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Um poema de Pessoa

por beatriz j a, em 02.11.19

 

 

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publicado às 06:12


Uma fotografia do Pessoa

por beatriz j a, em 05.02.17

 

 

 

Fui dar com esta imagem que não conhecia, do Pessoa. Não sei o contexto da fotografia e quem a digitalizou cortou-lhe a legenda. É estranho quando conhecemos uma pessoa por dentro e de repente damos com ela por fora e as duas não parecem combinar.

 

 

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publicado às 20:23


Às vezes...

por beatriz j a, em 08.07.16

 

 

 

 

 

publicado às 19:47


Pequeno poema estóico

por beatriz j a, em 16.06.16

 

 

(...)

Que os deuses me concedam que, despido

De afectos, tenha a fria liberdade

                Dos píncaros sem nada.

Quem quer pouco, tem tudo; quem quer nada

É livre; quem não tem, e não deseja,

                Homem, é igual aos deuses.

 

Ricardo Reis (Fernando Pessoa)

 

 

publicado às 14:33

 

 

No meu caso, foi este, na escola primária. Lembro-me de sabê-lo de cor e recitá-lo na aula. No dia 10 de Junho o nosso Presidente foi para França dizer que os portugueses são melhores que os franceses... podia ter recitado este poema português, em vez de fazer essa triste figura de não português.

 

 

Mar Português 

Ó mar salgado, quanto do teu sal 
São lágrimas de Portugal! 
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, 
Quantos filhos em vão rezaram! 
Quantas noivas ficaram por casar 
Para que fosses nosso, ó mar! 

Valeu a pena? Tudo vale a pena 
Se a alma não é pequena. 
Quem quer passar além do Bojador 
Tem que passar além da dor. 
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, 
Mas nele é que espelhou o céu. 

 

Fernando Pessoa

 

 

publicado às 21:10


É isto...

por beatriz j a, em 30.11.15

 

 

 

 

 

publicado às 18:36

 

 

 

Almada Negreiros

 

Aldous Eveleigh

 

Catarina Inácio

 

Garry Lachman

 

Ana Gabriela

 

Adilson Siqueira

 

C. Medeiros

 

António Pinheiro

 

Alain Donnat

 

 

 

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publicado às 16:21


Pessoa sempre

por beatriz j a, em 09.11.15

 

 

 

Quero ignorado, e calmo 
Por ignorado, e próprio 
Por calmo, encher meus dias 
De não querer mais deles. 

 

Aos que a riqueza toca 
O ouro irrita a pele. 
Aos que a fama bafeja 
Embacia-se a vida. 

 

Aos que a felicidade 
É sol, virá a noite. 
Mas ao que nada espera 
Tudo que vem é grato.


Fernando Pessoa

 

 

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publicado às 18:12


O Universo não é uma ideia minha

por beatriz j a, em 14.09.15

 

 

O Único Mistério do Universo é o Mais e não o Menos

No dia brancamente nublado entristeço quase a medo 
E ponho-me a meditar nos problemas que finjo... 

Se o homem fosse, como deveria ser, 
Não um animal doente, mas o mais perfeito dos animais, 
Animal directo e não indirecto, 
Devia ser outra a sua forma de encontrar um sentido às coisas, 
Outra e verdadeira. 
Devia haver adquirido um sentido do «conjunto»; 
Um sentido, como ver e ouvir, do «total» das coisas 
E não, como temos, um pensamento do «conjunto»; 
E não, como temos, uma ideia do «total» das coisas. 
E assim - veríamos - não teríamos noção de conjunto ou de total, 
Porque o sentido de «total» ou de «conjunto» não seria de um «total» ou de um «conjunto» 
Mas da verdadeira Natureza talvez nem todo nem partes. 

