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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
O PSD sobrevive, o país é que já não sei, tendo em conta que precisamos de oposição forte [neste momento quem faz de oposição é um dos partidos que apoia o governo!!] e de alternativas políticas e tendo em conta que os candidatos a chefe do partido são, o mau e o ainda pior...
Qual é a "má notícia que um dia os portugueses vão saber" e quais são "as surpresas desagradáveis que um dia vão ser tornadas públicas sobre a real situação financeira do país".
Não se podem lançar estas bombas e depois ficar calado. É como dizer a um doente que desconfia ter cancro, 'olhe, alguém vai dar-lhe uma notícia desagradável um dia destes' e depois guardar a carta dos exames na gaveta.
??? A dívida é maior do que se sabe? A CGD está na falência? A dívida do BES que vamos pagar é muito maior? O País está falido? Alguém tem que nos dizer o que se passa.
... onde existem paróquias ricas e paróquias pobres (com as consequências que isso implica), o/a director/a é o padre que reza a missa com o texto da bíblia, que é o partido que sustenta o bispo, que é a câmara, que é quem manda. O Papa senta-se na cadeira, recebe o que há a receber e dá bençãos... Isto (!) é o futuro da educação aqui no rectângulo.
Em concreto, no parecer o CE antevê que, com este projecto, será criada uma “rede de centros de decisão cuja heterogeneidade política, económica e de disponibilidade de recursos poderá levar à criação no país de uma multiplicidade de planos de estudo, de modelos de gestão das escolas, de modelos de afectação de recursos humanos, materiais e financeiros” – a tal “manta de retalhos de subsistemas educativos”.
Agrada ver a justiça a funcionar, ainda que não saibamos se isso se deve à coragem pessoal de uns juízes mais uns procuradores. Tanto faz porque o que vemos é que afinal nem todos são são cúmplices, coniventes, amedrontados ou corruptos. O modo como em Portugal a impunidade se passeia em público, depois de destruir tudo à volta como um cancro, o modo como se tornou vulgar entrar na política e cargos satélites com uns tostões e sair de lá com milhões no maior desprezo pelo serviço público, só trabalhando para o mealheiro pessoal, não só é extremamente revoltante como também perigoso pois que democracia resiste à corrupção, tráfico de influências, branquamento de capital e roubo endémicos (veja-se o caso do México)? E não é só a democracia que vacila, é o próprio país enquanto nação independente que corre risco de desaparecer como já aconteceu na História, mais que uma vez.
Cada vez é mais difícil engolir a visão da miséria. Cada vez é mais difícil aceitar que temos todos que sofrer na pele para salvar os bancos e os políticos que gastaram como reis o dinheiro que não era seu; cada vez é mais difícil fechar os olhos às empresas públicas crivadas de dívidas onde os administradores se encheram com prémios de milhões à custa de todos nós; cada vez é mais difícil aceitar que temos que pagar mais e mais impostos a triplicar para honrar os compromissos que os corruptos assumiram em nosso nome para nos esventrarem.
Queremos pagar as nossas dívidas, sim, mas não presenteando aqueles mesmos que hipotecaram o futuro dos filhos de todos nós.
Queremos pagar as nossas dívidas, sim, mas queremos a justiça dos cortes e dos sacrifícios começarem por aqueles que mais nos prejudicaram.
Queremos pagar as nossas dívidas, sim, mas queremos a acção de interromper imediatamente todos os negócios que os corruptos ainda mantêm, rapaces dos dinheiros públicos.
O país não é dos bancos, não é do Parlamento, não é de umas firmas de advogados, não é de umas empresas: o país é de todos nós e os nossos representantes têm que nos representar a nós ou ir-se embora.
Agora todos falam contra os 'Deolindos'...por vezes parece que quem vive em Lisboa não sabe o que se passa no resto do país.
É certo que hoje em dia há quem esteja habituado a que os pais lhes façam tudo e dêem tudo; é verdade que há quem não estude nada e depois queira tudo. Mas não me parece que sejam a maioria e muitos desses não seriam assim se não os empurrassem para isso desde cedo com mentiras sobre terem direito a passar sem ir às aulas e sem estudar e outras coisas do género...De qualquer modo, são os outros que interessam, e esses têm a vida muito dificultada.
