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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
... para não ficarem a olhar para elas como se fossem mercadorias numa montra de loja. Só que... é isso mesmo que são. Uma mercadoria à venda numa montra de uma loja. Os holandeses são uns hipócritas de todo o tamanho.
Há pouco tempo uns dinamarqueses fizeram uma experiência com homens, que filmaram (aqui tem um pedacinho da experiência) onde estes têm que analisar e dizer se o que estão a ler é um guião pornográfico ou uma história pessoal tirada da #MeToo story. Dão a todos um guião de uma cena pornográfica. Os homens quase todos dizem que é assédio e violência sexual. Pois, é que a pornografia, como a prostituição, é violência, geralmente sobre as mulheres. 88.2% das cenas pornográficas contêm alguma forma de agressão contra mulheres.
Os rapazes e, as raparigas também, crescem, hoje em dia, com o fácil acesso à pornografia, habituados a olharem a agressão e a violência contra as mulheres como se fosse normal, como se fosse prazer sexual. Porquê? Porque está normalizada.
A prostituição, ao contrário do que se diz, não tem a ver com a liberdade do corpo. As mulheres que andam na prostituição, praticamente todas, são pessoas com poucas ou nenhumas opções de vida. Os números são muitos, muito e muito claros. As que se lançam na prostituição aos 12 e 14 anos são vítimas de abusos sexuais e as mais velhas também vêm de ambientes degradados, são manipuladas, vêm de ambientes de droga e de violência, são vendidas, abusadas como mercadorias que se usam e se deitam fora.
São oriundas da pobreza, são filhas de marginais, vítimas de abandono, não são filhas de pessoas de classe alta ou de classe média. Não são banqueiras, advogadas, médicas, economistas, professoras, etc. Nos EUA o nojo é tal que há meia dúzia de anos incentivavam-se as raparigas a prostituir-se para pagarem os empréstimos dos cursos superiores. São pessoas sem opções de vida.
De modo que os holandeses, gabarem-se de terem o Estado a fazer de chulo e a gerir bordéis degradantes onde exploraram a violência contra as mulheres e depois obrigarem os turistas, pudicamente, a virarem as costas para não as ofenderem é de uma hipocrisia enojante.
Quando morei em Bruxelas apanhava na TV todos os programas de todos os países ali à volta. Havia um canal holandês, não pornográfico, que a partir das onze da noite passava pornografia e programas a incentivar a prostituição. Uma vez por semana ou assim passava pornografia de bestialidade, com mulheres em actos sexuais com cães, ratos, e outros animais. Às vezes tentava ver aquilo para ver se percebia a lógica daquilo mas não era capaz porque aquilo é de uma violência tão grande e tão degradante que ficava irritada, revoltada e com vontade de bater em alguém pela extrema degradação e violência a que sujeitam as raparigas.
De modo que esta cena dos holandeses mandarem os turistas voltarem costas é de uma hipocrisia nojenta.
Há um consenso entre os 21 membros do Grupo Interdisciplinar de Investigadores sobre Trabalho Sexual: todas as formas de exploração do trabalho sexual devem ser descriminalizadas e os direitos laborais dos trabalhadores devem ser garantidos.
Há 21 pessoas que querem legalizar a exploração da prostituição. Para quê? Quem ser chulos e ganhar dinheiro com bordéis? Toda a gente sabe que a prostituição não é uma profissão, nem é sexo, é volência e objectificação das pessoas, na maioria mulheres e crianças. Uma coisa é descriminalizar as prostitutas, outra os clientes e, falar em legitimar a exploração da prostituição. Só a expressão, 'exploração da prostituição', já diz tudo o que há de errado com essa forma de pensar, que é usar as mulheres como quem usa uma slot machine. Ligada à prostituição estão, como toda a gente sabe, o negócio dos chulos, da escravatura e tráfico de mulheres (sobretudo), o negócio das drogas, etc. Outros países da Europa que experimentaram isso voltaram atrás em força nisso de tratar o corpo das mulheres como um objecto de exploração por lucro. Como há pouca violência sobre as mulheres, agora querem legalizá-la...
