Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
O provedor de justiça Alfredo José de Sousa mandou arquivar o processo sobre o concurso anual de professores porque o diálogo com a ministra da Educação Isabel Alçada foi "pouco profícuo". O provedor queixa-se ainda da "pouca receptividade [da ministra] em considerar as [suas] observações sobre o concurso", diz em comunicado, publicado na página de Internet da Provedoria de Justiça.
Temos nova ministra.
Da outra que finalmente se desencostou nem me apetece falar. Espero não ter de a ver nunca mais, nem sequer por acaso.
Da nova ministra espera-se melhor. Mas eu, pessoalmente, não estou numa de lhe dar estado de graça. O primeiro ministro e os seus homens de mão são os mesmos, e já os conhecemos de gingeira, como se costuma dizer. Não há tempo para estados de graça. Isso foi na outra legislatura.
Espera-se que a pessoa que aceitou agora a pasta saiba exactamente ao que vai, e não tente fazer mais do mesmo mas com ar simpático.
No entanto, desejo-lhe mérito, mais do que sorte, porque sorte, teve a outra, coisa que só serviu para que escondesse por muito tempo o demérito, e lançasse o azar para cima toda a gente, deixando as coisas na situação gravíssima em que se encontram
DN
por LUSA Hoje
Ministra da Educação assinou ontem mais 50 protocolos de cooperação e aproveitou para elogiar programa de equivalência escolar.
O programa para certificação de competências Novas Oportunidades regista actualmente 950 mil inscritos. Enquanto que perto de 300 mil aderentes já obtiveram um diploma do 9.º ou do 12.º anos de escolaridade, de acordo com números fornecidos ontem pela ministra da Educação.
Quase um milhão(!) de 'não estudantes' vai ter diploma de equivalência a estudantes - tanto de 9º ano como de 12º ano.
A ministra, como se previa, até ao diazinho de ter de abandonar a cadeira do poder, de que tanto gostou, estragará tudo o que puder. Tudo!
E diz que os outros são miserabilistas! Quão miserabilista é necessário ser para se pensar que não vale a pena apostar nos portugueses sendo preferível entregar logo os canudos? Ou serão ordens do grande líder do jet 9, baseado na sua experiência?
Deprimente!
DN
por PEDRO SOUSA TAVARES Hoje
Relatório coloca Portugal entre os países desenvolvidos que menos investem nas crianças dos zero aos cinco anos. E, regra geral, os menores de 18 anos têm uma qualidade de vida abaixo da média da OCDE, devido a factores como a pobreza e os fracos níveis de ensino
Portugal é um dos países da OCDE que menos investimentos públicos canalizam para as crianças até aos cinco anos.O dado consta de um relatório - Childhood Decides -, divulgado por esta organização, do qual se conclui que, regra geral, a qualidade de vida dos menores no nosso País está muito abaixo da média do mundo desenvolvido.
No total de seis itens comparados, referentes a três grandes áreas - Padrões de Vida, Educação e Protecção (ver página 3)-, a situação das crianças portuguesas só é claramente positiva ao nível dos comportamentos de risco. Baixas taxas de consumo de álcool e de tabaco entre os menores contribuem para um sexto lugar entre 30 países.
Mas em todas as restantes categorias, Portugal surge abaixo de metade da tabela. No "bem-estar material" é 25.º, ao nível do "bem-estar educacional", 26º, e em termos de "qualidade de vida na escola" surge em 21.º lugar.
A justificar estes baixos desempenhos estão índices como os 16,6% de crianças a viver em agregados familiares pobres. Um valor que, mesmo calculado tendo em conta os rendimentos médios de cada país, só permite a Portugal superar a Espanha, os Estados Unidos, a Polónia, o México e a Turquia. Os crónicos maus resultados dos alunos portugueses nas comparações internacionais são outro contributo negativo.
Bem podem a ministra da Educação e Valter Lemos mais o primeiro ministro falar de incentivos, de sucesso escolar, de apostas no ensino básico, etc., que quando se vai aos dados objectivos vê-se a realidade: o fim do insucesso escolar é uma mentira demagógica, o fim das más condições nas escolas é uma mentira demagógica, o investimento na geração mais nova é uma mentira demagógica.
Para que serviram tantos Magalhães? Para esconder a falta de investimento e de seriedade na educação.
O dinheiro era preciso para o ensino privado, onde as famílias são, por regra muito mais necessitadas...dizia o primeiro ministro ontem na RTP para olharmos o que ele fez - está bem à vista, é difícil não ver quem são os seus amigos.
Procurei imprimir uma orientação de total respeito pela herança que recebi, colocar o interesse do país, dos jovens e das famílias acima de qualquer outro interesse e continuar o caminho daquilo que são grandes consensos.