Há uma vintena de anos tirava-se um curso e em geral isso era o suficiente para arranjar um trabalho. Mesmo quem não tirava um curso superior arranjava trabalho tirando um curso profissional. Se não havia dinheiro para estudar, o Estado financiava com bolsas de estudo. Era possível, mesmo não ganhando muito, pedir um empréstimo para habitação. A comida era barata. Era possível uma vida digna.
Agora, quem não tira um curso superior vai trabalhar para uma caixa de supermercado ou um 'call center', se tiver sorte. A maior parte dos cursos profissionais não preparam as pessoas para um trabalho, preparam-nas para entrarem em mais cursos...Um curso superior já não chega porque o diminuiram para que os dois últimos anos passassem a ser pagos, de modo que é preciso tirar o curso e mais um mestrado. E às vezes não chega...A maior parte dos estudantes do secundário não tem dinheiro para isso de modo que uns desistem, outros endividam-se. Uma pequena parte, muito determinada consegue bolsa depois de passar todos os obstáculos que lhes põem no caminho para que desistam da bolsa (isto é verdade, porque acompanho alunos que pedem bolsa e sei como os tentam dissuadir). Os que acabam um curso e o mestrado, mesmo assim não têm certeza de conseguir um trabalho (excepto numa ou noutra universidade onde se sabe que o sistema de cunhas é quase infalível como a Católica).
Para os que conseguem trabalho, já de si uma minoria, a maior parte fica a recibos anos a fio. Sem contrato, sem possibilidade de planear qualquer futuro: nem renda de casa, nem carro, nem pensar em juntar-se ou constituir família...No entanto, as empresas para que trabalham nestas condições, usufruem plenamente do seu trabalho, dos apoios e subsídios e tudo o mais que for preciso.
Quantas empresas declaram falência para abrirem as portas na terra ao lado e entretanto deixarem os trabalhadores à míngua?
Que país pode vir a ser quando os seus trabalhadores não têm possibilidade de ter autonomia, de ter uma vida independente, sempre sem saberem se amanhã ainda têm trabalho? E, muitas vezes, a ganharem o ordenado mínimo ou pouco mais?
Esta geração tem muitos 'encostas'? Pois deve ter, mas a minha também os teve (veja-se o pessoal todo que anda pelo governos e empresas públicas a depauperar o país...). A questão são os outros e todos aqueles que acabam por ser encostas porque o sistema os empurra para isso tirando-lhes as hipóteses de alguma mobilidade social através da destruição do ensino.
Os meus alunos não têm ilusões: sabem que com o secundário não fazem vida e que mesmo com um curso, vão andar anos a viver com enormes dificuldades.
Ora, podia ter sido diferente. Devia ter sido diferente se o dinheiro de apoio às pequenas e médias empresas e se a inovação do ensino se tivesse feito. Se não se tivesse pago para destruir postos de trabalho: na agricultura, nas pescas, na indústria...
Esta geração tem a vida dificultada, sim. Vai pagar estes juros incríveis da nossa dívida com suor e sangue.
A impressão que tenho é que estamos 'entre parêntesis', o país está 'entre parêntesis', à espera que o Sócrates se vá embora para podermos começar a tirar o país do buraco em que está, e não o fazemos porque a oposição quer assegurar que vai ter maioria absoluta nas eleições ou que vai fazer uma coligação que lhe dê vantagem..
Entretanto, as coisas estão cada vez pior: a despesa a subir, já ningiuém liga nenhuma ao que diz o Sócrates e o das Finanças, cada um faz o que quer com o nosso dinheiro.
Estudo
Portugueses têm imagem negativa do seu país
A corrupção, a justiça e a economia nacional foram os três indicadores que receberam uma avaliação mais negativa. O primeiro indicador com 2,6 e os outros com 3,3. Este valor resulta do facto de 47,6 por cento dos inquiridos considerarem que o actual estado da corrupção é mau e 37,5 por cento que é muito mau", conclui aquele estudo, segundo uma nota hoje distribuída pela empresa de estudos de mercado.
Relativamente à justiça, 41,8 por cento dos portugueses avalia a situação como "muito mau" e 32,3 como "mau", enquanto 47,6 por cento dos inquiridos considera mau o quadro da economia nacional e 33,9 por cento considera mesmo que é muito mau.
Das conclusões do inquérito destaca-se ainda que o cenário da educação em Portugal (nota de 8,7) que é visto por 22,3 por cento dos inquiridos como mau e a questão da conflitualidade no mundo (com nota muito baixa de 3,5) que também recebe um mau de 48,6 dos inquiridos.
