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... num negócio duvidoso a uma firma duvidosa versus a recusa em pagar o que nos deve, a nós professores que já prestámos, e bem, o serviço que nos cabia fazer. Não há falta de dinhero mas está reservado para negociatas, bancos e primos.

É preciso pôr estes falsos de duas caras a andar. 

 

65 milhões para ter helicópteros e aviões nos incêndios

O resultado é que o Estado irá pagar um total de 65,7 milhões de euros dos 80,22 inicialmente previstos, 52,9 milhões só à Helibravo. O concurso pode vir a ser impugnado.

(...) A Helibravo, que tem de fornecer assim 30 helicópteros, não os tem e os concorrentes questionaram dois pontos: a concentração numa só empresa; e o facto de a empresa não ter tantos helicópteros e ter de os subcontratar, uma situação comum, mas tendo em conta a quantidade, era posta em causa a capacidade de operação dos meios aéreos. De acordo com informações do sector, e como o PÚBLICO tinha avançado, a Helibravo deverá ter um acordo com a empresa espanhola Faasa, que está a ser investigada em Espanha por prática de cartelização e os concorrentes consideravam que a empresa tinha prestado “falsas declarações” por omitir este acordo.

 

publicado às 16:19

 

 

... para ter mais um porto de águas profundas a 100 km do que já existe em Sines? Que negociata é esta e quem vai lucrar com isto à custa da destruição da costa da Arrábida e das praias da população? Desde quando a administração de um porto é dona e proprietária do território para fazer o que lhe apetece, mesmo contra a vontade das populações? E onde foram contratar os da Agência do Ambiente que permitem tudo e mais alguma coisa desde furos de petróleo a dragagens a poluição no Tejo? 

 

 

publicado às 07:57

 

 

A Constituição está ferida de morte

Paulo de Morais

É infindável o rol de artigos da Constituição que já ninguém respeita.

O incumprimento dos princípios constitucionais é hoje regra: o regime já não respeita o princípio da separação dos poderes, esquece a proporcionalidade do sistema eleitoral ou até o princípio de redistribuição a que se deveriam submeter todas as Leis fiscais.

 

Em matéria de legislação fiscal, o desrespeito pela CRP é recorrente. Esta, no seu artigo 104.º, determina que “a tributação do património deve contribuir para a igualdade entre cidadãos”. Mas uma família que adquira um T2 é mais penalizada em termos de impostos do que um promotor imobiliário que, detendo centenas de propriedades em nome de um fundo de investimento imobiliário, beneficie de isenções de IMI ou IMT. O mesmo artigo estabelece a oneração de consumos de luxo, mas a estadia num hotel de cinco estrelas é tributada com IVA a 6%, enquanto o consumo desse bem essencial que é a electricidade o é a 23%, mesmo para as famílias mais humildes. Reza ainda o artigo que “a tributação das empresas incide sobre o seu rendimento real”; mas uma empresa que consolide os seus lucros numa Sociedade Gestora de Participações Sociais paga, em termos relativos, muito menos impostos do que uma pequena empresa familiar. Assim, com as maiores empresas e os maiores proprietários a pagar menos impostos – e com os bens de luxo a serem desonerados –, a redistribuição fiscal faz-se ao contrário e contribui para o agravamento das desigualdades.

 

Outra inconstitucionalidade grave decorre da legislação eleitoral. Rezam os artigos 149.º e 288.º da CRP que os partidos devem ter uma proporção de deputados equivalente ao número de votos. Mas tal não acontece. Os deputados da coligação PSD/PP foram, na última eleição de 2015, eleitos com apenas 20 mil votos cada; mas já o Bloco de Esquerda precisou de 30 mil. E o único deputado do PAN necessitou mesmo de 75 mil votos para a sua eleição, quase quatro vezes mais do que os deputados socialistas. Há partidos que, apesar de terem muitos mais votos do que os 20 mil que elegeram os deputados da coligação de direita, não estão representados no Parlamento. Se fosse respeitada a Constituição, a geografia parlamentar seria distinta: partidos como o Livre ou o MPT teriam assento parlamentar. E teriam ficado de fora alguns dos deputados do PSD, PS e CDS que, apesar de não terem legitimidade eleitoral, se mantêm indevidamente no Parlamento, porque pertencem aos partidos que dominam o sistema.