Desde quando é do interesse dos jovens e das famílias e do país treinar os mesmos jovens para pensarem que é normal faltar ao trabalho, que é normal não respeitar os professores e outros funcionários da escola, que é normal não trabalhar e depois exigir passar, que é normal falar ao telefone durante as horas do trabalho, que é normal não ter condições de trabalho, que é normal ver os responsáveis e chefes ofenderem os seus professores, que é normal resolver os problemas com os trabalhadores com ameaças, uivos, ofensas ordinárias, chantagens, etc.?
Então isto é do interesse dos jovens? Que farão eles depois de saírem da escola assim treinados por ordem da tutela? Tirar bicas num café? Trabalhar para as fábricas em condições precárias? Isto é do interesse das famílias?
É do interesse do país, que a próxima geração não esteja à altura de nenhum desafio pelo facto de ter sido treinada para ser preguiçosa, arrogante, agressiva, indisciplinada e ignorante?
E que dizer dos próprios jovens? Quantos são pessoas de grande qualidade, pessoal e intelectual, preseverantes e com garra, afogados neste sistema que os obriga a ser medíocres e não lhes dá a possibilidade de desenvolverem as suas potencialidades? Quantos chegariam longe num sistema que exigente mas apoiante? Quantos jovens são assim atirados para o caixote do lixo dos desperdícios para agradar às tabelas e estatísticas da senhora ministra apenas para enfeitar, enganadoramente, o seu currículo? Isto é bom para o país?
As pessoas privadas dum futuro melhor, os seus filhos, mais tarde, sem as oportunidades que poderiam ter...e para quê? Para enfiar dinheiro no privado e transferir para lá os seus próprios filhos? Para ter trabalhadores que ganham mal e poder depois ir para a China gabar-se que paga mal aos trabalhadores?
Isto é pensar no bem dos jovens, das famílias e do país?
E quem é que apoiou e suportou estes 4 anos de malfeitorias desta ministra? Muita gente de muitos partidos, o que mostra bem o calibre do nosso jet 9 - porque noves fora, resta nada, que é o que valem.
«É outra das questões graves, este problema do desemprego enorme que existe na classe docente. Enquanto a taxa de desemprego na população portuguesa trabalhadora anda nos 10 por cento, na Educação ultrapassa já os 20 por cento», sublinhou. «Houve aqui durante todo este tempo uma política de poupança, uma visão economicista de encarar a Educação, a agravar-se muito o desemprego na população docente», declarou.
A taxa de desemprego entre o professores já ultrapassa os 20%????!!!
Quer dizer, andam os professores a abarrotar de turmas, as turmas a abarrotar de alunos de tal modo que não se consegue fazer um trabalho de qualidade; andam com excesso de serviço de reuniões e de papelada, e de serviço extra-curricular, etc., sem tempo para o real trabalho para depois haver este nível de desemprego entre os professores??!!
Foi para isto que trabalharam o Sócrates e a amiga: destruir, destruir, destruir; inventar números para ficarem bem na foto e aumentarem os seus dividendos próprios?
Enquanto usam uma mão para se encherem, a outra entretem-se a criar a pobreza, o engano e o desemprego?
Público
A Associação de Professores de Português (APP) exigiu hoje do Ministério da Educação uma explicação para a quase duplicação das negativas face ao ano passado, lamentando não conhecer os resultados pergunta a pergunta.
Imagine-se o seguinte cenário:
Num clube de futebol a direcção contrata um treinador e técnicos para melhorar os resultados da equipa. Os jogadores estão a jogar mal e perdem muitos jogos.
A direção do clube começa por dizer mal da equipa de técnicos que contratou, todos os dias e de forma agressiva; esconde as gravações dos jogos de modo que o treinador, os técnicos e os jogadores não possam ver os erros cometidos e corrigi-los; intromete-se diariamente no trabalho do treinador e diz aos jogadores que os técnicos não prestam. Põe os técnicos a denunciarem-se uns aos outros e a fazer relatórios diários de cada jogador na hora dos treinos. A direcção não percebe nada de futebol (são espectadores) mas fazem todos os planos e estratégias de treino e de jogo obrigando o treinador a segui-las à risca, mesmo quando este vê que aquilo é tudo um disparate grosseiro. Todos os dias mudam o plano dos treinos e as regras do jogo. Etc.
Ora, é isto o que se passa na educação. Pense-se a direcção do clube como esta equipa ministerial, o treinador e técnicos como os professores e os jogadores como os alunos. O público são os pais, que são todos treinadores de bancada...
Alguém se admira que isto vá de mal a pior?
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.