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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Perante a violência da sanção, num processo com contornos absurdos, já nada há a esperar da Secretaria Regional de Educação. Resta-nos esperar que a Justiça possa trazer alguma claridade que afaste o negro do mundo dos burocratas invejosos.
Seis meses de suspensão. Sem vencimento. O processo instaurado pela Secretaria Regional da Educação (SRE) da Madeira ao antigo presidente do conselho executivo da escola EB 1,2,3/PE com creche do Curral das Freiras, que em 2015 foi a melhor pública do país a Português, terminou este mês, com um castigo pesado para Joaquim Sousa.
Lemos estas notícias acerca do director de uma escola no Curral das Freiras, essa terrinha perdida no fundo de um desfiladeiro atrás do sol posto na Ilha da Madeira, que passou de péssima a óptima no espaço de um ano e, mesmo conhecendo a estupidez das pessoas do ME ficamos perplexos. O que se passa neste caso? É que isto é para lá do que se pode imaginar.
Algumas coisas sabemos como são, como por exemplo, uma escola abrir uma turma sem autorização expressa do tipo do ME e, pior ainda, ter o descaramento de não a encher com o máximo de alunos que a lei manda é certo e sabido que aparece logo lá o inspector e se fosse no tempo dos cowboys havia execução sumária.
Agora, mesmo tendo isso em conta e outros pecadilhos que o director possa ter feito e a estúpidez endémica das pessoas do ME, o que não se percebe é ninguém se interessar por saber como é que ele pôs uma escola daquelas, quero dizer, uma escola de um meio desfavorecido, em primeiro lugar e, pior que isso, ainda o castigarem fortemente.
O que isto mostra é o total desprezo que o Costacenteno tem pela educação. Na realidade, as medidas de acabar com exames e mandar passar toda a gente são apenas para poupar dinheiro e apresentar falsos números de sucesso como fazem os banqueiros que mentem com os números para parecerem robustos e competentes, porque se ligassem um átomo que fosse aos miúdos e à sua educação e futuro estavam a interrogar o homem para saber como é que ele conseguiu aquilo.
Não compreendo isto mas este meu país envergonha-nos nos dirigentes que tem. São quase todos Lacerdas.
Agora há um decreto-lei, que ainda não li mas, fiquei a saber hoje que obriga as escolas a fazer um levantamento dos alunos com doenças crónicas (até aqui tudo bem) e a ter, para cada aluno desses, um PIS - plano individual de saúde. Aqui é que as coisas se entornam, porque esse plano de saúde, que num país decente estaria nas mãos de um profissional de saúde de serviço na escola, vai servir, dizem, para informar a própria escola, AKA, os professores, sobre o que fazer se os alunos tiverem urgências de saúde como episódios de epilepsia, crises diabéticas ou outra coisa qualquer que possa requerer injecções, supositórios rectais (!!!) e sei lá mais o quê.
Eu quando ouvi aquilo até fiquei com os cabelos em pé. Uma coisa é incentivar os pais a informar a escola de problemas de saúde crónicos dos filhos para podermos encaminhar os miúdos para um especialista em caso de necessidade, outra é esperar que sejamos nós a fazer procedimentos de socorro médico ou de enfermagem. Deus me livre! Então mas eu sou lá maluca de me armar em enfermeira ou em médica?
Mas é assim, o dinheiro é para a banca e para as motas engis e sociedades de advogados, assistentes e quejandos que o resto do povo vale pouco e só serve para poupar dinheiro.
Cada escola devia ter um enfermeiro de serviço permanente (como têm os colégios privados e as escolas lá fora, as tais que estão sempre a citar) porque é raro o dia em que não haja problemas de saúde nas escolas, desde miúdos que se magoam na educação física a miúdos com diabetes, epilepsias, lúpus, ataques de pânico, crises alérgicas e outras maleitas que requerem cuidados de saúde, logo, profissionais de saúde.
Ainda vou ler o tal decreto-lei mas se é isto que diz, então só podemos concluir que ao miserabilismo deste governo Costacenteno, teremos que somar a loucura do ministério da educação. Sim, porque só podem estar malucos se pensam pôr os professores a fazer de enfermeiros e médicos.
Mas e as escolas exigem ao ME ter um profissional de saúde nas escolas? Não, antes se prestam a obedecer a todas as loucuras que saem das cabecinhas daquela troika pseudo-educativa. Assim que sai um decreto-lei há logo soldadinhos que começam a fabricar fichas de preenchimento para obedecer a todas as parvoíces e mais algumas que não acrescentam um átomo à educação dos alunos e só servem para controlar professores.
