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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Putin acaba de assinar um decreto que retira a Rússia do protocolo da Convenção de Genebra que permite investigar os crimes de guerra cometidos contra civis.
Russia's Putin revokes Geneva convention protocol on war crimes victims
Russia has been accused by critics of causing multiple civilian deaths since its involvement in the Syrian conflict. It was also blamed for killings of civilians during its short war with Georgia in 2008. Moscow denies the allegations.
It is still a signatory to the Geneva Conventions, which is made up of four of treaties and three additional protocols.
(Reporting by Vladimir Soldatkin; Editing by Alison Williams)
Dinheiro congelado e muitas sanções de vários países de muito peso à Rússia.
Putin offered to allow American investigators to interview the 12 Russian intelligence agents just indicted by Special Counsel Robert Mueller in exchange for allowing Russians to have access to me and those close to me. This is no idle threat. For the last ten years, I’ve been trying to avoid getting killed by Putin’s regime, and there already exists a trail of dead bodies connected to its desire to see me dead. Amazingly, Trump stood next to him, appearing to nod approvingly. He even later said that he considered it “an incredible offer.”
Não. A Europa é que se comprometeu a si mesma ao esperar qualquer coisa de Trump em nome de uma aliança que ele não reconhece. Trump comporta-se como sempre se comportou. O problema desta cimeira não é o que Trump se comprometeu a fazer com Putin. Trump não é leal a ninguém -está ali com ar todo contente a dizer mal do seu próprio país, das pessoas do seu país, do FBI, como se ele e Putin fossem 'pals'-, a palavra dele não vale nada e o que hoje disse amanhã pode perfeitamente desdizer. O problema são as informações que ele passou a Putin sobre as reuniões da NATO ou com os líderes europeus. Putin percebe isto tão bem que apressou-se a dizer que Trump considera ilegal a ocupação da Crimeia para descansar as pessoas sobre o que ele terá dito, o que significa que terá dito mesmo qualquer coisa.
A Europa tem andado a fazer reuniões e cimeiras sem rumo. O Presidente da Comissão Europeia é um desastre, um tipo que não devia nunca ter sido mais que um organizador de sardinhadas e quem quis liderar, de facto, a UE, não lidera a não ser nas questões económicas onde se impõe mais que lidera. Se a Europa soubesse o que quer, delineava uma estratégia e não andava à nora à espera das conferências de Trump para reagir. Agia de seu próprio modo para os seus próprios objectivos.
Uma pessoa fica a pensar, 'mas não há ninguém naquele monstro burocrático da Praça Schumann que não esteja petrificado? Não existem meia dúzia de pessoas capazes de delinear estratégias, de propôr objectivos que não nos dividam, antes unam?'
Parece-me que será preciso um movimento transnacional com sangue novo para lhe abrir uma possibilidade de futuro, com ideias que quebrem este muro de incompetência e interesses dos grupos tomados pelo poder e lobbies de Bruxelas, um movimento que contrarie o sucesso dos partidos de direita extremista, transnacionais, que estão a minar a UE.
E não falo desse partido que anda aí a dizer que é do centro, o que é igual a dizer nada e que quer mudar tudo mas que não apresenta uma única ideia, proposta, estratégia, que não tem princípios orientadores para avaliarmos, embora ele seja um sintoma de que esta necessidade de mudança é tão forte em baixo que está a rebentar por todos os lados.
Falo que um partido ou movimento com propostas e estratégias muito claras de mudança: que diga para onde, porquê e como. Não é possível aderir ao projecto europeu se ele não existe enquanto tal. Ninguém neste momento sabe o que é o projecto europeu. Nunca foi de prosperidade comum, isso foi um embuste que já todos percebemos mas foi um projecto de manutenção de paz com sucesso e de cooperação dentro de valores europeus. Neste momento já não é isto, a não ser talvez a questão da paz e precisa de ser reorientado, adaptado aos tempos que correm e ao futuro que queremos.
Se continuamos a depender destes mesmos líderes que andam às aranhas a choramingar pelos cantos com medo de tudo e sem coragem para nada este projecto implode.
Um livro que parece ser (pela crítica e entrevista ao autor) muito interessante acerca da Rússia de Putin.
Now, in 2018, in terms of coffee, it’s amazing. There’s coffee everywhere. It’s lovely. But then you turn on the TV and it’s pure propaganda. Quality of life and political repression have moved in a chiasmatic pattern — the higher the quality of life, the lower the level of political freedoms. Which is of course exactly the opposite of what was predicted by modernization theory or the neoliberal consensus or whatever. So actually I’m not Tom Friedman. Because it turns out you can have cappuccinos and political repression.
