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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
das coisas [e pessoas] que gostamos à primeira não temos volta atrás. porque somos nelas.
O 25 de Abril e os anos seguintes foram um hiato na realidade. Depois de quase meio século de sufoco parecia que nada voltaria a ser como dantes; um pouco como a euforia e generosidade que se seguiram à Segunda Guerra e que levaram à criação de instituições de âmbito local, como a Europa Comunitária e planetário como a ONU insufladas de esperança na paz local e mundial. Mas esses tempos são excepções, realidades temporárias que se seguem a períodos de extraordinárias dificuldades e que, por isso mesmo, convocam o que de melhor há nos seres humanos.
O que é comum é o outro tempo, o das dificuldades, o de remar contra a maré da mediocridade e da mesmidade políticas, o das injustiças gritantes, o dos abusos e impunidades.
Pensar que se é imune à influência dos outros é infantil. A diferença, no que respeita à influência dos outros em nós, entre um adolescente e um adulto é que o adulto, sabendo reconher a qualidade nos outros, pode escolher e procurar activamente as infuências que quer sofer.
A inteligência nos cobardes desemboca em malvadez. A 'desinteligência' nos corajosos desemboca em desfaçatez.
Há uma relação directa entre ser melhor e não recusar a evolução interior mesmo sabendo que há um preço de desequilíbrio e sofrimento a pagar.
Nisto de olhar para o passado para projectar o futuro cometem-se geralmente dois erros: um é considerar que o passado foi ultrapassado e nada tem a dizer-nos sobre o futuro, outro é considerar que os esquemas evolutivos do passado se repetirão no futuro, numa espécie de eterno retorno do mesmo, falhando em ver os germes de esquemas inteiramente novos.
Mais do que o caminho, o que faz a diferença, é a companhia certa.
da net
A realidade arruinou-me para a ficção. Todo o possível é o real, todo o real é o possível.
Depois de 'vêr' já não é possível 'des-vêr'. Podemos escolher desvalorizar o que foi 'visto' mas não podemos torná-lo 'des-visto'.
Subestima-se quase sempre a necessidade que os outros têm de honras, aparências e auto-importância..
As pessoas quando são muitos novas falta-lhe 'insight', aquilo que a experiência acrescenta a um certo tipo de inteligência -onde esta existe, claro está, pois há os que nunca terão remédio.
As pessoas podem ser divididas, grosso modo, em duas grandes categorias, à medida que avançam por entre as mudanças da vida: as que se tornam melhores versões de si próprias e as que se tornam piores versões de si próprias, ou seja, umas aperfeiçoam o que o seu carácter tem de melhor, outras aperfeiçoam o que o seu carácter tem de pior.
É muito comum confundir-se afirmação com arrogância e dissimulação com humildade, verdade com maldade e mentira com piedade.
As limitações dos outros limitam-nos a nós também. Isso é o mais difícil, termos de limitarmo-nos para cabermos nas limitações dos outros.
O remorso é uma emoção evitável desde que se saiba aceitar os erros cometidos, pedir desculpa a quem se prejudicou e se tente emendar o erro o melhor que se saiba e o mais depressa que se possa. É nesse sentido que se diz que aprendemos com os erros. Quem não é capaz de fazer estas coisas, das duas uma: ou nem a si próprio admite que errou (nesse caso ainda sente rancor por aqueles a quem prejudicou) ou percebe mas é demasiado pequeno (há quem lhe chame arrogância ou orgulho) para admitir que errou. Num e noutro caso nunca aprende e está destinado a repetir os mesmos erros uma e outra vez.
Quando o horizonte longínquo é de tempestade e não podemos impedi-la de, lenta mas inexoravelmente, colidir connosco, ter muito boa vista é um tormento. Todos os dias o olhar mesmerizado sabe e sente a tempestade antecipada. A tempestade é cega e surda.
Onde a dialéctica é negada, a única opção é remetermo-nos ao silêncio.
Saber reconhecer a verdade é uma raridade. Muitas pessoas passam ao seu lado sem a verem e só se apercebem do valor de verdade de outra pessoa ou de um momento quando já só são uma recordação. Por consequência, saber reconhecer a verdade no meio de pessoas que não a sabem reconhecer, é uma maldição.
Não é verdade que só se cresce com os duros golpes da vida; não é do sofrimento mas do amor que vem a redenção.
Tudo aquilo que o homem ignora, não existe pra ele. Por isso o universo de cada um, se resume no tamanho de seu saber. (Albert Einstein)
Também o que é conhecido pode tornar-se estranho se sai do nosso Universo e permanece longe por muito tempo.
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