Ainda as pessoas se espantam dos estudantes se prestarem a todas as praxes nas faculdades... o que as pessoas mais gostam é de amouchar.
... uma pessoa desinteressa-se completamente pelas porcarias, para não usar um termo que me ponha ao mesmo nível que o personagem, que saem daquele ministério.
E quando todos que o ouvem no Parlamento sabem que mente e mesmo assim assinaram o seu Orçamento, perdemos fé na possibilidade de mudança, enquanto estes indivíduos todos não se forem embora mais as reformas e alcavalas que juntaram e para as quais sacrificaram tantas vezes o bem público.
Vamos ser aumentados 19%... isto é o mesmo que dizer que o administrador da SPA, a quem o Letria despediu ilegalmente e que recebeu agora mais de 1 milhão de indemnização, por ordem do tribunal, pelos danos causados e salários não recebidos, foi aumentado 100%... ora nós, professores, nem isso vamos receber. Nada de receber salários não pagos de anos de carreiras congeladas... de modo que é preciso má fé para dizer que vamos ser aumentados 19%.
Dizem-me que o indivíduo, antes de ser ministro, era um bom investigador. Não acredito. Um indivíduo com esta falta de pudor em aldrabar?
Quanto mais leio o documento das A.Essenciais/10_filosofia.pdf e as exigências que dele decorrem mais absurdos encontro.
Na página 5 aparecem categorizadas as áreas de competências do perfil dos alunos e nas páginas seguintes a sua operacionalização com descritores do perfil dos alunos. Até aqui tudo bem, embora isto não seja nenhuma novidade, é mais do mesmo só que descrito de outra maneira com outros parâmetros para dar ideia que houve uma reforma.
O que não é mais do mesmo é quererem burocratizar isto tudo obrigando a que os descritores do perfil dos alunos sejam quantificados em todas as avaliações que fazem. Isto é de loucos... já é de loucos pensar que podemos em todas as unidades e temas pôr os alunos a fazer trabalhos de campo, trabalhos com discussão e apresentação oral o que implica terem sempre ou quase sempre trabalhos para fazer em casa, depois de dias com 7 horas de aulas, por exemplo, e outras disciplinas com trabalho, onde alguns alunos moram longe e fazem uma viagem de uma hora para chegar a casa... e nem três anos chegavam para dar o programa... é de loucos pensar que podemos com 100, 150, 200 ou 300 alunos fazer um registo quantificado da sua situação de progressão em cada descritor em cada uma e todas as avaliações. Não fazíamos outra coisa, nem trabalhávamos... É de loucos pensar sequer que as avaliações de atitudes ou de processos cognitivos podem ser quantificadas com exactidão matemática.
Esta semana fui almoçar com um amigo que dá aulas de Física numa Universidade em Lisboa. Combinámos encontrar-nos à porta do restaurante entre as 13h e as 13.15h. Eu cheguei às 13.05h, ele às 13.10h. Quando chegou disse-me, 'estou dentro da hora' e eu respondi, 'não combinámos uma hora mas um intervalo de tempo' e ele respondeu, 'é como na Física de partículas, não há medidas certas, só intervalos e em comparação'. Portanto, é assim: na Física, que é uma ciência exacta nem tudo pode ser medido com exactidão mas na educação que é tudo menos uma ciência exacta, querem que quantifiquemos tudo com rigor e exactidão atómicas... uma anedota... não se pode querer fazer da educação aquilo que ela não é...
Nessas categorias de descritores que divido em 'investimento em sala de aula (que cobre metodologias e trabalhos de âmbito cognitivo) e atitudes e comportamentos (que cobrem interacções sociais)' e têm um peso percentual na média ponderada, proponho e acordo com os alunos categorias qualitativas que faço corresponder a intervalos quantitativos, que classificam o que fazem, como fazem, a frequência e pertinência do fazem na sala de aula. Esta classificação é achada por comparação, não é absoluta, nem exacta, embora o algarismo que a classifica entre depois na média ponderada. Eles sabem muito bem avaliar-se nesses intervalos e raramente discordamos porque eles assistem ao trabalho uns dos outros e fazem essa comparação.
Quanto mais exacta se quer este tipo de classificações mais erros se cometem. Vi isso muito claramente numa formação que fiz há dois ou três anos sobre os problemas de objectividade na classificação de exames. Um dia faço um post sobre isso.
