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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
O ex-líder do CDS é vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (cargo que não é remunerado) e terá, após o Verão, um programa de comentário na TVI.
Gosto do pormenor de escreverem entre parênteses que o cargo não é remunerado. Como se um vencimento, nesses cargos, cheios de portas, fosse o mais importante :))) Ele e o Coelhone são best pals. Brothers in arms. A porta porca da política.
Isto é só rir, rir, rir a bandeiras despregadas...
Qual é a "má notícia que um dia os portugueses vão saber" e quais são "as surpresas desagradáveis que um dia vão ser tornadas públicas sobre a real situação financeira do país".
Não se podem lançar estas bombas e depois ficar calado. É como dizer a um doente que desconfia ter cancro, 'olhe, alguém vai dar-lhe uma notícia desagradável um dia destes' e depois guardar a carta dos exames na gaveta.
??? A dívida é maior do que se sabe? A CGD está na falência? A dívida do BES que vamos pagar é muito maior? O País está falido? Alguém tem que nos dizer o que se passa.
Às vezes a utilidade dos debates políticos é confirmarmos a inutilidade [destes] políticos no que respeita a ideias para construir um futuro.
O debate começou bem até a Martins ter entalado o Portas com a questão das pensões. A partir daí o Portas escorregou para a demagogia e a desconversa da Grécia e do Syrisa. Espingardou, sempre a repetir que as exportações estão de vento em popa e minimizou os problemas do desemprego e da pobreza.
A Martins está muito bem na crítica, no desmontar da demagogia do Portas e no apontar dos problemas mas nem um nem outro nos dizem o que farão se ganharem eleições. Nem o que defendem em termos de grandes linhas políticas que sirvam uma visão de futuro [se calhar não têm visão] nem o que farão em termos de políticas práticas: para o emprego, para reduzir a dívida, para regular o desgoverno ladrão da banca, para reverter a desertificação do país, para reverter o problema gravíssimo da falta de nascimentos, do desiderato migratório... nada de nada. Enfim, o Portas acha que já tudo foi quase feito, agora é só 'deixar rolar'...
Não sei, mas parece-me que num debate para eleições legislativas têm que ser apresentados os pontos do programa, as políticas com que se comprometem.
A entrevistadora também não está bem. Deixa-os à vontade... começou com uma pergunta sem interesse nenhum de um internauta e depois deixou-os. Tinha que ter uma lista dos problemas do país e perguntar-lhes o que é que o programa de cada um defende e como vão implementar o que defendem.
Enfim, está um debate desinteressante.
Ao reconstruir o caminho do dinheiro, os investigadores terão esbarrado em vários milhões de euros que, segundo noticiou então o semanário Sol, se encontravam depositados em contas do banco suíço UBS em nome de várias contas offshore. Estas seriam controlados pelo amigo de infância do ex-primeiro-ministro Carlos Santos Silva, empresário também em prisão preventiva neste caso.
Porém, para os advogados, que sublinham desconhecer os factos pelos quais Sócrates está indiciado, esses dados não são admissíveis em tribunal. A amnistia fiscal implica que quem transfere para Portugal dinheiro depositado no exterior ao abrigo deste regime, não pode ser alvo de processo-crime por isso.
“Nos limites do presente regime, a declaração de regularização tributária não pode ser, por qualquer modo, utilizada como indício ou elemento relevante para efeitos de qualquer procedimento tributário, criminal ou contra-ordenacional, devendo os bancos intervenientes manter sigilo sobre a informação prestada”, referem as leis que estabelecem os regimes.
O RERT foi criado pelo primeiro Governo de Sócrates, em 2005, e repetiu-se em 2010, no segundo Governo de Sócrates, e em 2012, já com Passos Coelho.
Em Dezembro do ano passado, por exemplo, foi arquivado o inquérito que corria há oito anos sobre a alegada corrupção no negócio de venda de dois submarinos por um consórcio alemão ao Estado português.
Num comunicado, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal admitia ter sido possível “apurar o recebimento de alguns montantes [luvas]”, mas sublinhava que “sem recurso aos dados contantes do RERT não há elementos probatórios que permitam inferir quem eram os beneficiários” até porque “o RERT inviabiliza a possibilidade de incriminação a título de fraude fiscal, através do recurso ao conteúdo do RERT”.
Segundo o que tem sido noticiado, Santos Silva aderiu ao RERT em 2009 para passar alguns milhões do USB para o BES. Em vez dos habituais 50% de impostos, o diploma permitiu que pagasse apenas 5%, isto é, em vez de pagar ao Estado 10 milhões de euros, terá pago um milhão. Já em 2005, terá entrado também outra tranche em Portugal vinda de uma conta offshore de Carlos Santos Silva.
Quando quem manda se aproveita do cargo para fabricar leis alfaiate que lhe permitam alegar em sua defesa que é proibido saber-se se tem dinheiro, quanto tem, onde o arranjou e por aí fora... mas o PPC também apoia esta lei que impede que se possa apurar quem se serve dos cargos para se apropriar do alheio...
O meu problema é: em quem é que se vota nas próximas eleições...? Quem? No PS dos amigos e admiradores do Sócrates? Na coligação submarina dos amigos do despedimento em massa e das folgas de 800 milhões à custa dos serviços públicos? Nos náufragos orfãos do trotskismo do BE? Isto vai ser muito complicado...
A Sociedade Nacional dos Caminhos de Ferro Franceses (SNCF) quis provar que chega a cada vez mais lugares em todo o mundo. Para isso, em parceria com TBWA Paris, criou uma ação que tenta mostra que qualquer uma das principais cidades europeias está ao alcance do “abrir uma porta”.
