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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
... transforma os que o têm em abusadores, déspotas, vaidosos, fátuos e cruéis e transforma os que o sofrem em joguetes submissos, hipócritas, medrosos, traidores e cruéis.
Na última aula de Psicologia estivémos a falar das experiências de Milgram e de Zimbardo a propósito dos processos de influência social. A de Milgram sobre a obediência, que mostra que cerca de 70% das pessoas são capazes de fazer mal e até matar uma pessoa por obediência a uma figura de autoridade que vêem como legítima e a segunda que Zimbardo fez com estudantes universitários, onde era suposto, durante duas semanas, uns fazerem papel de guardas de uma prisão e os outros de prisioneiros e em teve que acabar com a experiência ao fim de seis dias porque os 'guardas' se tornaram uns déspotas abusadores e cruéis com requintes de malvadez e humilhação aos colegas. O próprio psicólogo, Zimbardo, alterou o seu comportamento durante essa experiência, sem dar por isso.
Estas experiências andam no youtube. A de Zimbardo comentada por ele mesmo, por aqueles que fizeram de guardas e de prisioneiros e pela namorada que foi quem lhe deu uma espécie de bofetada que o fez acordar para o que se estava a passar. Esta experiência mostra o quanto as pessoas são transformadas negativamente, por vezes num espaço de dias, pelo poder e, se as pessoas não fossem estúpidas e gananciosas e tivessem juízo, nunca se permitiria a uma pessoa qualquer estar muito tempo em cargos de poder.
Os alunos da turma, porque são o contrário de estúpidos, acharam as experiências assustadoras porque viram muito claramente que o que uns fazem outros também fazem e, portanto, olharam uns para os outros com aquele ar inquisitivo de quem não está certo de poder confiar nos seus companheiros de humanidade...
experiência de Stanford
experiência de 'obediência' de Milgram
Pessoas que passam o tempo a querer ser agradáveis para os outros são, na verdade, menos pró-sociais, mais prontas a obedecer a ordens, mesmo que estas sejam no sentido de fazer mal a outros enquanto os que são percebidos como menos sociáveis acabam por ser mais pró-sociedade no sentido em que estão dispostos a sacrificar a sua popularidade e conforto pela luta por princípios de justiça e de moral.
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