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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Se os homens vão começar a andar assim têm que fazer qualquer coisa aqueles pêlos todos nas pernas...
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The fact is that words are always prone to vandalism, to being pilfered from their secure semantic niches and made the possession of others, to serve their own particular purposes. ( )
A moda, como sabemos, não é um fenómeno que se restringe à Alta Costura. Pelo contrário, a moda aproveita-se da necessidade psicológica de pertença que as pessoas todas têm: o querer fazer parte do grupo, sobretudo do grupo que parece 'dar as cartas'.
É assim que a moda atinge a ciência (há ciências que estão na moda e outras fora de moda), as Artes (estilos, como o abstracionismo, que foi dominante no século XX está agora fora de moda e, a pintura figurativa, então depreciada e 'demodé', está a voltar em força), há teorias que estão na moda (o evolucionismo aplicado a tudo, desde o comportamento à arquitectura e à economia), há culturas que estão na moda (o Oriente) e, há sempre um conjunto de palavras que conquistam a 'passerele' e entram e passam a fazer parte do discurso de todos os 'wanna be' que as usam como uma medalha ao peito de um modo abusivo e vandalizador.
O que irrita nisto é que essas palavras, ricas de significado, tornam-se vulgares e odiosas, muitas vezes imprestáveis durante anos. Quem pode agora dizer que tem paixão pela educação ou por outra coisa qualquer...? E que dizer da palavra excelência? Excelentes são uma minoria de coisas e pessoas que saem fora da norma mas a palavra anda vandalizada desde que fizeram dela uma meta a atingir por todos de modo que em vez de ser uma palavra excepcional, com uma conotação e perfume excepcionais, tornou-se um 'cliché'. Se eu disser a alguém que não estou à espera que os meus alunos sejam todos excelentes nem acredito que o possam todos ser ainda me matam...
Uma das palavras que mais me chateou ver vandalizada foi a palavra 'paradigma' que é um termo com um significado riquíssimo, muito fecundo de ideias e que se vulgarizou ao ponto de já nada significar. Um pouco como alguém usar as melhores frases do Pessoa ou do Shakespeare a torto e a direito na publicidade, vulgarizando-as ao ponto de perderem o seu sentido nobre, menorizando os próprios autores e tudo o que poderíamos aprender com eles por terem sido esvaziados de conteúdo.
Houve uma altura em que estava na moda a palavra 'situação' e um dia que entrei numa loja de móveis para comprar uma estante, a senhora da loja disse-me, 'tenho aqui uma situação com 5 prateleiras'... fiquei tão irritada que virei as costas e vim embora.
Este abuso das palavras, coitadas, que nada sabem das vaidades humanas, às vezes, estraga as melhores delas e, enquanto alguns pegam em palavras aparentemente vulgares e as tornam extraordinárias, a maioria pega em palavras extraordinárias e torna-as indecentemente vulgares.
Agora está na moda vestir e enfeitar-se à moda da Lisbeth Salander, a heroína da Triologia Da Rapariga Com a Tatuagem do Dragão. Roupas, braceletes, piercings, etc. Aqui o Givenchy tornou essa moda numa arte.
... durante um pequeno intervalo, falava-se da ditadura da moda. Comentava-se sobre a moda das plásticas, nas mulheres e nos homens. Dizia-se que ficam todos iguais. Devem ter um catálogo com a boca nº 1, nº2 e nº3 e, se calha todos gostarem da nº3 depois andam todos com aquela boca estranha. Ou os homens agora andarem sempre de camisa côr de rosa, ou as mulheres irem para o emprego com botas de montar a cavalo ou, pior ainda, terem mais dez anos que eu e andarem por aí com botas à D'Artagnan... nisto diz um colega, 'É como a moda dos cabelos. As mulheres agora andam com uns cabelos enormes que vão quase até meio das pernas e são assim... uma coisa esquisita que têm na cabeça... assim...olhem, não sei. Só sei que não dá vontade nenhuma de ir lá mexer'. LOL
Estive a ver, no Guardian, a lista das 10 melhores universidades de Filosofia e não aparecem universidades que são de topo como a Sorbonne, a Universidade de Heidelberg ou até a Universidade de Louvain na sua especialidade. Até que ponto estas listas têm alguma validade é o que agora pergunto a mim mesma. Já tinha visto listas de Universidades de Economia, gestão, finanças, etc. onde aparecem as mesmas Universidades no topo, mas como não estou por dentro do que se faz nessas áreas, aceito. Agora, acerca da Filosofia sei o que se faz por aí e não é possível que a Sorbonne e Heidelberg estejam fora daquela lista, de modo que agora já duvido do valor destas listas onde só aparecem Universidades de língua inglesa...ista mostra bem a permeabilidade da Filosofia às correntes da moda que a fazem aproximar-se das Ciências Sociais e do funcionalismo dos saberes e afastar-se da Metafísica.
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Rank
|
Institution
|
Country
|
Score
|
---|---|---|---|
1 | Harvard University | United States | 94.3 |
2 | University of Oxford | United Kingdom | 93.6 |
3 | University of Cambridge | United Kingdom | 90.8 |
4 | University of California, Berkeley (UCB) | United States | 84.6 |
5 | Princeton University | United States | 76.2 |
6 | Australian National University | Australia | 73.8 |
7 | University of Toronto | Canada | 71.4 |
8 | Stanford University | United States | 70.1 |
9 | Yale University | United States | 67.2 |
10 | University of Chicago | United States | 63.3 |
Isto dos nomes das pessoas vem por ondas ou modas. Agora os rapazes são todos Afonso ou Dinis ou Rodrigo.
Até há muito pouco tempo praticamente ninguém tinha o meu nome. Basta dizer que em mais de vinte anos de aulas nunca tive uma aluna Beatriz. Quando era mais nova detestava o meu nome porque as únicas pessoas que tinham o meu nome eram, a minha avó materna -de quem herdei o nome- e uma prima velhota. Achava que Beatriz era nome de velha. Com o tempo a coisa foi melhorando porque comecei a dizer a mim própria que partilhava o nome com algumas rainhas e isso tinha graça. Agora, de repente, em qualquer sítio só ouço 'ó Beatriz' - volto-me por reflexo e é claro: não é a mim que chamam mas sim uma miudinha qualquer com 3 ou 4 anos. Já enjoa, que diabo! Começo a não achar outra vez graça ao nome, mas agora porque parece que toda a gente o tem!
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