 

O poder legislativo foi desviado do Parlamento para as grandes sociedades de advogados, às quais sucessivos governos têm encomendado a elaboração das Leis com maior relevância económica. Aquelas firmas, tendo por prioridade os seus clientes, tecem a malha legislativa em função dos interesses dos grupos económicos a que estão vinculados. E, assim, temos hoje sociedades de advogados que vão aos tribunais litigar com base em documentos legislativos que eles próprios produziram. Intervêm simultaneamente nas esferas do poder legislativo e judicial, misturando-os.

 

Por outro lado, os tribunais, tutelados pelo Ministério da Justiça, não são verdadeiramente autónomos face ao poder executivo. Não dispõem de autonomia financeira, nem tão pouco de independência organizacional. É, aliás, o Governo que controla a plataforma informática de gestão dos processos judiciais, o “Citius”.

 

E nem mesmo os deputados no Parlamento respeitam a CRP. Nos termos do artigo 155.º, estes devem “exercem livremente o seu mandato”; mas, ao submeterem-se a uma disciplina partidária que cerceia a sua liberdade, incorrem em mais uma inconstitucionalidade patente.

 

A Constituição está pois ferida de morte. E mesmo aquele que mais a deveria defender... abandona-a. O Presidente da República, nos termos do artigo 127.º, jurou no seu acto de posse “cumprir e fazer cumprir a CRP”. Ao incumprir este juramento, Marcelo Rebelo de Sousa é o primeiro transgressor da Constituição.

 

publicado às 06:53

 

O tamanho importa

António Rodrigues

 

publicado às 05:29


Democracia PS

por beatriz j a, em 25.05.16

 

 

Segurança Social recusa divulgar contas de IPSS que têm de estar na Net

Todas as empresas são obrigadas a tornar públicas as suas contas. As Instituições Particulares de Solidariedade Social são obrigadas a publicá-las nos seus sites, mas a tutela diz que elas são “confidenciais”.

 

 

 

publicado às 12:25


Barraqueiro ou barracada...?

por beatriz j a, em 24.03.16

 

 

Barraqueiro fica na Metro do Porto por mais dois anos sem concurso público

A Metro do Porto decidiu prolongar por mais dois anos o contrato de gestão integral daquela rede de metro à ViaPorto (do grupo Barraqueiro), tendo subido o valor a pagar de 34 para 35 milhões de euros anuais.

Fonte oficial da empresa explicou ao PÚBLICO que o contrato em vigor – que resulta de sucessivos aditamentos desde finais de 2014 – terminava a 31 de Março, tornando-se necessário prolongá-lo para dar tempo ao lançamento de uma parceria público-privada (PPP), a fim de, através de concurso público, escolher um novo concessionário.

O Governo anterior tinha decidido, após concurso público, atribuir a concessão do Metro do Porto à Transdev, mas o actual executivo reverteu essa decisão e optou agora por um novo concurso.

 

Deixa ver se percebo: houve concurso público, alguém ganhou-o, a seguir o novo governo anulou-o para pagar mais dinheiro do que se pagava, fazer o favor a um tal Barraqueiro de o manter no cargo sem concurso e a seguir criar mais uma PPP? Dêem-me o meu dinheiro de volta, se faz favor.

 

 

publicado às 07:31


O Socas belga

por beatriz j a, em 11.07.15

 

 

 

Verhofstadt faz parte da administração de um fundo belga bilionário chamado Sofina (Société Financière de Transports et d’Entreprises Industrielles). Este fundo detém participações em empresas ligadas às telecomunicações, banca e seguros, energia e distribuição.

 

 

Uma dessas empresas é a GDF Suez, onde o fundo tem assento na administração, e que participou num dos consórcios para a privatização da rede de água de Salónica, uma das imposições do memorando da troika que foi derrotada pela população num referendo local.