Putin lembra-me os alunos que ao discutir temas com os colegas, por vezes, quando estão muito bem preparados, surpreendem e intimidam a equipa adversária que se acanha. Nessas ocasiões, acontece que se entusiasmam tanto consigo mesmos por verem que não têm oposição à altura que começam a inventar falsidades e estragam tudo o que tinham planeado e feito bem.
Putin, desde a anexação da Crimeia, planeada com esmero, grande sucesso e sem oposição internacional à altura, tem vindo num crescendo de entusiasmo consigo próprio: há dois anos os seus militares sobrevoaram países da NATO sem aviso, mandaram um avião comercial abaixo, ele vai para as cimeiras como se fosse o rei do mundo, manipula os países com o fornecimento de energia, manipula eleições, dentro da Rússia manda prender a oposição, tira-lhes os bens, interfere na vida privada das pessoas... ele até pensa que manda no reino animal. Está tão entusiasmado consigo mesmo e o seu sucesso que começou a dar passos maiores que a perna e exportou os métodos internos para fora do país como se já tivesse anulado a capacidade de reacção dos outros países.
Saiu-lhe o tiro pela culatra porque a Inglaterra não é um país subserviente e de diminuta influência como Portugal e está numa situação de precisar de afirmação. E afirmou-se, arregimentou aliados para a sua causa e com isso marcou pontos. Ainda bem, porque Putin está destravado e o Presidente do país com mais poderio militar no mundo é irresponsável e parece um puppet nas suas mãos.
este vídeo manipulado, como se vê no fim, anda por aí a correr as redes sociais. Putin esperava mesmo que o pombo o saudasse... ... estas coisas dizem muito de uma pessoa...
by Arkady Babchenko.
In February 2013 Valery Gerasimov, Chief of the General Staff of the Armed Forces of Russia, published an article in a military journal “Military Industrial Courier” called “Value of science in forecasting”. In this piece he discusses so called “chaos theory” which in the nutshell concludes that military actions are only a final part of the new hybrid war. However, its core part is shattering stability, creation of chaos in the state and society of your potential enemy.
So, it is imperative to understand that erosion through corruption along with cyber attacks and attempts to impact politics through fake social media accounts are part of Gerasimov’s doctrine, that very mechanisms of chaos in action. That very hybrid war.
And this war is already here.
Muito interessante, este vídeo; apanha várias entrevistas e conversas de Putin, desde 1991, com russos de vários quadrantes políticos, acerca dos malefícios do marxismo-leninismo, da traição dos bolcheviques e do culto religioso a Lenine.
Os que planearam a revolução de Outubro puseram uma bomba-relógio debaixo do edifício que levou ao colapso trágico do Estado soviético, diz ele.
Na realidade, a grande tragédia, como ontem dizia um amigo é terem sido os soviéticos, os marxistas-leninistas que se diziam defensores dos trabalhadores a impedirem, com o horror de Estado facínora que construíram e o descrédito que se lhe seguiu depois do colapso e de toda a verdade se saber, que haja forças políticas que contrabalancem este capitalismo sem regras que domina o planeta. Foram eles e não os capitalistas quem deu mau nome ao marxismo e a tudo o que ele defendia. Eles foram e, por isso, são, a verdadeira catástrofe dos trabalhadores.
É preciso activar as legendas em inglês, para quem não percebe o russo.
Putin olha de cima para baixo porque os americanos se puseram de cócoras.
Em vésperas de eleição, Putin, de férias, foi mostrar a musculatura em Abkhazie, território da Geórgia que confiscou em 2008...
... olhe-se só o respeitinho com que lhe aperta a mão, sem violência e a mostrar que vai portar-se bem. Master Putin and his aprentice, Trump :))
Foram feitas entre Dezembro de 2015, no rescaldo da crise da Ucrânia e Fevereiro de 2017, já com Trump eleito. É uma entrevista obrigatória para quem se interessa pelo que se passa no mundo. É uma oportunidade de perceber o indivíduo e a sua política, coisa que Oliver Stone, com paciência e pézinhos de lã, consegue fazer entrever, umas vezes pelo incómodo de Putin, outras pelas não respostas. Nos dois primeiros episódios, que passaram nos EUA ontem e antes de ontem vemos o Oliver Stone a criar um ambiente de confiança e a crescer na seriedade da entrevista, de modo que, espero, no episódio de hoje e no de amanhã, as coisas sejam ainda melhores.
O que vemos, entre outras coisas, é que Putin é um tipo muito inteligente e culto, com um pensamento sistematizado acerca de questões da História das nações, da diplomacia, das relações internacionais, da psicologia das nações, da economia e finanças dos países e, como ex-KGB que é, dos bastidores dos centros de decisão. Depois, é vaidoso, tem imenso orgulho na sua inteligência e argúcia, na sua ascensão ao poder e nas suas capacidades de liderança. Bem, isso tinha que ter ou não estaria onde está.