O único mistério do Universo é o mais e não o menos. 
Percebemos demais as coisas - eis o erro e a dúvida. 
O que existe transcende para baixo o que julgamos que existe. 
A Realidade é apenas real e não pensada. 
O Universo não é uma ideia minha. 
A minha ideia do Universo é que é uma ideia minha. 
A noite não anoitece pelos meus olhos. 
A minha ideia da noite é que anoitece por meus olhos. 
Fora de eu pensar e de haver quaisquer pensamentos 
A noite anoitece concretamente 
E o fulgor das estrelas existe como se tivesse peso. 

Assim como falham as palavras quando queremos exprimir qualquer pensamento, 
Assim falham os pensamentos quando queremos pensar qualquer realidade. 
Mas, como a essência do pensamento não é ser dita, mas ser pensada, 
Assim é a essência da realidade o existir, não o ser pensada. 
Assim tudo o que existe, simplesmente existe. 
O resto é uma espécie de sono que temos, 
Uma velhice que nos acompanha desde a infância da doença. 

O espelho reflecte certo; não erra porque não pensa. 
Pensar é essencialmente errar. 
Errar é essencialmente estar cego e surdo. 

Estas verdades não são perfeitas porque são ditas, 
E antes de ditas, pensadas: 
Mas no fundo o que está certo é elas negarem-se a si próprias 
Na negação oposta de afirmarem qualquer coisa. 
A única afirmação é ser. 
E ser o oposto é o que não queria de mim... 

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" 
Heterónimo de Fernando Pessoa
 

 

 o planeta visto do espaço

 

 

publicado às 22:17


Da minha janela

por beatriz j a, em 14.01.15

 

 

 

Setúbal, Janeiro 2015.JPG

 

 

Sangra-me o coração. Tudo que penso

 

Sangra-me o coração. Tudo que penso

A emoção mo tomou. Sofro esta mágoa

Que é o mundo imoral, regrado e imenso,

No qual o bem é só como um incenso 

Que cerca a vida, como a terra a água.

 

Todos os dias, oiça ou veja, dão

Misérias, males, injustiças — quanto

Pode afligir o estéril coração.

E todo anseio pelo bem é vão, 

E a vontade tão vã como é o pranto.

 

Que Deus duplo nos pôs na alma sensível

Ao mesmo tempo os dons de conhecer

Que o mal é a norma, o natural possível,

E de querer o bem, inútil nível, 

Que nunca assenta regular no ser?

 

Com que fria esquadria e vão compasso

Que invisível Geómetra regrou

As marés deste mar de mau sargaço —

O mundo fluido, com seu tempo e espaço, 

Que ele mesmo não sabe quem criou?

 

Mas, seja como for, nesta descida

De Deus ao ser, o mal teve alma e azo;

E o Bem, justiça espiritual da vida,

É perdida palavra, substituída 

Por bens obscuros, fórmulas do acaso.

 

Que plano extinto, antes de conseguido,

Ficou só mundo, norma e desmazelo?

Mundo imperfeito, porque foi erguido?

Como acabá-lo, templo inconcluído, 

Se nos falta o segredo com que erguê-lo?

 

(...) 

Fernando Pessoa

 

 

publicado às 18:00


Mar português

por beatriz j a, em 02.12.14

 

 

 

 

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!

Pessoa


publicado às 05:40


'Tra la notte che cessa'

por beatriz j a, em 04.11.14

 

 

 

«Tra la notte che cessa
e l’inizio del giorno,
il mio cuore ha urgenza
della tua nostalgia.»


Bernardo Soares (Fernando Pessoa), “Il libro dell’inquietudine”.

 

(ler a poesia noutra língua para experimentar outro ritmo de emoções)

 

 

publicado às 05:26


Um dia de chuva

por beatriz j a, em 13.10.14

 

 

 

 

 

 

Um Dia de Chuva

 

Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol.
Ambos existem; cada um como é.

