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Autores de língua Portuguesa que entram em Domínio Público em 2017 

 

publicado às 14:59


Expectativas aqui para a minha rua

por beatriz j a, em 15.11.16

 

 

A Câmara finalmente resolveu intervir aqui na minha rua e nos espaços (alguns) adjacentes. Quando vim morar para Setúbal esta zona era quase limítrofe e era muito verde, constituída por quintas. Depois o Mata Cáceres ganhou a Câmara durante 16 anos e entreteve-se a dar cabo da cidade a seu bel-prazer. Deixou que se construíssem prédios desenfreadamente, alguns com janelas a meio metro de outros... um horror que deixou para outros resolverem. Seja como for, esta zona ficou com terrenos baldios e com um quarteirão de casinhas minúsculas que pertenciam aos trabalhadores das fábricas de conversas, agora quase todas ao abandono.

Estão quase todas derrocadas há muitos anos, algumas são só entulho (devem ter ratos e bichos por todo o lado e são um perigo para a saúde pública) de modo que o aspecto, a juntar ao baldio que é uma montanha de areia (esta zona é arenosa e chega aqui a água do rio nas grandes marés cheias de inverno) e que com as chuvas se espalha pela rua e faz lama, fazia toda esta área parecer uma zona de guerra após um valente bombardeamento. A rua toda esburacada e a piorar ainda mais há aqui uma oficina de carros que espalha os carros pela rua e rouba o estacionamento aos moradores (para além de ter dois cães presos lá dentro que ladram a noite toda e não deixam dormir quem mora em frente).

Enfim, a presidente resolveu intervir aqui na zona. Estamos todos na expectativa porque já que estão a mexer era bom que não deixasem o trabalho inacabado, não acrescentassem construções prediais a uma área já tão castigada e desfeada nesse aspecto e que fizessem para aqui uns jardins no baldio e no sítio das casinhas ou qualquer coisa de espaço usável pela comunidade, para além de espaço de estacionamento que não existe - embora calcule que o quarteirão das casinhas deva ser uma complicação, um embróglio de proprietários.

Estamos na expectativa de ver a zona com ar decente. Esta presidente tem andado a melhorar os espaços públicos da cidade. É a primeira presidente da Câmara, desde que vim para aqui morar há muitos anos, que se preocupa com os espaços públicos e a qualidade de vida da população. Tem arranjado muita coisa e tem dado um outro dinamismo à cidade.

Estamos expectantes e todos os dias seguimos a obra com atenção e carinho. Mora aqui na rua um colega que é arquitecto. Todos os dias fazemos o ponto de situação do andamento da obra.

Senhora presidente, estamos de olhos postos em si 😀

 

 

 

publicado às 21:17


Algarve à portuguesa

por beatriz j a, em 12.08.15

 

 

 

Uma pessoa sai muito bem disposta de casa de manhã para ir para a praia e quando chega ao sapal dá de caras com uma retro-escavadora no [agora] estreito acesso à pontezinha a atirar areia para cima dos veraneantes numas obras patéticas que os algarvios não podem fazer na época baixa não vá dar-lhes cabo do estilo, calculo. O acesso em empedrado!!! Uma faixa de calçada lisboeta no meio do sapal.. alguém que é primo de alguém que é amigo de alguém da Câmara Municipal tem uma pedras a mais para despachar e uns dinheirinhos para ganhar...??? De um lado e de outro baias de estábulo americano afunilam-nos qual encaminhamento de manada de bois... Isto no Parque Natural... no meio do sapal... só não ponho aqui umas fotografias para não estragar o almoço a alguém que aqui venha inadvertidamente 'flanar'.

 

 

publicado às 14:42

 

 

 

... e amantes dos livros e da literatura. Agora, em muitos casos, são meros negócios, como as batatas. Se não se vendeu a produção do ano deita-se fora. É no que dá a ideia de tudo ser um negócio e de se entregar tudo a gestores indiferenciados. Dantes certos serviços e áreas estavam sempre nas mãos de especialistas dessa área e não do mero negócio. Faz toda a diferença na qualidade dos serviços prestados.