O consórcio tinha como parceiro local a empresa Ellaktor, propriedade de uma das famílias de oligarcas gregos, que domina os negócios da construção, autoestradas e tratamento de lixo. A família liderada por George Bobolas detém também a maior estação de tv privada grega, a Mega TV, que se distinguiu na campanha de terror para dar força ao “Sim” no referendo. O canal de Bobolas vê agora alguns jornalistas serem alvo de processos disciplinares por desinformarem e mentirem aos telespetadores, que reagiram indignados e inundaram o sindicato e o Ministério Público com denúncias.

O mesmo grupo detém também o popular jornal Ethnos e outras publicações na Grécia. O filho de Bobolas, Leonidas, é o administrador da Ellaktor e foi detido há alguns meses por fuga ao fisco, acabando por ser libertado horas depois, após pagar os impostos devidos sobre o dinheiro não declarado.

 

 Não admira que ele seja a favor de privatizações, despedimentos e mais o que for que permita estas ilegalidades. Enquanto administrador do grupo tem certos interesses e depois vai para o PE votar com isenção e a pensar no bem geral...? Lol 

publicado às 12:35

 

 

 

CM Lisboa quer aprovar nova proposta que favorece o Grupo Espírito Santo

 

O vereador Manuel Salgado [primo de Ricardo Salgado] propôs na reunião do executivo atribuir direitos de construção da ordem dos 91 mil m2, num terreno na zona da Expo, a uma empresa dependente da Rioforte, do Grupo Espírito Santo. Autarquia tem vindo a aprovar propostas que servem os interesses do GES.

 

 

publicado às 10:34


SSDC

por beatriz j a, em 02.10.14

 

The rise of the 'passport professor' - Exodus of Ph.D.s

.

Falta de empregos leva pessoas com excelente (e cara) formação académica a emigrar. Só que, ao contrário do que acontece aqui no rectângulo, nos EUA, trabalhar uns anos fora equivale a um downgrade profissional. As universidades tornaram-se um negócio que cria dinâmicas absurdas (porque impõem pseudo padrões de qualidade com o propósito de assegurar lucros) e que têm pouco a ver com educação de modo que cada vez mais os estudantes vêem a licenciatura como um mero negócio.

 

 

publicado às 03:40

 

 

 

suecos-decepcionados-com-sistema-de-educacao

 

Nenhum outro país europeu confiou uma fatia tão grande da educação dos seus filhos a empresas privadas como a Suécia. No entanto, à medida que o número de ‘friskola’ aumentava, a confiança da Suécia nas escolas com fins lucrativos diminuía.

 

Jonas Sjöstedt, líder do Partido da Esquerda e potencial parceiro de coligação num futuro governo de centro-esquerda, resume a decepção da opinião pública: “Os suecos acreditavam que a desregulação era a solução para tudo, da gestão dos caminhos-de-ferro à educação dos filhos, mas isso acabou. Há partes da nossa vida que que o mercado não pode preencher”. E aponta o dedo às organizações com fins lucrativos, considerando-as responsáveis pela crise que se abateu sobre o país – a que os suecos chamam “o choque de Pisa”. “Não estão nisto por gostarem dos miúdos ou por estarem interessados na educação. Estão nisto porque querem fazer dinheiro rapidamente.”

 

A pretexto de se defender a liberdade de escolha acabou-se com a liberdade: as escolas são um negócio, o ensino submete-se à lógica do lucro ou, no caso português, à lógica partidária. As escolas pobres têm que competir com as ricas: tornam-se guetos. Quem ganha? Meia dúzia de pessoas que têm acesso às escolas ricas. Quem perde: todos nós que sofremos o impacto duma sociedade cada vez mais desequilibrada e extremada entre ricos e pobres, como se nos pudéssemos dar ao luxo de prescindir do potencial da maior parte dos jovens da sociedade...