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"

 

 

publicado às 21:45


... but dream

por beatriz j a, em 26.07.14

 

 

 

 

 

Whenever someone tells me he dreamed, I wonder if he realizes that he has never done anything but dream. (Fernando Pessoa)

 

(by  klebersales

via  wordsnquotes)

 

 

publicado às 21:17


Dias de Desassossego

por beatriz j a, em 02.06.14

 

 

 

Bernardo Soares

A leitura dos jornais, sempre penosado ponto de ver estético,

L. do D.

 

A leitura dos jornais, sempre penosa do ponto de ver estético, é-o frequentemente também do moral, ainda para quem tenha poucas preocupações morais.

 

As guerras e as revoluções — há sempre uma ou outra em curso — chegam, na leitura dos seus efeitos, a causar não horror mas tédio. Não é a crueldade de todos aqueles mortos e feridos, o sacrifício de todos os que morrem batendo-se, ou são mortos sem que se batam, que pesa duramente na alma: é a estupidez que sacrifica vidas e haveres a qualquer coisa inevitavelmente inútil. Todos os ideais e todas as ambições são um desvairo de comadres homens. Não há império que valha que por ele se parta uma boneca de criança. Não há ideal que mereça o sacrificio de um comboio de lata. Que império é útil ou que ideal profícuo? Tudo é humanidade, e a humanidade é sempre a mesma — variável mas inaperfeiçoável, oscilante mas improgressiva. Perante o curso inimplorável das coisas, a vida que tivemos sem saber como e perderemos sem saber quando, o jogo de dez mil xadrezes que é a vida em comum e luta, o tédio de contemplar sem utilidade o que se não realiza nunca (...) — que pode fazer o sábio senão pedir o repouso, o não ter que pensar em viver, pois basta ter que viver, um pouco de lugar ao sol e ao ar e ao menos o sonho de que há paz do lado de lá dos montes.

 

 

publicado às 15:16


Dias de Desassossego

por beatriz j a, em 02.06.14

 

 

 

Bernardo Soares

A história negas as coisas certas.

L. do D.

 

A história nega as coisas certas. Há períodos de ordem em que tudo é vil e períodos de desordem em que tudo é alto. As decadências são férteis em virilidade mental; as épocas de força em fraqueza do espírito. Tudo se mistura e se cruza, e não há verdade senão no supô-la.

 

Tantos nobres ideais caídos entre o estrume, tantas ânsias verdadeiras extraviadas entre o enxurro!

 

publicado às 14:56


Dias de Desassossego

por beatriz j a, em 02.06.14

 

 

 

Bernardo Soares

...e as algas como molhados cabelos empastando o rosto...

...e as algas como molhados cabelos empastando o rosto morto das águas.

Um som suave de rio largo, uma indecisa frescura aquática, uma saudade audível, oculta, um amarelo morto de movimento.

 

Leves, leves as sombras calmas.

 

A noite era cheia daquelas pequenas nuvens muito brancas, que se destacam umas das outras. Vista através de uma ou outra delas, a Lua tinha em seu torno um halo azul, castanho e amarelo, com uns tons supostos de verde-vivo. Entre as árvores o céu era dum azul-negro profundíssimo, longínquo, irrevogável. As estrelas viam-se ora através das nuvens, ora, muito longe, mas entre elas. Uma saudade de coisas idas, de grandes passados da alma, talvez porque em reencarnações antigas, olhos nossos, no corpo físico, houvesse visto, este luar sobre florestas longínquas, quando selvática ainda, a alma infanta talvez pressentia, por uma memória em Deus ao contrário, no futuro das suas reencarnações, esta lua retrospectiva. E assim essas duas luas davam mãos de sombra por sobre a minha cabeça abatida.

