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Isto é verdade

por beatriz j a, em 20.01.19

 

No que respeita à educação, digo mais: eu sou contra esta mania de cada governo fazer uma reforma e dar cabo de tudo o que havia mas quando esta equipa se for e vier outra de outro governo com outra ideologia espero que rasguem esta reforma de alto abaixo que istto não se conserta com acertos. É como a reforma da Lurdes Rodrigues com as duas carreiras de professores. Aquilo não tinha acerto e mesmo tendo sido rasgada, a coisa era tão cancerígena que ainda agora a estamos a pagar. Esta equipa foi ao ponto de mudar a formação dos professores considerando que um professor que faça formação em inclusão ou cidadania, sobretudo se for coordenador ou da direcção (os que têm cheques em branco da tutela) é igual a fazer formação na sua área de especialidade.

 

O setor da habitação oferece um outro exemplo eloquente de como a resolução dos desequilíbrios causados pelo abandono de vários domínios da política social não se consegue fazer com políticas de pequenos acertos. Sobre este tema crucial, o Observatório sobre Crises e Alternativas promove, no próximo dia 22, em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, um oportuno debate 1 .

O hiato entre os rendimentos das pessoas e os preços de aquisição, ou de rendas das casas, é um obstáculo que se agudiza a cada dia que passa. Ele agrava os problemas da mobilidade nas áreas metropolitanas, expulsa os pobres que ainda restavam no centro das grandes cidades e as classes médias para as periferias, limita as aspirações dos jovens em vários planos. Tornaram-se insuportáveis, para milhares de famílias, os custos da habitação de um estudante nas principais cidades do país, quando é imperioso muitos mais jovens acederem ao Ensino Superior.

As políticas de incentivos e isenções fiscais para os proprietários, recentemente anunciadas para estimular o mercado de arrendamento, não resolvem o problema. A manutenção de todos os outros incentivos de atração do capital financeiro estrangeiro para o imobiliário através de programas como o Regime de Autorização de Residência para Atividade de Investimento (vistos dourados), só acentua a crise habitacional. Na habitação o Governo tem uma escolha crucial a fazer: promover um mercado imobiliário internacional especulativo ou optar por uma política de provisão de habitação para os habitantes das grandes cidades, ao mesmo tempo que trata de outros problemas do setor, associados ao reordenamento do território.

Manuel Carvalho da Silva

 

publicado às 12:32

 

 

 

 

publicado às 20:22


Os professores são heróis

por beatriz j a, em 22.03.17

 

 

Escolas. Houve 40 reformas curriculares nos últimos dez anos

 

É a única conclusão possível, pois quem consegue continuar a trabalhar e formar alunos no meio deste campo minado que são as reformas impostas a todo o instante, umas a contradizer as outras que ainda ontem foram impostas e nem sequer foram avaliadas (e sem falar que a isto se somam as reformazinhas internas que são as 'ideiazinhas' e 'projectozinhos de estragar alunos' dos moços de recados da tutela e amigos que se arrastam há anos nos cargos das escolas) não tem outra designação senão essa. Nós, professores, trabalhamos apesar da tutela, apesar da esquizofrenia de vaidades dos decisores, apesar de sermos o saco sem fundo para onde se atiram todos os problemas socialmente não resolvidos, apesar de sermos as primeiras vítimas dos cortes de cada vez que é preciso financiar calotes de banqueiros, apesar de sermos, na boca de imensos políticos, os culpados de todos os males sociais, apesar da quase totalidade dos ministros e secretários de Estado da tutela não nos suportarem e acharem que não fazemos ponta de um corno. Continuamos a trabalhar, a formar pessoas e a ensinar apesar de todas estas forças contraditórias e destruidoras. Se isso não é ser herói não sei o que seja. 

 

publicado às 04:53


Mais uma reforma na educação?

por beatriz j a, em 18.02.17

 

 

Esta representação do currículo é interessante, sobretudo porque não hierarquiza; contudo, estas vertentes já se trabalham na escola de modo que o que vai mudar é o 'como' e o 'quando'. Equilibrar o currículo parece-me bem. Restaurar a área de interdisciplinaridade também é interessante. Já a questão da Formação Cívica ser uma disciplina não concordo e certas áreas irem buscar 25% do tempo do currículo parece-me muito problemático.

Agora, se tudo isto vai acontecer sem alteração de outros aspectos da organização da escola, do número de alunos por turma, etc., vai ser mais uma reforma... já nos habituámos a ter uma reforma de 4 em 4 anos e houve alturas em que as reformas até eram mais frequentes, lá para o fim do outro século. Já perdemos a conta das reformas que aplicámos. Nós aqui somos os aplicadores. Não tem sido bom.