Em algumas ruas da cidade de Paris foram colocadas misteriosas portas ligadas a praças de diversas capitais da Europa. Abrindo cada uma dessas portas, ficava de frente de uma tela onde podia ver, em tempo real, o que estava acontecendo naquela cidade específica.
Podia jogar com um mímico em Milão, ter seus retratos desenhados em Bruxelas, dançar com um grupo de hip-hop em Barcelona, compartilhar um romântico passeio de barco no Lago de Genebra, ou mesmo participar de um grupo de jovens alemães em um passeio de bicicleta em Stuttgart. Estas experiências interativas e divertidas procuravam mostarar a todos que, no final do dia , a Europa é apenas ali ao lado.
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O Portas a fazer um discurso eleitoralista na TV. Está a fazer o elogio das instituições de solidariedade social pois, 'são eles que põem o pão na boca de quem tem fome'. Só faltava acrescentar, para ser exacto, 'porque nós aqui no governo não fazemos a ponta de um corno...'
O Portas agora é como o morto no bridge. Ele existe e está na sala mas não vai a jogo.
Cabia-lhe a ele, como líder do partido maioritário, manter a coesão do governo e não deixar haver dispersões. Em vez disso mete-se numa guerra para promover uma pessoa que é suspeita, no mínimo, de má gestão?
Podia o PPC ter aproveitado esta crise para se fortalecer: fortalecer a coligação, fortalecer o cargo das finanças com alguém perto dos anseios do povo de estimular crescimento e emprego e até dar um sinal, para fora, de maturidade política, de saber gerir uma crise. Em suma, um sinal de estadista.
Mesmo que sobreviva sozinho, será por pouco tempo porque o homem não é um negociador.
Como por exemplo, o Passos Coelho ignorar a vontade e o veto expresso do parceiro da coligação que o mantém no governo na escolha da pessoa que vai assumir uma tão importante pasta. Se a opinião do parceiro não conta para nada, o parceiro não conta para nada... nada de relevante, pelo menos...
'Com sensibilidade'? Como assim? Beijinhos e abraços? Não, obrigada... O que precisamos mesmo é de mais empregos, políticos mais competentes, menos desperdício e menos corrupção, s.f.f.
Se a coligação funcionasse como deve ser e se o Passos Coelho e o das finanças tivessem um bocadinho de sentido de estado isto não acontecia. Acontecia os parceiros da coligação discutirem e tomarem em conjunto todas as medidas que têm grande peso e significado político. Não acontecia que um dos parceiros, mesmo sendo maioritário, informasse o outro do que vai fazer depois de tudo já ter decidido.
É assim que as coisas se passam no país neste triste momento. As pessoas pensam que o poder lhes dá o dom da verdade e agem segundo essa pretensão. Depois admiram-se que os outros 'des-colaborem'.
Mis à jour le 02/03/2012 à 21:57 | publié le 01/03/2012 à 14:47 Réactions (122)
Penso que está em causa não obviamente a legitimidade politica do seu partido, CDS-PP, como resultou das eleições, em governar, em integrar a coligação governamental, mas do dr. Paulo Portas pessoalmente, por a sua idoneidade pessoal e política estarem em causa em face do seu comportamento em anteriores responsabilidades governamentais”, disse, apontando “o caso dos submarinos e outros casos”.
A eurodeputada disse estar preparada para “enfrentar as consequências” das suas declarações, mas disse sentir ser seu “dever de cidadania dizer aquilo que muitos sabem e calam”.
Contactado pela Lusa, o CDS-PP escusou-se a fazer, para já, qualquer comentário a estas declarações.
Não percebo estas declarações de comparar o Portas ao DSK. A Ana Gomes sabe alguma coisa que nós não saibamos? O Portas alguma vez foi acusado de violação ou agressão sexual a alguém? Ou é por dizerem que é gay? Isso des-recomenda-o e tira-lhe idoneidade?! Se sabe de alguma coisa tem a obrigação de falar. Mesmo sabendo nós que a Ana Gomes foi das que mais saiu à praça a defender os acusados de pedofilia, se sabe de algum crime então que o diga. Se não sabe de nada e é só o despeito e a inveja a falar que se cale...
O caso dos submarinos compreendo que se façam perguntas porque as coisas nunca foram totalmente esclarecidas e, na verdade, era melhor que ninguém começasse funções com fantasmas. Eu também gostava de ver esse caso em pratos limpos.
O indivíduo é coerente nas suas posições e é razoável no discurso. Não é que o Passos Coelho não seja razoável a falar e a defender as suas ideias, mas dele já conheço o programa para a educação: é a MLR sem as malcriadices. Estou à espera de ver o programa do Portas para a educação para tomar decisões.
O presidente do CDS defendeu hoje no Funchal que as horas extraordinárias não devem ser tributadas com o IRS pois representam um esforço adicional do trabalhador para a empresa e para o País.
"Os cidadãos que querem trabalhar mais, e às vezes até têm um segundo trabalho, que mais esforço fazem em horas extraordinárias, nós dizemos que esse esforço é para eles, não é para o Estado, não queremos IRS nas horas extraordinárias", disse ontem Paulo Portas no jantar de Natal do CDS/PP-M.
Por isso, o dirigente centrista considerou o primeiro-ministro, José Sócrates, "um atraso de vida para os salários e para a produtividade".
Estou contigo Portas em tudo o que disseste mas não vou votar em ti porque te vais juntar ao Passos Coelho e aprovar as reformas da mulher Rodrigues que deram cabo disto tudo...
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