Leya acusada de destruição de edições históricas

Dezenas de milhar de livros da autoria de Jorge de Sena, Eugénio de Andrade, Eduardo Lourenço e Vasco Graça Moura, publicados pela ASA ao longo da última década, foram destruídos recentemente pelo Grupo Leya. Inclusive, o "abate" de duas das obras poderá implicar a existência de ilegalidade.
 

Ainda segundo o actual responsável da editora e livraria Modo de Ler, a medida "é um acto anticultural gravíssimo" e poderia ter sido evitada se a Leya tivesse seguido a sua sugestão de oferecer os livros em causa a escolas, hospitais ou prisões".

Além de suspeitar que "vários dos autores afectados por essa medida não foram sequer informados", Cruz Santos aponta ainda a ironia de o Grupo Leya, na sequência da falência da Quasi, estar agora a ponderar editar os livros de Eugénio de Andrade, após ter ordenado a destruição de centenas de exemplares de obras do poeta falecido em 2004.

 

 

publicado às 05:59


Trabalhar para a derrapagem

por beatriz j a, em 19.04.12

 

 

 

 

Hoje resolveu-se o mistério do levantamento do chão (pela 2ª vez) do pátio da escola. Uma aluna cujo pai trabalha na obra disse-me que o pai lhe disse que em vez de usarem duas sacas (não sei se por m2) usaram só uma saca e meia (daquela mistura de cimento e brita) de modo que assim que caiu uma chuvinha o chão começou a levantar todo - por estar demasiado fino- e estão a refazê-lo...

 

Também soube que os colegas que dão aulas nos laboratórios tinham mandado fazer, cada um, uma cópia da chave para terem sempre os laboratórios fechados à chave. Um dia chegaram à escola e tinham mudado os canhões de todas as fechaduras de modo que as chaves que tinham mandado fazer agora não servem para nada...

 

publicado às 12:50


Parque Escolar

por beatriz j a, em 11.03.12

 

 

 

 

Escolas de luxo com deficiências

Escolas com materiais de luxo, mas com deficiências de construção e consumos energéticos elevados são o resultado das obras, onde a Parque Escolar gastou 15,45 milhões de euros por escola, quando o custo estimado era de 2,82 milhões.

 

 

O que se passou para que cada escola custasse tanto, não sei. Nem sei como ficaram a maioria das escolas. Só posso falar da minha, que foi requalificada e está em fase de acabamento - já só está um bloco de sala de aulas e a zona do campo de jogos em obras e, de resto, andam a arranjar aquelas pequenas coisas que sobram sempre no fim das obras. 

A obra custou muito mais que 2.82 milhões. Está no cartaz da obra, à entrada da escola, o custo total da obra, que foram cerca de 13 milhões. Não sei o valor da derrapagem mas espero que este valor dê para comprar equipamento novo -mesas e cadeiras- porque o antigo que ainda usamos está completamente podre. As cadeiras são anti-ergonómicas...

A obra foi grande. Os blocos de aulas, construídos meia dúzia de anos após o 25 de Abril com materiais de segunda qualidade e algumas estruturas feitas pelos Encarregados de Educação (porque na altura não havia dinheiro), como a instalação elétrica, por exemplo, passados poucos anos da inauguração estavam já em estado de grande degradação com rachas nas paredes, infiltrações, portas e janelas que já não fechavam.... a construção era de modo a aumentar o ruído nos blocos de aulas, o bar era minúsculo, não cabia lá ninguém, as instalações sanitárias já absolutamente nojentas e feitas a pensar em pessoas muito pequenas e baixinhas...etc.

Esta obra foi grande. O espaço da escola é enorme (de longe, a escola com maior terreno em Setúbal, ocupa praticamente um quarteirão inteiro e tinha cerca de 400 árvores...) e dos blocos antigos, um que que já nem se utilizava devido ao perigo de ruir, pouco se aproveitou. A canalização, por exemplo, que estava toda podre e com problemas devido às raízes das árvores, é toda nova.