Enfim, as entrevistas têm tanto conteúdo que há muita coisa para ver e ler nelas. Muito interessantes.
Hoje passa o 3º episódio e amanhã o 4º e último, o que significa que depois de amanhã já estão todos no youtube.
Há muito tempo que entrámos na era germânica: as ideias políticas dos séculos XIX e XX saíram da forja dos filósofos alemães; a economia dominante é anglo-saxónica mas as ideias que forjaram as convulsões dos séculos XIX e XX na Europa e em grande parte do mundo, para o melhor e para o pior, são as dos alemães: do Kant, do Hegel, do Marx, do Engles, do Nietzsche e Heidegger.
Ainda o império britânico parecia brilhar incontestado e já se desmoronava enquanto crescia a influência da Filosofia alemã que está por detrás de todos os movimentos políticos e alguns económicos que começaram a forjar-se no século XIX e ainda nos regem.
Esta ascenção alemã teve um interregno abrupto por causa da Segunda Grande Guerra. Durante muito tempo a Alemanha esteve sob ocupação e, mais tarde, sob protetorado americano, contra a outra Alemanha [comunista/soviética] de Leste. Os EUA, por força da entrada decisiva e vitoriosa na Segunda Guerra e por força do plano Marshall, tornaram-se uma espécie de potência meio protetora, meio paternalista, da Alemanha, que aceitou esta protecção, até porque durante muito tempo não soube como gerir/contextualizar a sua História recente e evitava qualquer iniciativa relacionada com exércitos e tudo o que pudesse dar ideia de agressividade.
Esta situação convinha aos EUA porque, mantendo-se como a potência que mais contribuia financeiramente para a NATO (e para a ONU), acabava por deter, por conta disso, um poder decisório e decisivo, muito grande, na Europa e no mundo.
No que respeita à NATO, os países do seu protetorado, nomeadamente a Alemanha mas, também outros que beneficiaram do plano Marshall e ainda pagavam em lealdade essa beneficência, seguiam a liderança dos EUA em praticamente tudo e, mesmo quando não concordavam com as ofensivas americanas, mantinham-se passivos, sem fazer oposição.
Pois o Trump, que só pensa em dinheiro como comerciante que é, acabou de destruir essa posição de força que tanto custou aos EUA construir, pois se todos agora passam a pagar o mesmo, mais ou menos, não há razão para que a Alemanha, já não dividida e hesitante quanto ao seu lugar no mundo, mantenha a posição de submissão que tinha relativamente aos EUA e, pela mesma ordem de ideias, não há razão para o domínio americano se manter.
Estamos em plena era alemã e a situação internacional mudou.
Neste momento o interregno da ascenção da influência da Alemanha na Europa acabou e a Alemanha deu-se conta que está em plena posição de igualdade de força moral com os EUA. (Merkel says EU cannot completely rely on US and Britain any more). Se a Europa já não pode contar com os EUA, os EUA também já não podem contar com a Europa...
Foi um grande passo em falso dos EUA e arriscam-se (se a Alemanha levar as suas próprias palavras a sério ["O Ocidente é uma ideia de valores universais (...) uma ordem internacional em que acreditamos que essa ordem internacional é mais do que a soma dos interesses nacionais", frisou, evocando "o fracasso dos Estados Unidos como uma grande nação". (Sigmar Gabriel, chefe da diplomacia alemã)] e não as disser apenas para efeitos de campanha eleitoral onde a Merkele aparece agora, todos os dias, a beber cerveja e a dizer as mentiras que os políticos dizem nessas alturas) a ficar permanentemente arredados do lugar de nº 1 mundial no que respeita a ditar políticas internacionais, pela simples razão que, se a Alemanha quiser e a Europa quiser o que a Alemanha quiser, a Europa passa a ter a sua própria força militar.
Ora, se a Alemanha fizer as coisas como deve ser, quer dizer, se trabalhar para uma Europa unida, em vez de criar dissenções como tem feito até agora, não há razão para que a Europa não queira o que a Alemanha quer e, nesse caso, a Europa torna-se uma grande força no mundo, mesmo sem a Inglaterra, com o seu próprio exército e iniciativa militar sem necessidade da ajuda americana.
No mesmo dia em que Trump andava aqui a bater com o punho na mesa à Merkele, esta esteve com o Obama em Berlim numa conversa sobre fé e democracia. Que o Obama tenha ido a Berlim falar de democracia no mesmo dia em que Trump, o seu Presidente, estava a uns metros a falar do futuro da NATO e da participação dos EUA no acordo de Paris, não pode ter sido inocente... nem do lado dele, Obama, nem do lado dela, Merkele...
