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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Fui ver este filme. Saí do cinema irritada. O filme não é bom e não faz justiça à banda nem ao génio criativo que foi Freddy Mercury. Está cheio de clichés. Logo na primeira cena em que percebemos que ele está a entrar em palco para o concerto 'Live Aid' de 85 vislumbramos toda a estrutura do filme: voltar atrás e refazer a ascenção da banda até áquela apoteose - as drogas, os excessos e os manipuladores. Os outros da banda eram pessoas complexas, academicamente educadas (Brian May é um astrofísico...), muito criativas e aparecem aqui como básicas, tipo o vizinho do lado só que a saber tocar. O Freddy Mercury aparece como um cliché ambulante. Como é possível, um tipo que rebentava de criatividade, de força e talento por todos os poros...
E a maneira como mostram as suas auto-indulgências é escusadamente cruel... aquela cena em que se zangam porque o Freddy Mercury os ofende mesquinhamente para ir cantar a solo por dinheiro...? Calculo que seja verdade porque o Brian May e o Roger Taylor foram produtores e conselheiros de modo que a cena tem o seu aval, mas mesmo sendo verdade acho que a maneira como é posta não acrescenta nada de complexidade ao personagem, só pequenez. Bem... e é contada pela perspectiva deles que o Fredy Mercury já cá não está para defender-se. E a que propósito põem o actor a representar a participação deles no 'Live Aid' de 85? Porque não acabaram com a performance da banda mesma?
Este não é um filme com qualidade artística e a banda e o Freddy Mercury, sobretudo, mereciam melhor. Para quem é fã da banda o melhor mesmo é não ver o filme. Mais vale matar saudades da banda a ouvir as músicas.
But is still much alive :)
Wild!
O baixo e o baterista são aqui absolutamente fenomenais!!
...every time
O que é bom não passa de moda.
Para ouvir bem alto!
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