Onde antes tínhamos dois blocos de salas de aula manifestamente insuficientes, de tal modo que havia aulas a funcionar em espaços que eram de pequenos gabinetes ou arrecadações, agora temos quatro, sendo um deles só de laboratórios. Temos ainda um bloco com as valências da Mediateca, sala de estudo, sala de professores, Direcção, D.T, refeitório etc., muito bom. Construíram balneários (só havia um já sem azulejos e com infiltrações), mexeram no chão e no tecto do ginásio, construíram uma sala só para a ginástica (dantes só cabiam duas turmas no ginásio e se uma estivesse a jogar a outra não podia fazer ginástica). Dantes não havia uma sala para atender os pais e era tudo falado em frente de toda a gente, assim como não havia uma sala para atender alunos e era na sala do Gabinete Disciplinar que tudo se fazia. Os funcionários não tinham sala, a sala deles era a arrecadação, não havia um auditório, quando chovia passávamos o dia encharcados porque não havia ligação entre os blocos (agora construíram umas passagens cobertas entre os blocos), o chão estava de tal ordem que todos os anos havia bastantes quedas com entorses, fracturas, dentes partidos, etc., etc.

Os materiais são sóbrios e de baixa manutenção -não requerem pintura nem o chão requer nenhum tipo de tratamento especial. Varrer e passar esfregona. As salas têm vidros duplos e janelas viradas a sul. Mesmo nestes dias de muito frio estava-se bem dentro das salas e nem é preciso acender as luzes porque entra imensa luz pelas janelas (só há meia dúzia de salas num dos blocos novos que têm as janelas viradas a norte com menos luz). Falta fazer o teste do calor e, sobretudo, o teste da chuva. O do frio passa. Apesar de estar toda climatizada ainda não se ligou um único aparelho de ar condicionado porque o reforço das paredes e os vidros duplos isolam bem do exterior.

Não se ouve ruídos dentro das salas e isso faz uma diferença abissal no comportamento das turmas e no rendimento da aula.

Já ouvi uma ou outra queixa - os colegas de artes, que estão nas tais salas com janelas viradas a Norte, acham que as salas têm pouca luz natural. Na sala de aulas que fica mesmo à entrada do bloco ouve-se a porta de entrada no bloco a bater das entradas e saídas. Foram as únicas queixas que ouvi até agora. Pessoalmente só acho que a entrada da escola devia ter árvores de sombra (não sei porque tiraram os dois choupos que ali estavam) e canteiros de flores porque no verão vai ser uma espécie de eira ao sol e porque tem um ar de prisão com aqueles gradeamentos à volta dum terreiro de cimento. Depois, estou curiosa em saber o que vão fazer ao espaço de campo que a escola tem que é imenso. Espero que o deixem ser campo e não lhe ponham relva e parvoíces. A natureza ali é bonita e diversificada e não precisa de arranjos e os alunos gostavam de ir passear por ali nos intervalos, o que acho muito bom, quer dizer, estar na cidade e, apesar disso, ter experiência e contacto com a natureza campestre. A escola antiga tinha um enorme roseiral com rosas lindas que neste momento estão em vasos. Espero que as ponham no chão...

No geral, a escola está excelente e todos os dias nos damos conta disso. Bem sei que está nova e com o tempo é que se vai ver a qualidade das coisas, mas está muito simples, sóbria, ampla e com materiais robustos de modo que ... looks good :)

Por isso, volto a dizer, não sei como estão as outras escolas intervencionadas. Talvez isso dependa da construtora contratada, talvez dependa da fiscalização das obras... não sei... sei que esta está a ficar muito boa.

A educação também se faz com, e pelo espaço. Esta escola serve uma zona relativamente pobre. É importante que os alunos, que passam grande parte do dia na escola, estejam inseridos num espaço que eduque os hábitos, as atitudes, a imaginação, a cidadania, etc.

Ora, esta escola é agora um espaço limpo (nenhum aluno ainda sujou a escola, onde antes as paredes -da escola e das salas de aulas- estavam cheias de frases parvas e riscos, agora estão absolutamente limpas), têm privacidade de modo que respeitam a dos outros, têm a noção da diferente função dos espaços (com uma exceção, mas que não é culpa do espaço): convívio, estudo, etc.



publicado às 12:23

 

 

 


A inspecção foi lá à minha escola, inspeccionar a obra. Então, descobriu que não tinham mudado os canos: estão a fazer a nova escola sobre os canos  antigos. Treze milhões e não sei quantos mil euros mas ninguém se lembrou de mudar a canalização que tem 30 anos... resultado, vão ter que partir o que já está feito para mudar a canalização... querem ver que agora os treze milhões não vão chegar?