Finalmente, li no jornal que o secretário de Estado falou em nome pessoal [“Tenho de emagrecer o currículo actual e fazer um reequilíbrio entre áreas”] como se a reforma fosse obra dele, o que achei curioso mas, talvez seja uma má citação do jornal; li também que tem reunido com c. pedagógicos e aqui não percebi o objectivo disso tendo em conta que os c. pedagógicos hoje em dia representam-se a si próprios e aos directores. A não ser que tenha reunido para endoutriná-los a endoutrinar... não percebi, mas pronto, se calhar falta-me esperteza para perceber estas coisas.

Governo vai mudar currículo das escolas

 

publicado às 18:22


Isto é verdade?

por beatriz j a, em 08.08.13

 

 

 

Se é verdade este país não tem salvação. Só faltará que postulem na Constituição da República a sua origem divina.

 

 

publicado às 10:14


Baixas

por beatriz j a, em 05.03.13

 

 

 

 

Hoje fui à secretaria da escola à procura da D. F.... disseram-me que se reformou no dia 28 do mês passado. Nem me despedi dela. Há tantos ali a trabalhar... Muita gente se reformou nestes três últimos anos. Pessoas com quem trabalhámos, às vezes mais de vinte anos...  

 

publicado às 20:30


Deixa-me ver se percebo

por beatriz j a, em 05.03.13

 

 

 

 

Vida saudável: Homens até aos 61 anos e mulheres aos 59

A esperança de vida à nascença em Portugal era de 59 anos para as mulheres e de 61 anos para os homens, em 2011, inferior à média da União Europeia (UE) de 62 anos para ambos os sexos.


Apesar da esperança de vida saudável andar por volta dos 60 anos espera-se que as pessoas trabalhem até aos 65 anos ou mesmo mais. 



publicado às 13:28

 

 

 

 

Devo estar linda nessa altura! Já me estou a ver de bengala a arrastar-me para aulas cheias de dezenas de alunos que já nem vejo bem. Ter que me sentar a meio da aula e precisar de ajuda para me levantar. Ter que sair para ir tomar os comprimidos da Alzheimer ou, pior, vir a funcionária com o comprimido que eu já não me lembro de tomá-los! Na sala de professores, eu e os outros idosos adormecemos profundamente nos intervalos, uns a babarem-se outros de boca aberta com os óculos à meia haste...

 

 

publicado às 14:59


As revoluções

por beatriz j a, em 26.04.12

 

 

 

 

... têm esse aspeto de, por uns tempos, serem o reverso do regime que destroem. Os pobres apoderam-se dos bens dos ricos e os espertalhões fazem negócio. Por uns tempos grande parte da sociedade se dedica à vingança, ao roubo e à destruição. Provavelmente por uma qualquer necessidade catártica alimentada por longos anos de frustração, privação, submissão, injustiça e revolta calada.

As revoluções não são positivas porque são o recurso violento que devia ter sido tornado desnecessário, tal como a operação de remoção do cancro é o recurso violento quando a prevenção a o tratamento já não conseguem resolver o problema e constituem uma morte lenta e adiada. Regra geral, onde há reforma eficaz não há necessidade de revolução.

As revoluções existem porque os regimes desenvolveram tumores não tratáveis. Exceptuam-se aqui as revoluções que são preparadas de fora por outros inimigos que infectam de doença mortal um corpo são, como aconteceu no Irão quando os EUA fomentaram uma ditadura para se livrarem da autonomia de Mohammed Mosaddeq, o primeiro ministro que nacionalizou o petróleo que controlavam.

 

A única maneira de evitar revoluções é a justiça social. Quando os povos vivem em sociedades justas e equilibradas, sem grandes clivagens entre ricos e pobres, sem opressão, sem descriminações, sem abusos de poder institucionalizados, não têm motivação para revoluções. Esse devia ser, portanto, o objetivo de toda e qualquer política: a justiça social, o desenvolvimento equilibrado, a distribuição justa da riqueza. Enquanto isso não acontecer, as sociedades vão acumulando rancor e violência até à explosão.

 

publicado às 06:03


estou contigo, Portas, mas não voto em ti...

por beatriz j a, em 12.12.10

 

 

 

CDS

Portas defende que horas extraordinárias não devem ser tributadas


O presidente do CDS defendeu hoje no Funchal que as horas extraordinárias não devem ser tributadas com o IRS pois representam um esforço adicional do trabalhador para a empresa e para o País.