Outro absurdo destas AE é exortar-se a que os alunos, e logo desde o 10º ano, façam textos de opinião sobre assuntos do quotidiano e até assuntos de filosofia, como propôr-se que façam uma reflexão crítica sobre a moral kantiana em contraste com a utilitarista. Quer dizer, eu mesma, que estudei, estudo, já li e leio bastante sobre filosofia tenho imenso cuidado em dar opiniões filosóficas ou fazer crítica a filósofos. Não estudo a maioria dos filósofos com a profundidade que é requerida para ter opiniões originais acerca deles e das suas filosofias. As críticas que se fazem a filósofos e filosofias, na maioria das vezes, são feitas a partir da opinião de outros filósofos ou críticos, não são originais. Ora, se não são originais, não são opiniões, são citações... esperar que os alunos tenham opiniões críticas sobre filosofias é totalmente absurdo ou não estar ciente do que é uma opinião.
Muitas vezes, nem de assuntos não filosóficos. Por exemplo, estou agora num dilema acerca de fazer ou não um mais um tratamento para a minha doença. Desde que descobri que tenho um adenocarcinoma já li às carradas sobre isto. Textos, documentos médicos, livros, testemunhos de outros doentes. No entanto, não considero que tenho conhecimentos suficientes para ter uma opinião sobre a doença e os tratamentos, quer dizer, um ponto de vista com razões válidas objectivas sobre o assunto, de modo que decidi falar com 3 pessoas, duas que são médicas e uma que tem um problema idêntico há muito mais tempo e tem tomado boas decisões, para depois tomar uma decisão minimamente informada. Mas mesmo depois de tomar uma decisão, não considero que tenho conhecimentos médicos suficientes para ter uma opinião, quanto mais uma crítica, sobre a doença! Tenho a experiência da doença do ponto de vista do doente, não do ponto de vista do médico.
Mas os génios que fizeram este documento acham que os alunos do 10º e 11º, miúdos de 14, 15, 16, 17 e 18 anos, que, salvo raras excepções, pouco sabem de coisa alguma, pouco ou nada lêem, têm total ausência de espírito crítico, façam textos de opinião e crítica, até filosófica. É claro que o que fazem é citar argumentos que pesquisaram e leram nos textos que lhes demos. É um absurdo que decorre da desvalorização crescente do conhecimento.
Epá... não sei, lá está, de vez em quando dou comigo a imitar o Karl Popper quando dizia que de repente descobria que todo o pelotão estava a marchar ao contrário... isto é enervante, porque mandam que façamos documentos com coisas absurdas e anti-pedagógicas. Estas reformas são feitas por professores universitários e professores das escolas 'wannabes', uns que sabem zero do que é o trabalho numa escola e outros que estão muito falsamente cheios de si próprios e só fazem disparates.
Talvez o ministro e a equipa do ME não percebam o que é preciso para ter uma opinião, daí que tivessem aceite os cargos como se tivessem conhecimentos sobre educação básica e secundária para fazer reformas.
É por isso que os alunos pensam que têm imensas opiniões. Desde que entram nas escolas que os convencem disso e é claro que eles acreditam e depois entram nas minhas aulas no 10º ano e têm um grande choque. Depois percebem e começam a raciocinar em vez de 'dar opiniões'.
Alega o Tribunal da Relação que os ditos serviços mínimos puseram em causa o exercício do direito à greve.
A equipa do ME, apoiados pelo Costa e pelos partidos da coligação do governo não se importam de atropelar a lei desde que possam prejudicar os professores.
Mas é claro que ninguém é responsável por coisa alguma e o Costa tem muito orgulho nos seus ministros, na sequência do que aprendeu com o grande líder Socas.
Quanto à greve que está marcada para o dia 29 de Outubro e seguintes, o pseudo-ministro já veio dizer que a considera ilegal porque... sim... porque tudo o que seja os professores tentarem não ser tratados como coisas descartáveis sem direitos e só com deveres irrita o ministro e os secretários de Estado.
A família de Diogo Almeida, um menino autista de oito anos, não consegue fazer face ao problema, visto que, por dificuldades económicas e falta de carta de condução de todo o agregado familiar, ninguém o consegue levar à escola. "Até agora ainda ninguém deu respostas concretas e já se passou demasiado tempo", conta Albertina Queirós, avó.
Câmara confirma fim de serviço Fonte oficial da Câmara da Maia refere que, ao abrigo de uma nova legislação que entrou em vigor este ano, a autarquia deixou de fornecer o serviço ao agrupamento. Adiantando que a competência do caso é do Ministério da Educação.
