morte das mulheres? As religiões.

 

publicado às 06:57


Porque é que os talibãs odeiam mulheres?

por beatriz j a, em 11.10.12

 

 

 

 

What has Malala Yousafzai done to the Taliban?

The attempted assassination of a 14-year-old girl was driven by pathological hatred of women – not politics, as the Taliban claims


Malala Yousafzai

.

A situação das mulheres nos países muçulmanos é identica à situação dos negros nos EUA há um século: são mantidas em escravatura, vendidas, compradas e tratadas como animais e, qualquer tentativa de se libertarem é punida com a tortura ou a morte, mesmo que se tratem de crianças ou adolescentes.

É preciso arranjar uma maneira de tirar as mulheres desses sítios. Arranjar um pedaço de terra e arranjar um barco ou comboio ou o que seja que ande pelo planeta a recolher mulheres que queiram ir-se embora desses países onde são escravas e as leve para essa terra para que possam ter uma vida livre.

A perseguição aos judeus deu origem a Israel, a perseguição aos negros na América esclavagista deu origem à Libéria. Para quando uma Israel para todas as mulheres que vivem escravizadas por homens e religiões? Se paquistaneses, afegãos e outros que tais odeiam mulheres, pois que fiquem sozinhos num país de homens. Entretenham-se uns com os outros...



publicado às 05:25


religiões em guerra...

por beatriz j a, em 10.09.12

 

 

 

 

 

 

publicado às 19:37

 

 

 

Inédito no Egito

Mulher velada apresenta telejornal na TV pública

Fatima Nabil, a jornalista que protagonizou hoje um feito ao aparecer no ecrã com o "hijab" (véu islâmico), considerou em declarações à EFE que, com este passo, se corrige "uma situação estranha e anormal" no Egito, onde a maioria das mulheres usa véu.


... mas onde, infelizmente, ainda há muitas que resistem... mas vai-se já acabar-se com isso...



publicado às 08:00


Ser Humanista, hoje

por beatriz j a, em 02.09.12

 

 

 

European Humanist Federation

Humanists believe:

  • that we have only one life
  • that we can live good and fulfilling lives without religious or superstitious beliefs
  • that we can make sense of the world by using reason, experience and shared human values
  • that morality is a natural human attribute, the result of our long evolution (since before we were human) as social animals
  • that we can ourselves create meaning and purpose for our lives
  • that we should seek to live happy and fulfilled lives and that one important way to do this is to help others to do so.

Humanism is an ethical worldview, not just an atheist or agnostic one. For many non-religious people it is a ‘lifestance’ that frames answers to so-called ‘ultimate questions’ about life in the same way that a religion does for believers. It is a ‘belief’ in terms of Article 9 of the European Convention on Human Rights - the article that protects freedom of ‘religion or belief’.

 

Embora não ponha as mãos no fogo pelos dois primeiros princípios -que só temos uma vida e que toda a gente consegue viver vidas realizadas sem religião- estou completamente de acordo com todos os outros princípios como, o uso da razão, da experiência e dos valores humanos como guias de vida no mundo. O respeito pelos direitos humanos como guias de acção ética

Parece-me que a Humanidade nunca esteve tão perto de seguir o caminho mais correcto do que quando adoptou os ideais do iluminismo.

Não tenho nada contra as religiões em si mesmas e respeito muito o sentimento religioso -esse sentir que se está ligado a algo maior que nós- como motor de enriquecimento espiritual mas quanto às religiões organizadas, o que vejo é o desrespeito pelos direitos humanos das mulheres, das crianças, dos homossexuais, das pessoas das outras religiões...

Para além disso, parece-me uma tirania obrigar as pessoas à obediência de princípios religiosos ou descriminá-las por não serem crentes. E, porque razão as Igrejas hão-de ter privilégios dentro dos Estados?

 

Acho bem que surjam movimentos como este que defendam a concordância entre os homens fora do quadro das religiões. Este, aliás, podia ser o horizonte da Humanidade: criar uma comunidade de seres racionais, conscientes e autónomos, responsáveis pelas suas escolhas e pela construção do seu futuro dentro do respeito pela lei e pelos direitos do homem. As religiões podem existir num tal mundo, mas como uma escolha pessoal, de indivíduos ou colectividades, não um desígnio nacional.

O que é preciso é derrubar essa falsa verdade segundo a qual, sem religiões caímos no 'nihilismo' dos valores de que falava Nietzsche. Este movimento é precisamente uma resposta nesse sentido.

 

 

 

..

publicado às 15:32


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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