"Os cidadãos que querem trabalhar mais, e às vezes até têm um segundo trabalho, que mais esforço fazem em horas extraordinárias, nós dizemos que esse esforço é para eles, não é para o Estado, não queremos IRS nas horas extraordinárias", disse ontem Paulo Portas no jantar de Natal do CDS/PP-M.

Por isso, o dirigente centrista considerou o primeiro-ministro, José Sócrates, "um atraso de vida para os salários e para a produtividade".

 

Estou contigo Portas em tudo o que disseste mas não vou votar em ti porque te vais juntar ao Passos Coelho e aprovar as reformas da mulher Rodrigues que deram cabo disto tudo...

 


publicado às 14:46


dúvida...

por beatriz j a, em 11.12.10

 

 

 

O que eu gostava de saber é se o PSD, ontem no debate da educação onde o Sócrates se gabarolou sem nenhuma vergonha da impropriedade da sua atitude, ao reconhecer sucesso ao governo, estava a fazer o elogio das políticas da Lurdes Rodrigues. Fiquei com essa dúvida: o PSD acredita que as reformas que têm sido feitas devem ser mantidas? Gostava que esclarecessem essa questão antes das eleições.

 

publicado às 11:19

 

 

 

 

...como dizia hoje um colega, os trabalhadores é que dão cabo disto!

Queremos despedir os trabalhadores e eles queixam-se!

Queremos tirar-lhes o salário e eles queixam-se!

Queremos que eles sejam temporários permanentes e eles queixam-se!

Queremos que eles trabalhem de sol a sol e eles queixam-se!

Queremos que nos paguem certos luxos e eles queixam-se!

Queremos que não tenham carro e andem sempre a pé e eles queixam-se!

E como se isto não bastasse, ainda querem reformar-se!

Que topete! É demais! Assim não há país que aguente!

 

Devíamos instituir o abate dos cidadãos inúteis e velhos (como agora é moda fazer aos livros velhos...). Era um duplo ganho: evitava-se essa mania de quererem reformar-se e livrávamo-nos do peso dos reformados. Para já não falar dos milhões que se poupavam em medicamentos e bengalas e cadeiras de roda e outros objectos que nos lembram escandalosa e vergonhosamente da nossa inevitável decadência...

Proponho que sejam criadas instituições de 'reciclagem de cidadãos'. Tanto quanto sei lá para o Leste da Europa não destruíram as instituições que em tempos não muito distantes reciclavam judeus, ciganos, gays, deficientes e outros inúteis. Era só reactivá-las e reorientá-las para a reciclagem de velhos reformados! Acabava-se logo com essa moda das reformas! Nas escolas, por exemplo, os ex-titulares, agora grandes líderes escolares fariam o processo de selecção dos C.I.R. (Cidadãos Inúteis Recicláveis).

Naturalmente que os C.I.R. teriam direitos e até sindicatos(!) que revindicariam o direito a não ser reciclado na Primavera e, claro, nunca antes do pôr do sol!

Estas simples medidas livrariam o país de crises sucessivas em virtude dos trabalhadores fazerem exigências absurdas e incomportáveis. Passa lá pela cabeça de alguém querer o retorno do dinheiro descontado? Querer férias? Almoçar e jantar? Ter telemóvel?

Francamente! O problema deste país são os trabalhadores!

 

 

publicado às 14:29

 

 

 

Tribunal julga Emídio Rangel
por difamação de professores

 

«Eles aí estão, em estágio. Faz-me lembrar os hooligans quando há uma disputa futebolística em causa. Chegam pela manhã em autocarros vindos de todo o país, alugados pelo Partido Comunista. Confesso que tenho vergonha destes pseudo professores, que trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações e transformam-se em soldados do Partido Comunista, para todo o serviço», escreveu, sob o título “Hooligans em Lisboa”, o jornalista Emídio Rangel.

 

O TIC de Coimbra entendeu tratar-se de «um discurso manifestamente desproporcional, lesando a honra e consideração dos assistentes». «De facto, para opinar sobre a manifestação, não podia o arguido ofender os assistentes da forma como o fez. Entende-se que, neste caso, pretendeu-se desconsiderar, humilhar e rebaixar os professores que integravam a manifestação em causa. Entende o tribunal que as expressões em causa ultrapassam os limites do direito de expressão, sendo ofensivas da honra e consideração dos assistentes», lê-se no despacho de pronúncia.
«Deve o arguido ser pronunciado por dois crimes, mas de difamação, tal como vem acusado pelos assistentes e não de injúrias, como consta da acusação do Ministério Público, uma vez que as expressões em causa não foram dirigidas directamente aos assistentes, mas a terceiros através da comunicação social. E por terem sido divulgadas desta forma e ainda pelo facto dos assistentes serem docentes, encontram-se os crimes agravados nos termos constantes das acusações», concretiza a pronúncia.