...já tivémos outras coligações em circunstâncias idênticas e nunca funcionaram. Ps e PSD coligados não fazem reformas porque têm noções diferentes do que são as reformas e não fazem crítica e controlo de gastos porque estão ambos envolvidos nos processos. Quando tivémos o governo de coligação a seguir ao assassinato do Sá Carneiro a corrupção atingiu valores altíssimos! Portanto, quem nos meteu no buraco tem que pagar! E tem que haver oposição para fazer controlo.
Essa é outra: eu também não me agrada as tentativas de mandar em tudo da Alemanha, mas a verdade é que passámos trinta anos a receber dinheiro a fundo perdido e sumiu-se tudo na corrupção e má gestão e agora devemos dinheiro. Se devemos dinheiro tenos que pagá-lo! De que adianta dizer mal do mercado ou dos juros, se fomos nós que criámos a situação?
Isto só quer dizer que no futuro não podemos dar-nos ao luxo de eleger pessoas desonestas e incompetentes e temos que ser mais exigentes na altura do voto...
Falava à bocado com um amigo a propósito do artigo da Catalina Pestana que pus aqui no blog porque dá o tom exacto da degradação a que chegou a vida política do país. A certa altura ela compara este período com o do PREC, mas eu acho que estamos muito pior. É certo que havia muito caos e muita coisa era mal feita, com as lutas pelo poder a serem, por vezes, ferozes, mas a par disso havia muito idealismo. Agora é só corrupção e ganância e cinismo e muito desprezo pelos que menos têm. Gente de muito baixo nível governa-nos e dita o nosso futuro. E no entanto o país está cheio de pessoas com valor. Mas não quiseram assumir responsabilidades e deixaram que lhes fechassem os caminhos.
Se o Sócrates ficasse em N.Y. a fazer companhia ao corninhos, livrávamo-nos desses dois miseráveis. Fazem-me sempre lembrar o joker no crapôt: quando por acaso uma carta não está imediatamente disponível alguém agarra num joker e põe-no no lugar da carta. É um recurso que entope o baralho e não se deve, por isso, usá-lo, a não ser em último caso, quando não há mesmo possibilidade de ir buscar a carta certa. Pois neste momento temos todos os jokers em jogo a substituir as cartas mais importantes do país. E com isso o jogo está todo entupido.
Jorge Sá, dono da Aximage, declarou ao MP que nome de Carolina Patrocínio foi sugerido por ex-administrador da PT. A apresentadora de televisão Carolina Patrocínio, que viria a ser mandatária para a juventude de José Sócrates nas legislativas de Setembro de 2009, foi uma das figuras públicas estudadas por uma sondagem entregue a Rui Pedro Soares, em ex-administrador da PT, em Abril do ano passado. O estudo, além da popularidade, avaliou o grau de aceitação que tais figuras obtinham junto de pessoas com tendência política definida. Nesta sondagem também foi avaliada a popularidade de Luís Figo, assim como a simpatia que granjeava junto de um eleitorado mais à esquerda. Figo, recorde-se, acabou também por apoiar José Sócrates.Sondagem incluiu nome de mandatária de Sócrates DN
O estudo da Aximage incluiu nomes como Alexandra Lencastre, Bárbara Guimarães e a bloquista Joana Amaral Dias, que terá, alegadamente, recebido um convite do PS antes das legislativas. E Inês de Medeiros, que veio a integrar as listas do PS. C.R.L.
Era nisto e só nisto que se entretinham. O país que se lixe.
E cada vez haverá menos. Ter filhos é um luxo neste país. Caríssimo. E como se isso não bastasse, as mulheres são descaradamente discriminadas no trabalho por terem filhos, de modo que, ou não os têm ou adiam até à última o momento de os ter. Mesmo na administração pública, onde o Estado deveria dar o exemplo há discriminação. E, tendo poucas crianças para cuidar, apesar de saber que são o futuro do país, que faz o Estado? Cuida delas? Dá-lhes uma educação de qualidade para que, ao menos, essas crianças, embora poucas, venham a ser cidadãos/cidadãs de valor e préstimo para o país? Não! Pelo contrário. Descura completamente a sua educação, que põe na mão de ministros sem valor ou mérito ou até trespassa o assunto para uma qualquer repartição de finanças; trata mal os professores: quanto melhores são mais se esforça por pô-los a andar das escolas; deixa as escolas sem condições e às mãos de socratezitos ou de pessoal das autarquias.
