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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Com estratégias que ouço muitas vezes, que defendem que o melhor é entupir o sistema cumprindo tudo à risca em vez de contestar e recusar fazê-las.
Uma pessoa não faz primorosamente uma coisa que entende errada por pensar que isso vai expôr os erros do sistema. Por essa ordem de ideias os SS tinham morto ainda mais judeus para mostrar que o sistema estava errado... Se pensamos que o sistema de avaliação tem vícios e não virtudes temos que denunciar os vícios e evitar cometê-los.
Pedir escusa de ser relator é, em primeiro lugar, fazer uma afirmação pessoal de repugnância pelo processo, e isso contribui para a melhoria das relações entre pares; em segundo lugar, se o director/a recusa esse pedido pode mandar-se em seguida para a DREL e enquanto estas coisas se passam ou chamam outros, o processo está parado e não se cometem os erros de vício que se criticam; em terceiro lugar, se todos o fizessem, no limite, não haveria ninguém (ou muito poucos) para o fazer.
Estas coisas pegam-se como se vê pela Tunísia e pelo Egipto, mas se ninguém começar nunca, nada se faz e todos compactuamos com o sistema a pretexto de ser mais útil à causa... esse é o argumento dos sindicatos, que põem faixas e falam mas nada fazem que se oponha de facto ao processo e o impeça de seguir em frente.
Na minha escola a avaliação corre sem atritos. Fazem-se reuniões de relatores e há quem se tenha atirado às grelhas de avaliação com tanto entusiasmo, afã e pundunor que já discorre com excelência sobre obrigações e evidências e outras coisas que tais. Isto é a prova da eficácia dos sindicatos: termos um modelo de avaliação mais estúpido e estarmos destinados a nunca mais trabalharmos em paz uns com os outros em virtude da legislação de avaliação ser um gerador de cancros intestinos nas escolas. E pensar que tivémos tudo nas mãos...coisas destas, nem se esquecem, nem se perdoam.
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