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UNESCO aprova Dia Mundial da Língua Portuguesa 😎.
Não sejamos "espetadores e arquitetos" da destruição da nossa língua 😷
 

publicado às 20:04


Abril é o mês da poesia

por beatriz j a, em 06.04.17

 

 

Vou ali à estante da poesia buscar uns versos. 

Cesário Verde:

IMG_0677 2.jpg

[não há nestes versos qualquer coisa pessoana?]

 

 

publicado às 19:36


Alguém fala pelo rapaz que está em coma?

por beatriz j a, em 22.08.16

 

 

Ouvi, na SIC, um pedaço da entrevista dos rapazes iraquianos que, pelos vistos, vai passar amanhã na íntegra. Fiquei confusa. Pareceu-me ouvir dizer que começaram a discutir com o Rúben e que não querem dizer que são vítimas do Rúben mas ele também não é vítima nenhuma e que estas coisas acontecem muito em Portugal e que ninguém é vítima porque são as circunstâncias. Não percebi bem que coisas são essas que acontecem muito em Portugal... dois rapazes deixarem outro irreconhecível e a lutar pela vida em coma? São coisas que fazem parte da rotina do país? É que os moços, apesar de dizerem que levaram ou foram vítimas ou algo assim aparecem num estado muito perfeitinho enquanto que o outro está a lutar pela vida. A minha pergunta é: alguém vai falar pelo rapaz que não está em estado de falar por si mesmo?

 

 

publicado às 23:03

 

 

 

 

 

publicado às 17:23

 

 

 

FORUM EM LETRAS – 14 de Abril de 2015

 

Maria do Carmo VieiraVivemos sob o signo da idiotice, etimologicamente da «ignorância». Uma ignorância cultivada sobremaneira entre pessoas adeptas do imediato, ocupando visíveis cargos de poder, e que orgulhosamente se extasiam perante o seu vazio cultural e a sua insensibilidade face à justiça social, considerando seus inimigos todos os que ousam pensar por si próprios porque põem em causa, quantas vezes, os seus interesses. Nós, os professores, somos testemunhas dessa gritante falta de sensibilidade e de cultura, porque é disso que se trata, ostensivamente hasteadas com a reforma de 2003 no ensino, nomeadamente no ensino da Língua Portuguesa. Com efeito, em nome da facilidade, de uma apregoada alegria na sala de aula, do funcional e do utilitário, estes últimos com forte apego às exigências de mercado, a Literatura foi menosprezada, com destaque substancial para a poesia; também em nome da uniformização da nomenclatura gramatical, que havia sido posta em causa pelo Generativismo, impôs-se, em 2004, a massacrante TLEBS que, estéril, aspirou, no entanto a substituir a Gramática, mantendo-se do 1º ciclo ao secundário, com o disparate das suas designações e a confusão das suas descrições; no mesmo esquema de arrogância e de ouvidos surdos ao coro de críticas e à forte polémica suscitada, decretou-se em 2008 o dito Acordo Ortográfico de 90, paciente e hipocritamente engendrado nos bastidores, cuja barbaridade de argumentos veio sublinhar, de novo, a ignorância e a falta de cultura reinantes, o que é inegável pela leitura da Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990).

Porque somos professores e não perdemos ainda, apesar de tantas imposições, de tantas ameaças e de tanta estupidez, o sentido de ensinar, o que significa que não abdicamos da responsabilidade de responder criticamente a tudo o que ponha em causa a qualidade do ensino da língua portuguesa aos nossos alunos, apenas nos resta desobedecer colectivamente. Sabemos, com efeito, que só dominando bem a língua materna, os nossos alunos poderão pensar e exercer o seu espírito crítico; não o permitindo, somos responsáveis pelas nefastas consequências daí advenientes. Em suma, dizemos aos mentores deste Absurdo Acordo Ortográfico e aos políticos que na sua ignorância o implementaram, contrariando a vontade da esmagadora maioria dos portugueses, que, em nome da dignidade que nos assiste e que por isso mesmo não tem preço, não queremos «que nos libertem do pesado encargo de pensar».

Maria do Carmo Vieira

 

(via http://ilcao.cedilha.net)

publicado às 16:28

 

 

 

Para os professores de Português, novo programa vai potenciar chumbos

 

... o programa agora proposto "é absolutamente prescritivo, não deixando qualquer espaço de liberdade aos professores e chegando ao ponto de eliminar a maior parte das obras literárias, de indicar apenas textos e excertos de outros, e de apontar como obrigatórias metas muito específicas, que são claramente feitas para corresponderem à avaliação externa”.

Aponta, como “um exemplo muito claro disso, o objectivo obrigatório de que no fim do 2.º ano uma criança consiga ler um texto com articulação e entoação razoavelmente correctas e uma velocidade de leitura de, no mínimo, 90 palavras por minuto”.

 

Os alunos medidos enquanto correm as palavras, tratados como cavalos a correr à volta da pista, o professor de cronómetro na mão, não já um educador mas um treinador de animais passivos e receptivos ao tratamento industrial. A educação como coreografia exterior, acessória, mecânica...  não é o primeiro ministro que gaba nos portugueses a previsibilidade, a capacidade de serem usados e abusados e continuarem a votar nos mesmos representantes políticos... ora, como se formam essas bestas de carga? Na escola, pois está claro... de cronómetro na mão [e talvez chicote aos professores?]

 

 

publicado às 10:25

 

 

 

Gajas Os nossos magistrados parece que vieram do Afeganistão.