A moção do PS, impulsionada pelo deputado João Torres, defende que a prostituição esteja sujeita aos mesmos direitos e deveres que outras profissões. Na votação, que foi renhida, o primeiro-ministro António Costa foi contra, segundo relatou o Diário de Notícias.
É violência. Se fosse uma profissão, qualquer mulher ou homem desempregada/o que fosse ao centro de desemprego procurar trabalho podia ser mandado para uma casa de prostituição ou para um patrão/chulo empregador da mesma maneira que é enviado para uma escola, um restaurante ou uma empresa.
Compreendemos que muitas mulheres, alguns homens e infelizmente crianças se dediquem à prostituição por várias razões ou situações dramáticas de vida e não me parece que essas pessoas devam ser criminalizadas mas os que delas\es se servem devem sê-lo porque a prostituição perpetua a objectificação das pessoas, a violência e a ideia de que as mulheres, porque a prostituição é sobretudo feminina, existem e têm valor apenas como objectos de prazer e dominação.
O facto da prostituição existir não significa que deva ser regulamentada e, por consequência, incentivada. Também existe a pornografia, que não é sexo, é violência e, o facto de podermos consumi-la não a torna algo positivo que deva ser banalizado como se fosse uma profissão igual às outras. Lá está, se fosse, qualquer mulher ou homem desempregada/o que fosse ao centro de desemprego procurar trabalho podia ser mandado trabalhar para a indústria pornográfica da mesma maneira que é enviado para uma escola, um restaurante ou uma empresa.
A prostituição anda de mão dada com o crime, a droga, o tráfico de pessoas, a escravatura sexual, etc. Esse é o padrão. É um padrão de violência e de degradação. Não é uma profissão.
Infiéis do Ashley Madison revelados
O site pediu a cada um dos milhares de membros 20 dólares para garantir que as suas informações seriam apagadas e impossíveis de detectar, no que estava a enganar as pessoas para ganhar dinheiro e foi essa a causa da ameaça e posterior ataque do site - para provar que era uma rematada mentira. Isso e o site gerir um negócio de prostituição. Onde há prostituição organizada há violência contra as mulheres, há tráfico, etc. Não tenho pena nenhuma destes tipos.
In a long manifesto posted alongside the stolen ALM data, The Impact Team said it decided to publish the information in response to alleged lies ALM told its customers about a service that allows members to completely erase their profile information for a $19 fee.
A host of Hollywood stars, including Oscar-winning actors Meryl Streep, Kate Winslet and Emma Thompson, have lent their support to a campaign demanding that Amnesty International reject a proposal to endorse the decriminalisation of the sex trade.
If the policy is adopted, Amnesty would “in effect advocate the legalisation of pimping, brothel owning and sex buying – the pillars of a $99bn global sex industry“, CATW said.
The letter, addressed to Amnesty’s secretary general, Salil Shetty; executive director Steven Hawkins, and the board of directors, says: “Every day, we combat male access to women’s bodies through power and control, from female genital mutilation to forced marriage; from domestic violence to violation of reproductive rights. The exchange of money for such access does not eliminate the violence women face in the sex trade …
“Amnesty’s reputation in upholding human rights for every individual would be severely and irreparably tarnished if it adopts a policy that sides with buyers of sex, pimps and other exploiters rather than with the exploited.”
É nisto que dá o mundo ser governado por homens. Como se o planeta fosse constituído por 99% de homens e apenas 1% de mulheres. As mulheres não estão representadas e como consequência, os problemas que as afectam são desprezados. O negócio do sexo, é uma indústria na mão de homens sem escrúpulos mas suportada por homens vulgares, entre os quais os tais que estão nos cargos de poder ocupados quase exclusivamente por homens, que vêem as mulheres como bens que usam e consomem usando o domínio e a violência como se fossem a ordem natural das coisas. A prostituição não é uma questão de liberdade como os homens querem fazer querer. O negócio da prostituição é um negócio de violência e abuso dos direitos humanos, sobretudo, das mulheres e descriminalizá-lo é igual a dizer: aprovamos que se usem as mulheres como mercadorias para negociar.
Por curiosidade, gostava de saber quantos homens foram ver o filme, Magic Mike XXL e, o que acharam do filme. Se o acharam muito divertido ou muito degradante.
