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É que elas sempre existiram para os homens camufladas de muitas maneiras.

Um amigo que há uns anos trabalhava muito na Finlândia e passava lá grandes temporadas, contou-me que uma das estratégias que os homens lá tinham para manter as mulheres fora dos cargos importantes nas empresas era tratar dos negócios importantes na hora da sauna, quando os homens estão sozinhos e não entram lá mulheres. Era uma estratégia deliberada.

Nem sempre estas estratégias são deliberadas mas elas existem com muitas camuflagens, quase todas ligadas à maternidade, como se a maternidade, em vez de ser uma capacidade, fosse um demérito, uma falha ou uma incapacidade de deficiência.

 

 anand mahindra 
 
 

publicado às 11:10


Ainda as quotas...há coisas que não se fazem

por beatriz j a, em 02.01.10

 

 

O que chateia nisto das quotas é ver que não havia necessidade de destruir o que havia de melhor na educação e promover o pior só para ir buscar dinheiro aos professores. Porque foi isso que aconteceu. A crise fez estes políticos incompetentes olharem para a classe profissional com maior número de indivíduos.Mas é claro que não podiam aparecer na TV e dizer simplesmente: torrámos o dinheiro do povo e não sabemos o que fazer de modo que vamos buscá-lo a vocês que são muitos. Por isso, inventaram um esquema para parecer que seria justo ir buscar o dinheiro aos professores. E não foi difícil porque jogaram com a incivilidade e ignorância das pessoas, que bem conhecem por dentro...

Primeiro disseram  que os professores são inúteis (logo não merecem o que ganham), depois que precisavam de ser postos na ordem (têm trabalho a menos, logo não merecem dinheiro que ganham), depois que estavam a seguir pedagogias científicas internacionais (que aconselhavam a que os professores se lixem uns aos outros), depois que os professores, para merecerem o dinheiro que ganham teriam de ser capazes de resolver os problemas de violência da sociedade, depois que os melhores eram os que estavam de acordo com esta maneira de ver as coisas (os outros seriam retrógados e não mereceriam o dinheiro que ganham), depois que o trabalho do professor qualquer um o faz (de modo que não é trabalho que mereça ser bem pago), etc.

Quando o esquema acabou, já tinham afugentado milhares e destruído as boas práticas dos outros pela hostilização, desmotivação, ofensa.

O que isto custará ao país - ter gente desta categoria à frente do país, e a destruição da escola pública - já está à vista.

Era escusado. Mais valia que tivessem dito claramente: desculpem mas como não sabemos resolver os embróglios que criámos precisamos de dinheiro e é a vocês que o vamos buscar. Mais depressa aceitávamos isso. Agora chamar nomes aos outros, atacá-los e roubá-los para não ter que lidar com a própria incompetência...não se faz.

 

 

publicado às 14:11


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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