Os próximos anos vão ser de reconstrução de exércitos europeus. Essa cartada já os EUA a perderam porque Trump é um ignorante, politicamente falando e, é aconselhado por Kushners e companhias que são best pals dos russos. Os EUA estão com problemas internos, graves. O Putin está a capitalizar... e os ingleses devem estar confusos.
Uma Europa militarizada acaba por ser uma inevitabilidade, indesejada, digo eu, que não acho bom prenúncio evoluirmos para Estados cada vez mais militarizados, nem vejo como isso se coaduna com a visão de sermos uma ideia de valores universais.
Mas não há dúvida que vivemos tempos interessantes.
O Estaline foi um querido líder que cometeu uns erros mas era uma boa alma que nunca lançaria uma bomba em cima dos alemães como os americanos fizeram aos japoneses. E os russos são colectivistas e na Rússia nunca houve limpezas étnicas. Esta entrevista é muito interessante, mostra como ele se vê a si mesmo.
Isto é um trabalho de investigação como deve ser. Se o jornalismo fosse todo assim...
... quando pensava que o Trump era controlável.
Putin acaba de tirar o tapete dos pés de Obama. Não vai expulsar diplomatas americanos o que é o mesmo que dizer que já não reconhece poder sério a Obama. Vingou-se do Obama que agora aparece como o radical comparado consigo próprio e fez um cheque ao rei a Trump. É claro que isto só acontece porque Trump tem andado a fazer anti-jogo ao, ainda Presidente, Obama, com críticas e conversas paralelas às acções da Casa Branca. E também é claro que isto de encostar o Trump à parede e forçá-lo a escolher, podia sair-lhe muito, muito caro, se o Trump não cedesse sempre ao que alimenta a sua enorme vaidade e se os seus seguidores não fossem um bando de idiotas comerciantes do dinheiro e do petróleo.
Os EUA deram mais um passo nas sanções à Rússia mas, a pouco tempo de passar a pasta para o pragmático comerciante que não tem paciência nem capacidade de compreender diplomacia e cenários de grande alcance, a medida vem demasiado tarde. Parece-me evidente que a próxima administração americana, a não ser que o Putin faça o Trump sentir que perde face, o que não acredito, vai deixar cair o assunto da Crimeia e das sanções como se fosse inexistente. Até já avançam com o nome de Kissinger, esse bandido sem escrúpulos, agora amigo da Rússia, para ajudar a passar uma esponja sobre todo o assunto [Kissinger could help Trump reconcile with Kremlin].
Entretanto, Putin já está a preparar a interferência nas eleições alemãs e francesas que se aproximam [German Populists Forge Ties with Russia] Aqueles canais de desinformação como o RT e o Sputnik já existem em todas as línguas que lhe interessa para ajudar os populistas europeus a minar a UE e a NATO.
A Rússia tentou ser amiga dos EUA no tempo de Yeltsin mas foi humilhada em vez de ajudada (o Ocidente não o percebeu e não teve visão) e isso é que permitiu a subida de Putin ao poder; Putin tentou ser um amigo da UE, ser um parceiro respeitado, mas foi desconsiderado e por isso invadiu a Crimeia e foi humilhado pela Merkele que o destratou publicamente dizendo que ele não funciona bem da cabeça [darius-rochebin-interviewe-vladimir-poutine], o que foi um passo em falso muito grande.
A terceira lei de Newton, segundo a qual não existe acção sem reacção, aplica-se também à força, ao poder, entre pessoas. O que Putin quis ser e o que ele é também resulta das acções que o Ocidente cometeu, imprudentemente, e às quais ele reagiu segundo o seu quadro mental que é o de um ex-KGB que viveu na Alemanha de Leste, conhece todos os truques do ofício, não defende o comunismo mas defende a grandeza da Rússia, não aceita perder face diante de ninguém e não tem escrúpulos em destruir o que se lhe atravessa no caminho.
Putin, há pouco tempo, substituiu os seus ministros e conselheiros, que eram os seus amigos de longa data, muitos dos seus tempos de KGB, por pessoas novas, que nada sabem do seu passado quando não era ainda grande e que têm dele uma visão engrandecida. Ele quer projectar uma certa imagem e consolidar um certo tipo de poder mas estava a perder apoio do povo devido às grandes dificuldades sentidas por causa das sanções ao petróleo e ao gás e às exportações para a UE. Mas ele sabe como jogar este jogo de ilusões, espionagens, mentiras e desinformações.
Os países da UE e, em particular, a Alemanha e a França, não só porque vão ter eleições para as quais Putin já se está a preparar há tempo, mas porque construiram a UE de tal modo que tudo depende deles, sobretudo da Alemanha, deviam estar preocupados com a preservação e o fortalecimento da UE porque se se desintegra, estão todos mais ou menos condenados à irrelevância.
A questão é, como resolver problemas com as mesmas pessoas cujo quadro mental esteve, e está, na origem desses mesmos problemas?
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