Grande futuro se está a construir para este país...
Ontem quando fui à baixa entrei numa sapataria porque ao passar olhei e vi lá dentro uma senhora que conheço há muitos anos como vendedora de outra loja ali perto, que costumava ser uma loja com roupas de marcas caras e está em pré-falência.
Disse-me que esteve 6 meses no desemprego depois de sair da loja com 3 ordenados em atraso. Que foi a última das empregadas a sair porque estava lá há 15 anos e foi resistindo.
Contou-me que os 2 filhos da dona eram rapazes com a mania das grandezas que levavam uma vida de luxo, embora não trabalhassem; que andavam sempre em discotecas e jantaradas entre Lisboa e o Algarve com carros a condizer; que a certa altura começaram a ir ao dinheiro da loja para pagar dívidas; já com dívidas construiram uma vivenda com materiais importados muito caros; iam para a loja gabar-se das viagens a Nova Iorque e de todas estas despesas; a dona meteu-se em grandes despesas também; é claro, a certa altura não havia dinheiro para pagar aos fornecedores, nem aos empregados; a dona da loja, que tinha boa reputação, perdeu-a e, com isso, o crédito da banca também se foi; as marcas tiraram de lá as mercadorias: os empregados ficaram sem salário.
Disse-me que recebeu o último ordenado há pouco tempo porque soube que a dona da loja ia fazer um cruzeiro com amigos e arranjou maneira dela saber que ia aparecer no dia da partida, mais a filha, para se despedir dela e lhe dizer que ia em cruzeiro com o seu dinheiro.
Este caso é o espelho do país. Portugal é a loja dos nossos governantes. Também eles e os seus amigos levam uma vida de luxo, embora sejam uns incompetentes e muitos vivam de aldrabices e artimanhas. Parasitas deslumbrados, fogem ao fisco e vivem para ostentar. Mesmo já cheios de dívidas continuam a gastar consigo e com os amigos, para dar uma de ricos, como se a realidade fosse uma telenovela. Entretanto, os empregados, que são o povo, que se lixe no desemprego.
E como podem, porque mandam, de vez em quando sobem os impostos, como fazia o xerife na história do Robin dos Bosques. E quandos lhes apetece ainda vêm a público dizer que a culpa é dos trabalhadores que não prestam, ou dos professores que são verbo de encher neste país.
Se as pessoas são sempre as mesmas como há-de o país mudar?
Começa a ser extremamente difícil falar da educação, pelo menos neste País, porque os considerandos estão todos feitos e já todos os compreenderam. Quero dizer, já ninguém, das pessoas que estão minimamente por dentro dos problemas, tem dúvidas que as reformas dos últimos dez anos, ou mais, foram erradas, assentaram em pressupostos errados, e deram péssimos resultados. Em relação aos resultados, até quem é estranho a estes problemas percebe que as coisas foram muito mal pensadas.
Já toda a gente percebeu, também, que a pasta da Educação tem estado entregue a pessoas completamente que é mais o que ignoram que o que sabem do assunto, desde os tempos da Ana Benavente (quem iniciou a moda de chamar 'as crianças' a tudo quanto é aluno, mesmo que tenham 18 ou 20 anos), passando pelo SS com a ajudante Margarida Moreira e outros até chegar às pérolas de sabedoria que são esta equipa que lá está.
Que resta agora fazer? A quem podemos falar, se os do poder são surdos e cegos? Não falo apenas dos professores, mas do País! O que podemos fazer quando sabemos, todos sabemos, que as coisas estão a ser muito mal feitas por gente muito incompetente e ninguém quer saber?
O que se pode fazer quando as autoridades, desde o Presidente aos responsáveis da tutela não estão incomodados pelo aumento da violência nas escolas? Não estão incomodados com o facto de os assuntos da Educação estarem nas mãos de gente do...?
Ou o poder volta atrás com o ECD, o mais depressa possível, ou isto já tem remédio, nem emenda, pelo menos nos próximos vinte e cinco ou trinta anos.
É mais ou menos como o efeito de radiação das bombas nucleares: depois que a contaminação se infiltra no solo impregna-se a tudo o que nasce durante décadas. As coisas continuam a nascer a cescer, mas tudo contaminado e infértil. É o que está a acontecer na educação - estamos na fase de contaminar o solo, e a mim o que me confunde, é que ninguém queira saber. Que se estejam nas tintas para a falta de horizontes no futuro do País.
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