Um programa da RTP elegeu em tempos Manuel Luís Goucha como ‘apresentadora do ano’. Goucha não gostou e processou. Fez mal. Uma piada é uma piada. Questões de bom gosto não devem entupir os tribunais. Pena que os tribunais falhem sempre no bom gosto. Chamado a apreciar os factos, o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa não pronunciou os arguidos (fez bem) e depois acrescentou que as ‘atitudes’, as ‘formas de expressar’ e as ‘roupas coloridas’ de Goucha são mais apropriadas ao ‘universo feminino’.

O problema aqui é o termo 'apropriadas' que faz um juízo de valor sobre o que é ou não correcto ser usado como indumentária consoante o género. Se os juízes tivessem apenas dito que as roupas que o Goucha usa são aquelas que normalmente são usadas por mulheres na nossa sociedade, não haveria ofensa porque não haveria juízo de valor, apenas juízo de facto. Se calhar o que temos aqui é uma geração de juízes educados no relativismo popular da Língua.

 

 

publicado às 12:22


títulos enganadores

por beatriz j a, em 14.06.10

 

 

Assim vai o português. "Os professores têm de estudar mais"

Novo livro da Fundação dirigida por António Barreto é uma reguada no ensino do português.

Este artigo, no jornal i, é sobre um estudo acerca do ensino do Português publicado pela Fundação dirigida pelo António Barreto, Lá, criticam-se, os programas, os Manuais que o ministério prefere (com análise dos Morangos com Açucar), a ausência da gramática dos programas, as TLEBS, as Novas Oportunidades, a guerra que o ministério mantém com os professores, a falta de rigor dos exames...e depois conclui-se que a culpa é dos professores porque, "Há momentos em que temos de desobedecer. Os alunos confiam em nós e isso não pode ser abandalhado", apela, como síntese de um trabalho que pretende que seja uma bandeira branca para o debate."
A conclusão do estudo não recomenda a mudança das políticas que obrigam os professores a leccionar aqueles programas, recomenda que os professores desobedeçam! E o título do artigo faz crer que o ensino vai mal porque os professores não estudam! Isto é tudo duma falta de seriedade!
Mas as pessoas não percebem que os professores se revoltaram todos nestes últimos anos e que isso não serviu para nada? Não percebem que enquanto continuarem a fazer o que fez este estudo e o jornal, que é porem as culpas de tudo para cima dos professores, mesmo quando identificam outros claramente como a fonte do problema, nada mudará? Não percebem que se os professores de Português se recusarem a dar o programa sobre o qual os alunos têm de prestar provas, levam com um processo em cima, e os alunos ainda chumbam?
Então as políticas estão todas erradas, mas aceita-se que assim continuem e dá-se como solução as pessoas desobedecerem? Então agora até o marasmo em que anda a política portuguesa é culpa dos professores? Não fomos para a rua inúmeras vezes protestar em revolta contra estas medidas insanes? Não desobedecemos àquela avaliação absurda? Não estaria na altura dos políticos fazerem a sua parte?
As conclusões que ali se apresentam são um absurdo.

publicado às 06:09


Português e Matemática

por beatriz j a, em 14.09.09

 

DN

Português e Matemática

por Anselmo Borges      12 Setembro 2009

 

Se a compreensão do Português for frágil, não há razão para espanto no desastre a Matemática

A palavra escola vem do grego scholê, que significa ócio. Não se trata, porém, do ócio da preguiça, mas do tempo livre para o exercício da liberdade do cidadão enquanto homem livre, tendo, portanto, a escola de ser o lugar e a instituição da formação para o ser Homem pleno e íntegro.

 

Há aquele preceito paradoxal de Píndaro: "Homem, torna-te no que és". Então, o Homem já é e tem de tornar-se no que é? Realmente, quando se compara o Homem e os outros animais, constata-se que os outros já vêm ao mundo feitos enquanto o Homem nasce prematuro, por fazer e tendo de fazer-se: devido ao que os biólogos chamam a neotenia, já nasce Homem, mas tem de fazer-se plenamente humano. E aí está a razão da educação enquanto o trabalho mais humano e humanizador, de tal modo que Fernando Savater pode justamente considerar os professores como "a corporação mais necessária, mais esforçada e generosa, mais civilizadora de quantos trabalham para satisfazer as exigências de um Estado democrático". Porque o que é próprio do Homem não é tanto aprender como "aprender de outros homens, ser ensinado por eles".

 

Savater também escreve, com razão, que "a principal disciplina que os homens ensinam uns aos outros é em que consiste ser Homem". Por isso, o horizonte da escola tem de ser o Homem na sua humanidade plena, o humanismo integral. Não se justifica aquela abusada separação entre ciências e humanidades.(...)

Compreende-se, pois, que da educação faça parte tanto o Português como a Matemática.

 

Completamente de acordo. À luz do que aqui é dito, a frase de Sócrates, no debate com a MFL, acerca do ataque aos professores ter sido feito para salvaguardar o interesse dos portugueses, ainda expõe com maior clareza a ignorância que o nosso (ainda) primeiro ministro tem relativamente à função e à finalidade do trabalho dos professores e da educação em geral.

Tanto ele como a ministra da educação mostraram estar completamente a leste duma visão da educação ao serviço da formação do homem integral, como único modo de permitir um sentido positivo à evolução da(s) sociedade(s), sem o qual estaremos «destinados» a regressões constantes, com os custos que a História nos mostra elas terem.

E essa educação integral, sem as falsas antinomias entre ciências e humanidades, não é uma utopia nem uma visão romântica da educação. É uma possibilidade visível, desejável e viável, só que sai fora das pseudo-pedagogias modernaças e requer investimento.

O problema é que, o investimento é para os amigos; as pedagogias estão materializadas em 'tachos', também para os amigos.

 

 

 

publicado às 07:58


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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