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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Podemos ter rankings ao mesmo tempo que ter autonomia e prestígio da profissão. Estou de acordo que deviam avaliar-se aqueles factores que o segundo artigo enumera, sobretudo o aporte da escola no aluno, isto é, o valor que acrescenta desde que o aluno entra até que sai da escola. Também me parece que os colégios privados, se querem entrar nos rankings, deviam ser obrigados a mostrar todos os dados em vez de escondê-los.
Claro que os rankings simplificam e fazem reducionismo mas também é verdade que há neles muita informação com que se pode trabalhar para melhorar. Por exemplo, compararmos a mesma escola em anos seguidos, as mesmas zonas de economias idênticas, etc.
No que me diz respeito, nos anos em que tenho alunos a fazer exame, que não é obrigatório mas muitos fazem em vez do exame de F.Q, faço questão de ir ver as pautas, ver que nota tiraram no exame, se subiram ou desceram relativamente à nota que lhes dei e tiro ilações do que vejo. No ano passado tive quatro alunos apenas a fazer exame e, mesmo tendo faltado todo o terceiro período e tendo eles tido apenas quatro aulas nesse tempo todo, que uma colega fez o favor de dar, foram ao exame tirar positiva. Fiquei contente. Quando tenho muitos alunos a fazer exame e uma série deles baixa as notas, fico chateada e vou rever procedimentos. Portanto, não me defino pelos rankings mas não desprezo a informação que deles se pode tirar para melhorar o trabalho.
Não me parece que a ausência de informação seja uma melhor alternativa, até porque os rankings têm vindo a melhorar em muitos aspectos: já integram a informação soció-económica, a região e outros factores importantes na diferenciação.
O desprestígio da profissão e a sua falta de autonomia não têm nada que ver com isto. Foram estratégias deliberadas da Rodrigues com intuito de desvalorização económica, o que foi plenamente conseguido (uma e outra coisa) e tem sido aproveitado pelos governos que se lhe seguiram numa falta de visão (como diz o Savater, um político que veja para além de cinco dias já é categorizado como profeta...) e de inteligência própria dos que resolvem problemas de hemorragias com pensos rápidos.
Este secretário de Estado, na sendo do primeiro ministro e do ministro das finanças, mostram ser defensores (pelo modo como agem) da opacidade, de se esconder as coisas, de as mascarar, de recorrer a truques para fingir que se estão a conseguir os resultados.
Temos que defender a melhoria, e não o fim, da informação sobe o trabalho das escolas.
Do que queríamos o fim era deste governo de coveiros e amigos do Socas, isso sim.
Considero-o um instrumento perverso e desigual para as escolas, alunos e professores, pela forma como desvirtua a realidade, uma vez que ao recorrer a uma fonte única, reflete somente a média do resultado dos exames por instituição, rejeitando uma multiplicidade de critérios essenciais, iludindo quem não percecionar a limitação intrínseca desta falsa tabela classificativa.
Pontuo a necessidade de adotar outros critérios alternativos, alguns já existentes, nomeadamente, a dimensão dos valores e atitudes dos alunos (empenho, dedicação, interesse, cumprimento com os seus deveres, assiduidade, motivação, etc.), o aporte da escola no aluno (valor que acrescenta desde que o discente entra até que sai da escola), o número de alunos da escola e o percurso escolar que cada um realizou, a estabilidade do corpo docente, o nível socioeconómico dos pais e encarregados de educação, bem como o da região onde a escola se encontra localizada, as expectativas dos alunos e das suas famílias, o efeito das explicações e os apoios extra sala de aula, entre outros.
Neste sentido, os percursos diretos de sucesso apresentam-se como um indicador fidedigno, mais factual e justo na avaliação do trabalho efetuado pelas escolas na capacitação e desenvolvimento dos potenciais de cada aluno, descrevendo a evolução deste durante o seu percurso escolar, ou seja, a melhoria efetiva que cada discente evidencia no que respeita aos seus resultados globais.
We have broken all the blackboards
We have broken all the blackboards
so the teachers cannot write.
We have painted all the toilets black
and all the lockers white.
We have torn up all the math books
and we've locked the school's front door.
There won't be school no more.
Glory, glory hallelujah!
School is closed now, what's it to ya?
There won't be no more homework
and there won't be no more tests.
There won't be school no more.
by Bruce Lansky
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