 

publicado às 14:00


condições de trabalho

por beatriz j a, em 25.05.11

 

 

 

As condições de trabalho na minha escola degradaram-se drasticamente esta semana por causa das obras. Vão desfazendo ou invadindo os blocos sem levarem em conta nem acautelarem condições de higiene básicas para a quantidade de pessoas da escola. Os professores deixaram de ter casa de banho...

Para além de não haver agora sítio para fazer uma apresentação, uma conferência ou até uma exposição de trabalhos de alunos de modo que muitos projectos acabam por abortar.

Para ajudar hoje caí. Ia carregadíssima, desequilibrei-em e a gravidade fez o resto. Agora tenho um buraco no joelho...

Quando penso que vai durar mais um ano ou dois, o trabalho nestas condições...

 

publicado às 16:12


parque escolar via Manuel Galrinho

por beatriz j a, em 14.05.11

 

 

 

 

publicado às 14:03


a escola em obras

por beatriz j a, em 16.03.11

 

 

 

Hoje levei a máquina fotográfica para tirar umas fotografias a uns cartazes que os alunos fizeram e aproveitei para tirar umas à obra e aos contentores.

 

 

onde era o laguinho e a buganvílea

 

 

o sítio do quiosque a olhar para o refeitório

 

 

o gabinete de filosofia esventrado - duas paredes (amarelas) ainda em pé

 

 

os contentores...oops...monoblocos, no campo de jogos

 

publicado às 13:41


a vida nos contentores...

por beatriz j a, em 01.03.11

 

 

 

Cada contentor tem dois aparelhos de ar condicionado! Sim, dois! Claramente aquelas caixas de alumínio são fornos onde vamos esturrar no Verão!

 

publicado às 14:37

 

 

 

 

publicado às 07:15


despedidas

por beatriz j a, em 25.02.11

 

 

 

 

Hoje é dia de despedida da escola como está. Ontem já me despedi de algumas salas e vistas. Segunda passamos a entrar pelo portão do campo de jogos, que fica no extremo oposto deste, onde estão os contentores. Os contentores só têm quadros brancos. Ontem as canetas já estavam esgotadas. Diz-se que o quadro da escola não aguenta o ar condicionado dos contentores. Espero que seja só boato porque senão vamos morrer ali no verão...

 

publicado às 08:17


ouvido há bocado no Tasco

por beatriz j a, em 08.02.11

 

 

 

Os contentores da escola Sebastião da Gama não têm mau aspecto.

 

(LOOL, só que não são contentores, são os blocos de salas de aulas já acabados)

publicado às 00:21


obras na escola: barracadas

por beatriz j a, em 25.01.11

 

 

 

Depois da Parque Escolar ter feito uma apresentação muito formal à escola com maquetes e mapas sobre as obras, com montes de engenheiros e arquitectos a  justificar isto e aquilo, nomeadamente as razões da obra ser feita duma vez só e não faseada como inicialmente se previa, ontem ao fim da tarde a Mota-Engil mandou um mail sumário à escola a dizer que a obra, por questões economicistas vai ser feita por fases: Um Bloco de Salas de cada vez...

Ou seja: a Sala de Estudo e a Mediateca vão ficar a funcionar onde estão porque fazem parte do último Bloco que vai para obras - já estava tudo encaixotado...o mapa de sala de aulas nos contentores que já estava feito...vai ter que ser todo refeito...vamos andar a correr do campo de jogos, onde vão ser postos os contentores (não devemos chamar-lhes contentores mas monoblocos climatizados...lol) para as salas do Bloco da Mediateca que ficam na outra ponta do terreno....as obras em vez do ano e meio previsto vão durar o dobro, três anos (cinco anos é a minha aposta). Calculo que estejam numa de usar a mesma equipa de trabalhadores para dez obras ao mesmo tempo...

 

publicado às 13:31

 

 

 

 

Vão montar mais de 50 contentores na escola para fazer toda a obra de uma vez só ao contrário do que inicialmente se anunciou, isto é, que a obra seria fazeada a um bloco de salas de aula de cada vez. Os contentores vão ter dois andares e um deles é um T3 (?).

