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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
... ou... como alimentar cobras raivosas.
... mas não é por causa de se reporem salários. É por causa dos banifs, dos faqueiros, dos aumentos de 150% de salários de gestores e de todas as negociatas que comem centenas de milhões dos OE todos os anos, por parte dos sacadores.
A despesa total do Ensino Básico e Secundário e da Administração Escolar inscrita no OE para o próximo ano atinge os 5,5 milhões de euros. Este valor corresponde a um decréscimo de 11,3% face à estimativa de despesas deste ano, ou seja, são menos 704,4 milhões de euros destinados à Educação. “Não consigo perceber de onde virá esse dinheiro”, afirma o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Jorge Ascensão, lembrando os cortes acumulados no sector ao longo dos últimos anos – nos três anos de vigência do memorando de entendimento, o sector tinha tido o triplo da dose de austeridade prevista, com uma redução de 1100 milhões de euros nas transferências do Estado.
Os pais representados pela Confap estão, por isso, “perplexos” com o que é proposto pelo Governo, conta Ascensão. “Estamos estupefactos”, acrescenta Isabel Gregório da Confederação Nacional Independente de Associações de Pais e Encarregados de Educação (Cnipe). “Com uma proposta destas, o Governo demonstra, cada vez mais, que não quer saber do futuro do país”, acusa.
A redução nas transferências para os colégios [privados] é de 1,1%, ao passo que o corte transversal em todo o sector ultrapassa os 11%. “De há uns anos a esta parte, é sempre sobre nós”, sublinha.
Discursos do governo a dizer que temos todos que fazer sacrifícios e saber-se que em Portugal subiu em 11% o número de multimilionários com mais de 25 milhões de euros. Não temos nada contra quem tem dinheiro, mas temos dificuldade em acreditar na justiça de uns aumentarem o número de refeições diárias à custa de outros terem tido que deixar de comer.
19h15 - Portugal "merece e vai conseguir", assim termina Pires de Lima a sua intervenção em que lembrou uma vez mais "este momento de viragem", mas não falou em "milagre" como da última vez que falou publicamente.
OE
O presidente da CML e o ex-ministro estiveram entre os 22 membros da Comissão Política do PS que votaram contra a proposta do Governo.
António Costa, que anda há mais de 15 anos a mandar nos nossos destinos dentro do governo ou em câmaras (com o resultado que se vê) e Silva Pereira, um dos maiores responsáveis pela crise em que estamos, sendo braço direito de Sócrates, primeiro no Ambiente e depois como ministro da Presidência, grande encobridor da situação de crise, e do despesismo catastrófico vêm agora aconselhar a votação contra o OE para ver se acabam as malfeitorias que andam há anos a fazer ao país.
Vamos lá a ver: vota-se contra o OE e depois? Vamos todos para a rua atirar cocktails molotovs uns contra os outros?
Sim, é preciso mudar as regras do jogo económico e financeiro mas isso não é coisa que um país possa fazer sozinho como se não estivéssemos numa rede global de interesses e influências. Como se vê pela Grécia. Puseram toda a União em alvoroço, é verdade, mas ao arrastarem a UE afundam-se também. O referendo que o Papandreu queria fazer, que a mim me parecia bem para vincular o povo às medidas tinha que ter sido anunciado e explicado aos parceiros e não podia ter sido atirado ao ar como uma espécie de desafio.
Nenhum país, neste momento, está em condições de poder sequer tentar resolver a sua situação sozinho, fora do âmbito da UE. A não ser que queiram dar um salto no abismo, mas para isso têm que perguntar ao povo...
A oposição, se quer ser construtiva e redimir-se um pouco da situação em que deixou o país podia sugerir modos de pressionar a UE a dar passos mais confiantes na resolução da crise, podia pôr os seus deputados no PE a trabalhar nesse sentido, podia apresentar alternativas que melhorassem o OE em pontos específicos. Negociar...?
Se não sabem fazer isso ou outra coisas qualquer construtiva, vão-se embora.
Contribuir para a mobilização das forças sociais para pressionar o poder a melhorar e para exercer os seus direitos e deveres de cidadania é um bom caminho. Mobilizar as forças sociais para a desintegração social, a destruturação autofágica é um caminho para multiplicar problemas, não para resolvê-los.
Foi uma espécie de camartelo. Vamos trabalhar mais, receber menos, pagar tudo mais caro e com menos descontos. Ou seja, vamos ser mais pobres. Os principais cortes são na saúde e na educação.
Hoje o Expresso traz um artigo com a evolução dos rendimentos de 15 políticos, antes de entrarem no governo e depois de terem de lá saído. Gente que andou pelos governos nestes últimos 15 anos: em média passam de ter 30.000 euros ao ano antes de entrarem para os governos para terem 600 mil euros ao ano depois de saídos dos governos. O mete-nojo nº 1 nem seuqer lá está porque ninguém sabe quanto dinheiro o homem tem.