 

Agora já poucos se lembram, mas durante de dois anos quase todos os dias os professores eram assim tratados nos jornais. Como se fossemos um grupo de mandriões sem préstimo. Quando uma pessoa se lembra que eram os próprios ministros e secretários de estado que nos deviam apoiar e motivar para o trabalho os primeiros a injuriar, a difamar, a desprezar o trabalho que fazíamos nas escolas até se admira da contenção que os professores mostraram nessas manifestações.

Sim, porque agora só os completamente cegos não vêem que as reformas da educação da Lurdes Rodrigues foram desastrosamente trágicas, mas à época tratavam-na todos de heroína e quase a comparavam ao Pombal...mesmo os da oposição...e isso é uma das coisas que me assusta...essa falta de discernimento, sintoma de uma grande ignorância nos assuntos da educação...

 


publicado às 20:45

 

 

 

Silva Lopes: "É imoral" não cortar nas reformas mais elevadas

 

...primeira reacção dos mercados foi positiva, mas “se não nos emprestam dinheiro vai ser uma desgraça”.

A principal crítica tem a ver com o “congelamento das reformas todas”. Para Silva Lopes, “é imoral” que as reformas mais elevadas não tenham sido cortadas.

As “reformas tem de ser cortadas pelo menos tanto como nos salários”, afirmou o economista, lembrando que é pensionista.

Sugeriu que as reformas mais altas “deviam ter um tecto, que podia ser o ordenado de um ministro ou do primeiro-ministro”, disse Silva Lopes, considerando ainda que o “agravamento de impostos vai incidir mais sobre a classe baixa e média”.

A outra critica no pacote de austeridade tem a ver com a transferência do fundo de pensões da Portugal Telecom para o Estado. Isso “não é cortar o défice, é esconder o défice”, lamentou.

 

Quer dizer, os que mais ganham são justamente os que menos pagam? Mas deste governo tudo se espera e já nada espanta. Empurraram milhares de professores para a reforma com o pretexto de poupar dinheiro substituindo-os por contratados que ganham miseravelmente, mas o que se lucrou com isso? Perderam as escolas milhares de bons e experientes professores ainda em muito boas condições para trabalhar e estamos agora a pagar-lhes as reformas. Isto só se entende quando percebemos que muitos dos que se reformaram há muito não eram professores mas políticos, assessores, membros de Direcções Regionais e outros institutos inúteis e...sindicalistas também, que assim se reformaram e vivem na boa, isentos de contribuir para estas medidas de austeridade. Favores que amigos fazem aos amigos...o costume.

Cada dia que este Sócrates e o Teixeira estão no governo é mais um prego no caixão do País.

 


publicado às 09:30

 

 

 

Como acabar com este atraso de vida  DN

por PEDRO TADEU

 

A famosa reforma educativa de Maria de Lurdes Rodrigues, espremida, não significava mais do que arranjar maneira de reduzir as despesas do Estado com a educação pública. O resto, imaginativo, erudito e hipócrita, era um exercício de malabarismo para defender, ideológica, legal e pedagogicamente, a odisseia. Quantos governos PS ou PSD, anteriormente, tentaram o mesmo? Todos, com menos estardalhaço mas igual insucesso. Um atraso de vida, confirma-se.

(...)

Portugal é um atraso de vida? É. Como podia deixar de o ser? Bastava ensinar os estudantes a descodificar, a criticar e a valorizar as mensagens da comunicação social, dos jornais, da TV, da Web, da rádio e do que os poderosos - da política, do jornalismo, da economia, da cultura, do desporto - dizem através deles. Devia ser tão obrigatório como ensinar a compreender Luís de Camões ou Eça de Queirós. Com um povo que deixasse de ir em conversas demagógicas, que soubesse ler as entrelinhas do discurso de quem manda, este atraso de vida, por fim, terminava. Assim, prosseguimos, ignorantes mas serenos... e a votar nos mesmos.

 

Estou de acordo com o que ele diz no primeiro parágrafo, mas não no segundo.

