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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
À conta de ir ao MMAA ver os quatro belíssimos desenhos de Dürer, preparatórios para o São Jerónimo, fomos dar uma volta pelo museu e tirei umas fotografias.
são jerónimo
torre de bable de Monper, pormenor
natureza morta de Jasper Geerards, pormenor
estas é da parte de trás dos painéis laterias de um tríptico mas já não sei qual ou de quem... mas tem, ao mesmo tempo, uma força e uma elegância belíssimas
arcanjos na capela das Albertas
Rembrandt.elos Perdidos - uma exposição que 'recupera elos de uma cadeia que a memória histórica dispersou' (retratos de Leonor de Áustria (Rainha de Portugal pelo seu casamento com Dom Manuel I, antes de ser Rainha de França) e de seu irmão, o Imperador Carlos V, por Joos van Cleve, aos das princesas Sabina Délfica e Leonor Maurícia de Portugal, de Gerard van Honthorst, fruto de uma particular união dinástica entre os dois reinos, da qual se expõe também importante documentação), para ver até 7 de Janeiro próximo.
Fui ver o Dürer. Estive uns 20 minutos num tête-à-tête com o quadro. Ninguém à vista. Nem seguranças, nem nada. Não se percebe... escrevi umas notas com impressões sobre o quadro.
Em seguida vi a exposição com obras em reserva no museu. Gostei imenso de um pequeno óleo do Santo António com o menino que tem, no verso, uma Vanitas. É que o Santo António tem um ar de camponês português de olhar doce completamente cativante. Depois aproveitei e comprei uns livros interessantes para além do catálogo da exposição.
O MNAA é pequeno e eu perco-me sempre lá dentro... é envergonhante...
... é o nome da exposição temporária com peças de Machado de Castro no MNAA. Fui vê-la. Tem uma sala dedicada à estátua de D. José da Praça do Comércio. Ficamos a saber que a cena de se aproveitar o sucesso de uma obra para ganhar dinheiro em réplicas, estatuetas, desenhos, relógios, leques e outros objectos alusivos à obra não é de agora...
Tem peças muito bonitas de arte sacra, umas dele próprio, outras de escultores da sua oficina.
Gostei particularmente: duma figura feminina em terracota cheia de graça e delicadeza a contrastar com o material da peça; duma imagem de São João Evangelista em madeira com a esperança estampada no rosto e um manto duma cor vermelha opulenta sobre um traje verde todo bordado com folhinhas douradas, duma riqueza e beleza que a fotografia do catálogo (esse que está aí em cima) só palidamente consegue dar imagem; duma figura da Santa Teresa de Ávila com uma expressão de extase e devoção, em madeira trabalhada de modo a que a pele do rosto e das mãos aparecem marmorizadas. O manto de pregas douradas lindíssimo!; duma Pietá a que a fotografia do catálogo não faz justiça; duma imagem da Nossa Senhora da Encarnação linda, em madeira, com um traje duma côr pastel cheia de florões de rosas sob um manto verde e ouro e, finalmente, gostei imenso duma Châtelaine com Relógio, em ouro e esmalte, com pinturas miniatura da estátua de D. José, da Torre de Belém, de Camões a salvar os Lusíadas...
Vou entreter-me a ler o livro da exposição.
Aproveitei e fui ver os desenhos do Novo Mundo que estão lá, temporariamente, numa salinha à parte. O desenho da tartaruga, o da árvore do Mamão e o da flor do Jasmim Caiena são bonitíssimos. Olhá-los é imaginar logo aqueles botanistas, naturalistas aventureiros dos séculos XVIII e XIX, de caderno e lápis de carvão nas mãos, sentados numa rocha duma ilha longuínqua a desenhar os favos rugosos das carapaças das tartarugas ou as patas de dedos grossos de algum jacaré com o entusiasmo próprio de quem está a registar espécies desconhecidas do mundo civilizado.
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