Assine a petição contra a discriminalização do negócio da prostituição.
Para contrariar os que defendem a prostituição e a sua regulação como um 'emprego qualquer', que não é, obviamente. Se o fosse, qualquer pessoa poderia ser chamada pelo centro de desemprego para ocupar um posto de prostituta...
Na verdade, a prostituição, feiras de sexo, etc., são formas de violência masculina (esmagadora maioria) sobre as mulheres e as crianças e fazem aumentar o tráfico, o crime e toda a indústria que vive da exploração das mulheres e contribui para o aumento do crime contra as mulheres.
A solução sueca -que resultou- é simples: penalizar o comprador, protejer a vítima, educar as forças de segurança e a população em geral.
O resto, as conversas sobre a normalidade da prostituição, a liberdade, etc., são enganos de cumplicidade com os criminosos que perpetuam a violência sobre as mulheres. Na prostituição o que há é uma relação de poder e superioridade do comprador relativamente ao objecto comprado. Os jovens são iniciados nesse machismo da ida às prostitutas (pelos pais, homens) como uma espécie de rito iniciático de masculinidade perpetuador da visão das mulheres como meros objectos de prazer masculino.
A indústria do cinema não pornográfico começou a contratar prostitutas para entrar em filmes (pois a maior parte dos papéis femininos no cinema é de objecto sexual) onde antes contratava actrizes, porque lhes paga menos e, de qualquer modo elas fazem melhor o papel de prostitutas. Aquela série absolutamente machista chamada True Detective, que tanto sucesso teve no passado, substituiu actrizes por prostitutas...
Fui dar a esta lista. a partir dum blogue. Fiquei a saber que pagámos, dos nossos impostos, milhões e milhões a umas firmas de advogados, uma das quais, a Sérvulo & Associados - Sociedade de Advogados, foi quem preparou a legislação sobre ajustes directos dos quais tem vindo a beneficiar. O Estado, ou seja, nós, pagámos a consultores, por 498 contratos, 30 milhões. Mais de um milhão e meio foi para aquela firma a quem o Tribunal de Contas recusou agora um visto, apesar do Ministério do Ambiente já lhes ter dado luz verde. Estes ajustes directos faziam parte do Simplex do Sócrates, para desburocratizar e aumentar a transparência...
Mas como seria possível não estarmos na falência? São 30 milhões aqui, 20 milhões acolá, 50 biliões mais ali...e entretanto, nós que financiamos estas vergonhas vemos os salários reduzidos e os desempregados passarão a pagar taxas nos hospitais...
Dantes chamavam-se chulos aos que tinham umas raparigas de má vida a render. Agora chamam-se firmas e em vez de raparigas têm homens de poder a render...
jean sarkosy
O presidente Sarkozy queixou-se, hoje, que o filho de 23 anos, nomeado para ficar à frente da agência que administra La Defense (a City de Paris), que gere biliões de euros, estava a ser maltratado e culpou a oposição.
Num discurso público disse que graças a Napoleão já não havia privilégios de nascimento em França, e que o contava, sempre, era o trabalho e o mérito. Tendo o prince Jean, como já lhe chamam os franceses, 23 anos, e estando a repetir o segundo ano de Direito por ter chumbado, parece que os dignatários que o ouviam fizeram grande esforço para se manterem sérios.
Entretanto, o 'petit Sarkosy' já veio queixar-se de ser uma vítima - que por ter o nome que tem não o levam a sério e não olham para o seu mérito....isto é demasiado assustador.
A mulher de Sarkozy veio defender o 'petit Miterrand' que se vangloriou de ter ido para a Ásia desfrutar da prostituição infantil...
Na europa, uma série de governos começam a parecer a américa latina ou as ex-repúblicas no tempo da influência soviética. O poder é exercido apenas para benefício de si próprio, da sua família e da sua corte.
Também cá um agora ex-presidente pôs o filhote em cargo de administração duma empresa pública importante.
Também por cá pessoas acusadas de coisas infâmes relacionadas com abusos de menores têm a protecção de ministros, primeiros ministros, ex-presidentes.
Mas o povo parece que gosta: cá, como em França ou na Itália, esta gente não perde popularidade e votam neles vezes sem conta, sem hesitar.
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