 

 

publicado às 12:21


Não sei se me ofenda se ria...

por beatriz j a, em 22.07.14

 

 

 

Dada a minha proverbial falta de jeito para realizar dinheiro, transformar seja o que for em dinheiro ou ter faro ou lá o que seja essa cena para o negócio (a única vez que fiz imenso dinheiro foi numa feira de livros a vendê-los...), um amigo meu, muito contrário a esta natureza, quando está indeciso sobre um caminho a seguir, às vezes pede-me opinião, 'Olha lá, Beatriz, se tivesses que escolher entre tal e tal, o que farias? Se lhe digo que me parece melhor ir pelo caminho 'A' ele apressa-se a ir pelo 'B'... é como se eu tivesse um letreiro na testa a dizer, 'totó'. Não sei se me ofenda se ria... mas lá que tem graça, tem...

 

 

publicado às 19:39


É a nova moda nacional

por beatriz j a, em 16.02.14

 

 

 

... ninguém ouve ninguém; são todos chefes, logo, não precisam, nem querem ouvir ninguém... porque o chefe, assim que se torna chefe, é tocado pela infalibilidade divina...  e o país está neste estado, mas nem mesmo face às evidências de mau trabalho (maus resultados) mudam os discursos e as práticas...

 

 

No novo site do Conselho das Escolas fica a informação que esse órgão nunca foi ouvido sobre a nova portaria de autonomia das escolas, conforme consta do preâmbulo da nova portaria.

 

Nota Informativa N.º 2

 

publicado às 08:19


🐸 Traficâncias

por beatriz j a, em 21.01.14

 

 

Colégios GPS alvos de buscas por suspeita de corrupção

O Grupo GPS é presidido pelo ex-deputado socialista António Calvete e conta com vários ex-governantes, tanto do PS como do PSD

 

 

A Polícia Judiciária está a efetuar cerca de duas dezenas de buscas em vários colégios privados daquele grupo, disse à Lusa fonte ligada ao processo.

A mesma fonte indicou que as buscas estão a ser realizadas no âmbito de um processo-crime aberto pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de (DIAP) Lisboa por alegada apropriação ilícita de verbas transferidas pelo Estado no âmbito dos contratos de associação.

O conselho de administração do grupo GPS é presidido por António Jorge Calvete, que foi deputado socialista de 1999 a 2002, eleito pelo círculo de Leiria.

A notícia das buscas aos colégios do grupo privado foi esta manhã avançada pela TVI.

 

 

publicado às 16:46


🐸 Dimitiu-se porque foi tornado público...

por beatriz j a, em 16.01.14

 

 

 

As promiscuidades da política com os negócios...

.

Chefe de gabinete de Miguel Macedo demite-se por causa de contrato com ARS de Lisboa

.

Rita Abreu Lima, chefe de gabinete de ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, pediu a demissão depois de ser conhecido o contrato para assessoria entre a empresa que tem com Miguel Oliveira e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. O contrato, no valor de 74 mil euros, foi feito por ajuste directo.

Criada pelo ex-presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) Miguel Oliveira, a empresa POP Saúde – Planeamento, Organização e Prestação de Cuidados de Saúde tem como sócia a sua mulher, Rita Abreu Lima, que era chefe do gabinete do ministro da Administração Interna desde 2011.

 

 

publicado às 19:45


need I say more?

por beatriz j a, em 12.12.13

 

 

Goldman Sachs compra 4,998% dos CTT e Deutsche Bank 2,04%

Uma empresa que nos prejudicou imenso e teve grandes responsabilidades na crise em que nos encontramos veio a Portugal aos saldos das grandes marcas... 



publicado às 13:37


o negócio da educação

por beatriz j a, em 29.08.13

 

 

Every aspect of higher education has been corrupted by monopolies, cartels, and other predators. A scandal, sure, but so predictable...more»

 

...

 

The truth is that rip-offs like this abound in academia—that virtually every aspect of the higher-ed dream has been colonized by monopolies, cartels, and other unrestrained predators—that the charmingly naive American student is in fact a cash cow, and everyone has got a scheme for slicing off a porterhouse or two.

 

...

 

And we’re not even going to start with the test-fraud industry, which is apparently booming as well, as cases of mass cheating surface at Harvard, at prestigious Stuyvesant High, at the benchmark-crazy Atlanta Public Schools, and in South Korea, where SATs for the entire country had to be cancelled a few months back.

 

...