No discurso só se ouviu cortes. Nada de estímulo ao crescimento da economia. Os sacrifícios serão para quê?
Está outro mete-nojo na TV a dizer que temos que estar á altura da situação: uns irrespons´veis gastaram e desperdiçaram a seu bel prazer e depois nós é que temos de estar à altura da situação.
José Pedro Aguiar-Branco afirmou hoje que "os socialistas não se podem ir embora sem explicar onde gastaram o dinheiro dos portugueses".
Com isto concordo. Não pode ser agarrarem no dinheiro que arrecadaram e irem sorrateiramente de férias á nossa custa (como o Corninhos) como se nada fosse.
Agora, também pergunto: onde estava a oposição enquanto os Sócrates, sucateiros, Varas, Silvas Pereiras, Penedos e Soares cresciam em ganância e poder? Só agora acordaram? O Soares hoje escreve que está com medo de insurreições. Ai está? Mas pensa que os hábitos de socialismo esquemático que instaurou no seu partido não têm nada a ver com isto?
Parece que o leite com chocolate também vai ter o IVA aumentado para 23% por ser considerado um produto de luxo dispensável. Em contrapartida o vinho continua com o IVA a 13%., se calhar por ser um produto de 1ª necessodade, nestes tempos em que é preciso esquecer o estado a que chegámos. Dizia-me hoje uma amiga que isso é uma maneira do governo dizer que os miúdos devem passar a levar para a escola daquelas embalagens pequenas de cartão de vinho tinto Porta da Ravessa...
É isto, e outras coisas como estas, que o Passos Coelho vai aprovar no OE.
Se tivesse cabeça e coragem não aprovava o documento que nos condena à pobreza. E não me venham dizer que era muito pior e que sou eu que não percebo nada de Economia, porque os que lá estão e os que pela Europa nos puseram neste estado não percebem mais do que eu, como se vê pelas consequências do que fizeram. E os da oposição também porque nestes anos todos pelos vistos nada viram ou perceberam do caminho que se estava a seguir... temos sido conduzidos por lobos, burros e cegos...e os da oposição há tanto tempo arredados da mangedoura...à fome...meu Deus! Nem quero pensar o que será quando lá chegarem...
Há alturas em que não se pode trabalhar dentro do sistema a aproveitá-lo porque já não há nada para aproveitar.
O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, ofereceu hoje a José Sócrates “um último esforço de concertação” para “criar as condições indispensáveis” para viabilizar o Orçamento do Estado de 2011. Pela abstenção.
Ao contrário do que se diz por aí, parece-me que o Passos Coelho sabe o que faz nesta questão do Orçamento. E fez o que é correcto. Aprova o OE mas não 'eyes wide shut': impôs condições que atenuam um bocadinho o efeito massacrante des PEC. Até podia ter ido mais longe porque o governo, depois de hipotecar o nosso futuro com a sua incompetência, irresponsabilidade e incúria não está em condições de impôr coisa alguma. Tipos que se enganam nas contas aos 400 milhóes, extinguem o que não existe...mostra bem como estão-se nas tintas para o país. Porque a maioria de nós aceita fazer sacrifícios para assegurar um futuro para os nossos filhos, penso. Agora o que não é aceitável é fazer esses sacrifícios para que nada mude.
O Sócrates, no dia em que tiver que abandonar o governo vai para Nova Iorque fazer companhia ao corninhos...cheira-me...que já assegurou um posto longe daqui para aquelas bandas.
O pedido solicita informação sobre “a atribuição e utilização de cartões de crédito e uso pessoal de telefones, móveis ou fixos”, e também “cópia dos documentos de processamento e pagamento das despesas de representação aos membros do actual Governo”, bem como “de subsídios de residência”.
A pretensão da ASJP deverá ser bem sucedida, já que o diploma em que se baseia estabelece que o acesso aos documentos administrativos ocorre “de acordo com os princípios da publicidade, da transparência, da igualdade, da justiça e da imparcialidade”.
A iniciativa é excelente! Espero é que, em nome da transparência mesma que invocam para consultar a documentação, divulguem depois ao resto dos mortais portugueses o que encontraram e não caia alguém na tentação de usar conhecimentos para negociar uma excepção para si próprios que carregue ainda mais aqueles de nós que não ganhamos salários da sua categoria. Melhor ainda, espero que isso sirva para denunciar todos os casos de eventuais abusos de políticos que impõem aos outros o que se excusam a si mesmos de cumprir.
Parece que o Sócrates faz o enorme favor de ir ao Parlamento discutir o seu Orçamento. Compreende-se. Afinal, ele não tem responsabilidade em nada....é a crise internacional e a oposição que não foi suficientemente optimista..
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