 

 

publicado às 14:55


🐸 Para quem está no Algarve

por beatriz j a, em 13.01.14

 

 

 

... vá/vão ao Teatro Lethes ver esta peça: têm sessões especiais para escolas e, o actor que faz de Pessoa é o Bruno Martins, que foi meu aluno :)))

 

 

AS CARTAS RIDÍCULAS DO SR. FERNANDO E OS SUSPIROS LÍRICOS DA MENINA OFÉLIA - 18 e 25 de Janeiro às 21h30 I 19 e 26 Janeiro às 16h0063º Produção da ACTA A Companhia de Teatro do Algarve Trata-se da dramatização de alguma da correspondência trocada entre Fernando Pessoa e Ofélia Queiroz. À referida correspondência são acrescentados textos de Fernando Pessoa e também do próprio encenador. Toma-se por pressuposto dramatúrgico que o senhor Fernando sabe o que está a fazer enquanto a menina Ofélia é enredada no idílio inconsequente de uma paixão sem correspondência. No senhor Fernando há uma racionalidade com objectivos experienciais que visam servir a sua obsessiva e obstinada produção poética, enquanto que na menina Ofélia há uma participação irreflectida como desígnio de destino. › O espectáculo também terá lugar nos dias 16, 17, 23 e 24 às 10h30 e às 15h00, e no dia 22 às 10h30, para grupos escolares e estudantes.  FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA: Texto: Criação Própria, sobre cartas de Fernando Pessoa | Concepção: Luís Vicente | Dramaturgia e Adaptação: Paulo Moreira | Encenação: Paulo Moreira | Intérpretes: Bruno Martins, Tânia da Silva | Desenho e Operação de Luz: Octávio Oliveira Concepção Cenográfica: Tó Quintas | Direcção Artística e de Produção: Luís VicenteDuração: 70m (s/intervalo) | Ingresso: €10 (<30; >65 - €7.50) | Classificação etária: M/12 | Promotor: ACTA

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.AS CARTAS RIDÍCULAS DO SR. FERNANDO E OS SUSPIROS LÍRICOS DA MENINA OFÉLIA - 18 e 25 de Janeiro às 21h30 I 19 e 26 Janeiro às 16h00 63º Produção da ACTA A Companhia de Teatro do Algarve Trata-se da dramatização de alguma da correspondência trocada entre Fernando Pessoa e Ofélia Queiroz. À referida correspondência são acrescentados textos de Fernando Pessoa e também do próprio encenador. Toma-se por pressuposto dramatúrgico que o senhor Fernando sabe o que está a fazer enquanto a menina Ofélia é enredada no idílio inconsequente de uma paixão sem correspondência. No senhor Fernando há uma racionalidade com objectivos experienciais que visam servir a sua obsessiva e obstinada produção poética, enquanto que na menina Ofélia há uma participação irreflectida como desígnio de destino. › O espectáculo também terá lugar nos dias 16, 17, 23 e 24 às 10h30 e às 15h00, e no dia 22 às 10h30, para grupos escolares e estudantes. FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA: Texto: Criação Própria, sobre cartas de Fernando Pessoa | Concepção: Luís Vicente | Dramaturgia e Adaptação: Paulo Moreira | Encenação: Paulo Moreira | Intérpretes: Bruno Martins, Tânia da Silva | Desenho e Operação de Luz: Octávio Oliveira Concepção Cenográfica: Tó Quintas | Direcção Artística e de Produção: Luís Vicente Duração: 70m (s/intervalo) | Ingresso: €10 (<30; >65 - €7.50) | Classificação etária: M/12 | Promotor: ACTA

publicado às 15:31


uma imagem com palavras

por beatriz j a, em 23.07.13

 

 

 

 

Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens."


Fernando Pessoa.



Photo: "Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens."Fernando Pessoa.
via Casa na Aldeia

publicado às 18:00


Pessoa visto de fora

por beatriz j a, em 07.07.13

 

 

 

 

È così difficile descrivere ciò che si sente
quando si sente che si esiste veramente,
e che l’anima è un’entità reale,
che non so quali sono le parole umane
con cui si possa definirlo.

Fernando Pessoa - Il poeta è un fingitore


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publicado às 20:45


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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