 

And lastly, consider the many universities that have raised their tuition to extravagant levels for no reason at all except to take advantage of the quaint American folk belief that price tags indicate quality.

 

...

 

It is all so wonderfully circular, is it not? We know college degrees make us affluent because affluent people have college degrees; and we also know that we must spend lots of money on college—signing up for a life of debt, essentially—because we believe status signifiers like college ought to be fantastically expensive. Think about it this way for long enough and you start to suspect that maybe those fancy stickers you put in your rear window are what education is all about, the distilled essence of the whole thing.

 

...

 

Political scientist Benjamin Ginsberg tells the sorry tale in his 2011 book, The Fall of the Faculty. Back in the day, Ginsberg tells us, American universities were governed by professors, who would take time out from their academic careers to manage the institution’s business affairs. Today, however, the business side of the university has been captured by a class of professionals who have nothing to do with the pedagogical enterprise itself.

 

...

 

Naturally, an ugly new class conflict has begun to play out amidst the leafy groves. Administrators, it seems, have understood that the fortunes of their cohort are directly opposed to those of the faculty. One group’s well-being comes at the expense of the other, and vice versa. And so, according to Ginsberg, the administrators work constantly to expand their own numbers, to replace professors with adjuncts, to subject professors to petty humiliations, to interfere in faculty hiring, to distill the professors’ expertise down to something that can be measured by a standardized test.

 

...

 

Ours is the generation that stood by gawking while a handful of parasites and billionaires smashed it for their own benefit.

 

publicado às 07:33


educar

por beatriz j a, em 28.08.13

 

 

 

 

Estava mesmo agora a ver uma entrevista, na CNN, a Salman Khan, fundador da Khan Academy, uma empresa que começou por disponibilizar vídeos online de ajuda ao estudo da Matemática e que quer agora substituir-se aos professores, em todas as disciplinas. Uma iniciativa muito interessante como recurso para todos que não podem, ou não têm dinheiro, para frequentar uma escola, seja por estarem em países pobres como por estarem em países onde a educação não é universal mas que não tem o mérito da interacção com um professor presente, capaz de se aperceber das potencialidades e dificuldades de um estudante, de o desafiar, motivar, etc.

 

A entrevistadora perguntava-lhe, 'Mas não acha que as aulas com um professor presente, que inspire e até se torne um mentor são outra coisa?'. Resposta dele, 'isso era dantes mas como agora as turmas são enormes, os professores não têm tempo de interagir com os alunos, de modo que, se atingirem uns dez por cento, é uma sorte, enquanto que com os nossos vídeos todos os estudantes sentem ter um mentor só para si.'

 

Achei demais esta argumentação porque o que ela implicitamente diz é que, tendo em conta que as políticas de educação não permitem que os professores exerçam a sua profissão, dado o número de alunos por turma, então qualquer coisa serve e, até é melhor ter aulas em frente a um pc que estar perdido em turmas gigantescas, com regras e programas tão apertados que o professor não tem tempo nem oportunidade de ser professor e torna-se uma espécie de palestrante que treina alunos para exames.

 

A degradação da educação, como se vê, é, infelizmente, universal. É certo que a internet é um recurso extraordinário. Por exemplo, antes de ir a S. Petersburgo já tinha visitado o Hermitage na internet. Isso é extraordinário para quem não tem oportunidade de ir lá. Agora, o contacto, via digital, com as obras, está a séculos de distância da comunicção directa entre nós e as obras, por muito bons que sejam os sites ou os livros de arte! E mais, podia ter andado na cidade e no museu apenas tendo lido sobre a cidade e o museu na internet, como aliás fiz. No entanto, o facto de ter tido uma guia profissional -por sinal excelente- numa das visitas ao museu e nas visitas a sítios e palácios da cidade valorizou imenso a viagem. Não apenas porque fornece explicação e contexto ao que estamos a ver mas também porque se apercebe dos interesses particulares das pessoas e sabe dar enfoque a tudo que alimenta esses interesses. Vir defender que isto é igual a andar com uns headphones com uma gravação tipificada a falar das coisas é ridículo.