Dizem que a obra vai demorar um ano e meio (ou seja, três..que isto de obras tem de se contar sempre com o dobro do tempo). Quem vai fazer a nossa obra é a Mota-Engil: dizem que isso é bom, que pelo menos esses não deixam as escolas com paredes de papel e infiltrações por todo o lado. A ver vamos, porque a apresentação do projecto a toda a escola é só daqui a duas semanas.

Vai ser lindo, aulas com poeirada, lama e barulho de martelos pneumáticos durante dois ou três anos.

Ando a despedir-me do jardim porque já o dei como perdido. Gostava de estar redondamente enganada nisto.

publicado às 19:15


o país a cair aos pedaços...

por beatriz j a, em 27.08.10

 

 

 

Encerramento da ponte de Constância deixa alunos e professores do outro lado

A directora do Agrupamento de Escolas de Constância afirmou à Agência Lusa que são cerca de 100 os alunos, auxiliares de acção educativa e professores que "estão retidos" na freguesia de Santa Margarida, na margem sul, "sem ponte para atravessar, sem saber como e quando surgem soluções e sem condições de segurança que permitam pensar em atravessar o rio Tejo durante o Inverno", para poder aceder à escola sede.

A ponte de duplo tabuleiro, que liga os concelhos de Constância e Vila Nova da Barquinha por rodovia e ferrovia, foi encerrada a todo o tráfego rodoviário a 20 de Julho na sequência de uma inspecção realizada pela Refer.

A Refer detectou "riscos de segurança associados à degradação estrutural por falta de adequadas intervenções de manutenção", o que originou um corte ao meio do concelho, que vê as suas freguesias separadas pelo rio.

Contactado pela Lusa, o Ministério das Obras Públicas informou que está a acompanhar a situação, mantendo reuniões para encontrar "soluções" com as duas autarquias envolvidas (Constância e Vila Nova da Barquinha), a Estradas de Portugal e a Refer, proprietária da infra-estrutura.

 

 

...pontes, escolas, palácios, igrejas, monumentos...mas cheio de estádios de futebol novinhos em folha... O ministério das Obras Públicas bem podia chamar-se das Obras estúpidas...

 


publicado às 15:19


Escolas novas? Humm...duvido muito.

por beatriz j a, em 19.09.09

 

 

Factura energética
ME vai dar mais dinheiro aos estabelecimentos transformados 
19.09.2009 - 09h44 Clara Viana

Os orçamentos das escolas que estão a ser transformadas no âmbito do chamado Programa de Modernização do Parque Escolar "serão reforçados" para fazer face às novas exigências funcionais dos edifícios, anunciou o Ministério da Educação, em resposta a questões do PÚBLICO.

 

Ou seja, quem planeou e projectou estas novas escolas não se lembrou do aspecto funcional, ou não houve da parte do ministério da educação uma lista de condicionantes prévias, pois em vez de se pensarem as coisas para custos de manutenção razoáveis, fizeram-nas como se, no futuro, houvesse dinheiro a rodos para pagar facturas exorbitantes de electricidade, gás, etc. Não são centenas de euros, são milhões!

 

No ano lectivo de 2008/2009, a Escola Secundária Serafim Leite - a par da escola André Gouveia, em Évora - foi a primeira a concluir a fase inicial do Plano Tecnológico da Educação. Recebeu para o efeito um investimento de meio milhão de euros, parte do qual foi aplicada em equipamento tecnológico para as 44 salas de aulas da escola: 20 dessas salas passaram a ter quadros interactivos e 24 receberam videoprojectores.

O caso mais evidente é o "acréscimo nos custos de utilização" dos novos equipamentos: "Havendo um videoprojector em cada sala e, em alturas de pico de horário, cerca de 400 computadores ligados em simultâneo, o consumo de energia eléctrica aumentou consideravelmente". (Público)

 

Sabendo nós do que a casa gasta, isto é, da pouca vontade que os governos têm em dar um tostão que seja para as escolas, ou as obras de recuperação vão ser adiadas depois das eleições, ou os edifícios serão desaproveitados por não haver dinheiro para fazer face às despesas correntes como acontece nos hospitais que têm infraestruturas e maquinaria nova, tudo embalado ainda nos plásticos, por não haver dinheiro para os pôr a funcionar.

Ou, deixam-se duas ou três escolas impecáveis para servirem de cenário para os governantes visitarem sempre que precisarem de propaganda positiva.

 

 

publicado às 10:38


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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