Em primeiro lugar os alunos aprendem a saber descodificar as falácias argumentativas na disciplina de Filosofia, na Lógica não formal, no 11º ano. Em segundo lugar, a ideia de que aprendizagem das técnicas, neste caso da linguagem, pode e deve ser separada da aprendizagem dos conteúdos é um dos grandes erros que enformou todas as pseudo-reformas desde o Guterres. As duas coisas são inseparáveis. A aprendizagem do Camões, do Pessoa, do Padre António Vieira, do Eça, do Camilo e outros grandes autores portugueses não ensina apenas a enriquecer a linguagem pois que todos esses grandes autores foram também seres bem-pensantes, de modo que com eles se aprende a fazer e reconhecer uma crítica social, um falso argumento de autoridade, uma apreciação irónica, um pensamento sobre a vacuidade dos homens (o Camões está cheio), a ganância do poder (o Vieira está cheio), o provincianismo demagogo dos políticos portugueses (o Eça está cheio), as contradições da alma portuguesa (o Pessoa está cheio) e milhares de outros pensamentos críticos e analíticos que se encontram no contacto com os grandes autores.

Pensar que aprender a língua é algo desligado de aprender os que melhor a usaram é um erro de palmatória.

Ler os grandes autores, aprendê-los é, como dizia o Descartes, o mesmo que ter a possibilidade de conversar com as melhores mentes: não só treina o pensamento como a linguagem pois que esses foram os que melhor a usaram. Querer que na disciplina de Português se ensine apenas a saber ler uma notícia de jornal é pressupor que o autor da notícia é um exemplo maior do bom uso do pensamento e do bom uso da língua... quem diz uma notícia diz outra coisa do género...

Quem poderá seriamente achar razoável pensar que os alunos aprendem melhor a pensar e a falar/escrever/descodificar a língua com notícias de jornal e textos de programas da TV do que com os que de entre nós melhor pensaram e usaram a língua?

Finalmente, há por aí muita gente que aprendeu tudo o que havia a aprender sobre a língua a descodificação da língua e continuam a apoiar a Lurdes Rodrigues e o Sócrates - na verdade, a grande maioria da nossa elite política e empresarial, de modo que a explicação é outra...

 


publicado às 15:10


educação e reformas

por beatriz j a, em 20.02.10

 

 

 

Mais de nove mil professores aposentados em dois anos

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Alteração às regras pode levar a nova onda de reformas em 2010, alerta Fenprof.

Mais de nove mil professores reformaram-se nos últimos dois anos, muitos antecipadamente. Números acima das expectativas dos sindicatos, mas que não surpreendem dada a contestação às políticas para o sector da educação nos últimos anos, e, sobretudo, em 2008. O degradar das condições de trabalho nas escolas é uma das razões apontadas para os números. Aposentações que, em muitos casos, representaram perdas significativas na reforma.

 

Há professores que se reformam com perdas de 40%. Estão fartos e com receio que se esperarem venham a perder ainda mais. Lá na escola as pessoas estão à espera de saber se a lei tem aplicação retroactiva, desde Janeiro, ou se só vale a partir da data da publicação do diploma. Se for este o caso metem o papel para a reforma.

É terrível pensar que estamos todos a pagar pelo facto de sermos governados por putos, deslumbrados, e gente sem escrúpulos, qualidade e cabeça. E não é só cá. A Inglaterra, afinal, tem um déficit maior que o grego. O sistema de educação deles, que imitamos muitas vezes, está no caos.

Vejo o Obama nos EUA a fazer tudo aquilo que devíamos aqui fazer e não fazemos. Mais! Vejo-o a fazer o que a Europa fazia com sucesso e deixou de fazer para imitar o que os EUA faziam mal, nomeadamente na educação, enquanto que aqui continuamos a destruir o que tinha potencial de crescer bem e a deixar em seu lugar, o caos.

 

publicado às 09:53


aumentos frescos e congelados

por beatriz j a, em 14.01.10

 

 

 

Governo sem margem para aumentos na Função Pública

Os comentários de João Vieira Pereira, director-adjunto do Expresso, no Jornal de Economia da SIC. Em análise, os aumentos na função pública e a candidatura de Constâncio à vice-presidência do BCE.

Opá já estamos habituados a estar congelados e a perder poder de compra. O que nunca nos habituaremos é a estar congelados e a perder poder de compra ao mesmo tempo que o Constâncio e todos os gestores e administradores públicos duplicam os ordenados, ganham prémios por desempenhos vergonhosos e arrecadam reformas ao fim de meia dúzia de anos de trabalho enquanto nós trabalhamos vinte e só dez é que contam... talvez... um dia...lá para os oitenta anos...

 

 

publicado às 17:02


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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