 

Mas, o diagnóstco de Salman Khan sobre o que se passa na educação está correcto. É claro que o que ele não diz é que, para quem tem dinheiro a escola existirá sempre com turmas pequenas onde professores possam fazer o seu trabalho de formar, desenvolver e orientar os estudantes. O que é triste é ver a destruição da profissão de professor reflectida na degradação da formação dos jovens.

 

É uma tristeza estarmos nas mãos de políticos tão medíocres e que fazem tanto mal... O Bertrand Russel, num livrinho que escreveu em 1911 (já aqui falei dele várias vezes) prediz e descreve com exactidão as políticas actuais da educação. Explica muito bem as causas e os mecanismos de estarmos onde estamos.

 

publicado às 11:43


É isto que andamos a imitar

por beatriz j a, em 15.08.13

 

Ripping Off Young America: The College-Loan Scandal

The federal government has made it easier than ever to borrow money for higher education - saddling a generation with crushing debts and inflating a bubble that could bring down the economy. Read Matt Taibbi's report on the college loan scandal.


publicado às 19:59


tráfico de influências? Naaaah...

por beatriz j a, em 18.09.10

 

 

Negócio de Mário Lino sob suspeita

PJ fez buscas a empresa da Mota-Engil, ao Porto de Lisboa, a consultoras e a um arquitecto.

 

 

O inquérito em curso no DIAP de Lisboa foi aberto na sequência de uma auditoria do Tribunal de Contas que considerou como prejudicial para os interesses do Estado a prorrogação do contrato de concessão com a Liscont, por um período de 27 anos, para a exploração do terminal de contentores.

Os juízes do Tribunal de Contas consideraram que o procedimento adoptado - ajuste directo - foi incorrecto, sublinhando que, perante o contrato, o Estado assumiu todos os riscos do negócio e a Liscont apenas os lucros.

Recentemente, o Ministério Público interpôs uma acção junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa em que requer a anulação e a nulidade do aditamento ao contrato de concessão celebrado em Outubro de 2008, ainda com Mário Lino como ministro das Obras Públicas. O antigo governante, refira-se, mesmo depois do "chumbo" do Tribunal de Contas ao negócio, defendeu sempre o acordo.

 


publicado às 11:30


o preço da água

por beatriz j a, em 16.05.10

 

 

O aumento do preço da água "é inevitável"

Quem o diz é a ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, que hoje deixou claro: "o preço da água ao consumidor vai ter que subir".

Era bom que este assunto se clarificasse, porque o que nós pagamos, não é a água, que é de nós todos. As nascentes nas serras não têm proprietários privados, são de todos. O que pagamos é o serviço de distribuição das águas com tudo o que isso implica de estruturas de captação, purificação, etc.

O negócio das águas é hoje em dia um negócio de muitos milhões e está nas mãos de grandes coorporações multinacionais porque a água deixou de ser um bem comum, abundante e de fácil acesso. Já lhe chamam o 'ouro azul' e há quem diga que no futuro se travarão guerras pelo acesso e controlo da água, como agora acontece com o petróleo. Vivendi, Suez (ambas francesas) e Thames Water of England, propriedade da alemã RWE são as três maiores companhias controlam o abastecimento e serviços de água de dezenas de países e continuam em expansão. O Banco Mundial tem quase imposto aos países que ajuda a privatização das suas águas deixando milhões de pessoas sem acesso à água. O que é muito estranho.

Era bom saber-se, pelo menos cá em Portugal, quem é que controla o negócio da água, porque a privatização das águas é uma coisa muito perigosa, e de nenhum interesse para o bem público. Veja-se a história da F. Bechtel, uma das top ten companhias que lucram milhões com a privatização das águas. Na Bolívia tiveram uma intervenção criminosa, no Iraque a mesma coisa. Os membros da sua direcção eram conselheiros do Bush, tiveram o Rumsfeld como seu maior aliado.

Não percebo como é que a Querqus, que concerteza sabe disto tudo cem vezes melhor do que eu, defende assim, sem mais, a subida do preço da água, sem nenhum controlo.


Para quem quiser ler mais sobre a privatização da água a nível mundial vá a -    www.globalpolicy.org/home.html

 

publicado às 12:42


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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