É assim. Há mil professores entre 120 mil que arbitrariamente vão beneficiar de um esmola de tempo de serviço prestado e deitado para o lixo (porque não é o deles), sendo que vão passar à frente de colegas com mais tempo de trabalho e a mesma classificação. Este ME é igual ao da Lurdes Rodrigues: criar a injustiça entre professores pondo uns a atropelar os outros para que se revoltem entre eles e não contra o governo. Aldrabões profissionais... são todos da escola do Sócrates...
Então agora, um professor contratado que tenha entrado na carreira a partir de 2013, é posicionado no escalão correspondente tendo em conta todos os anos de trabalho que já fez. Está certo. É o que deve ser. Só que acontece que vai passar à frente de outro professor que já estava na carreira, pela simples razão que, se já estava na carreira, o ME deitou-lhe fora mais de 9 anos de trabalho prestado. Sem contar que se estiver no 4º ou 6º escalão está parado e não pode progredir. E isto não está certo e não é justo.
É a porcaria de ministério e de governo que temos. Destruir tudo e todos, gerar o caos e a injustiça social...
Sobre a intervenção da Secretária de Estado.
"Que grande treta, Senhora Secretária de Estado" - Miguel Teixeira
No "Expresso da meia noite", vejo a Secretária de Estado da Educação a propor que "sejam as escolas a escolher e contratar os professores que se adequem aos seus projetos educativos".
Um professor que se adeque ao projecto? LOL todos os professores se adequam a projectos educativos. É por isso que são professores...
Não vi o programa. Há muito que deixei de ver estes programas. Estou proibida de me stressar e devo afastar-me de pessoas tóxicas... mas percebo a SE Leitão. As escolas deviam ser como as autarquias e os partidos políticos na gestão das coisas públicas. Os directores escolhiam os boys que lhes agradassem, que por sua vez seriam os que também agradam ao ME, a quem aqueles querem agradar em primeiro lugar. Não era lindo? Depois o ME mandava ordens para a escola, 'façam assim e caladinhos sem protestos, façam assado e caladinhos' e era tudo uma paz. Podre, é certo, como são podres estas gestões do ME que falam muito em democracia, respeito, diálogo e espírito crítico mas não praticam. Calava-se toda a gente, pois que professor com muitos anos de casa se arriscava a ver-se ultrapassado e ficar no desemprego por alguém com dois ou cinco anos de serviço? Não é o sonho de todos os que têm passado pelo ME, pelo ministério da economia, sem esquecer os primeiros ministros com grandes paixões pela educação... um rebanho de criados de servir suas excelências, grandes pedagogos geniais, reformistas de senso comum?
O biólogo advoga que “não podemos continuar a dividir os portugueses que trabalham no privado e no público. Há muitas pessoas que trabalham no privado e que afirmam, de uma forma espúria, que são elas que pagam os salários dos professores! Pura ignorância, os professores pagam tantos ou mais impostos que um privado”.
Estudo envolveu 2003 professores do pré-escolar ao superior. As direcções das escolas são apontadas como as principais responsáveis. Dirigentes não se revêem no que é relatado.
Heinz Leymann, pioneiro no estudo do mobbing, para descrever aquele que será muitas vezes o objectivo do agressor: “Exerce violência psicológica extrema, sistemática e recorrente, durante um tempo prolongado, para destruir as redes de comunicação da vítima, a sua reputação e perturbar o seu trabalho.” [é isto mesmo)
Situações como as descritas repetem-se várias vezes ao ano, segundo a maioria dos 1504 professores que dizem já ter sido assediados. E para cerca de 30%, repetem-se há mais de cinco anos. O impacto pode ser “devastador”, pode reduzir a auto-estima e ter implicações no sentido de compromisso com o trabalho, exemplifica Portelada.
Cerca de 83% dos professores relatam consequências na saúde. Ansiedade e insónias são as mais comuns (71% e 67%, respectivamente). Mas também frustração, sentimento de fracasso e de impotência, de insegurança e de irritabilidade. Um quarto deles já recorreu ao atestado médico.
O que motivou o comportamento daqueles que são vistos como agressores? Para quase 60% das vítimas, as situações de assédio devem-se ao facto de eles “não cederem a pressões”. Cerca de 42% denunciam uma “gestão autoritária” e quase 40% dizem-se “reprimidos” por proporem “novas formas e perspectivas de trabalho”.
Já Filinto Lima, presidente da Associação Nacional Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep), não vê “as direcções deste país como agentes agressores”. As direcções das escolas “funcionam como um órgão colegial”, diz: “Ouvimos as pessoas, consultamos o conselho pedagógico e somos controlados por um conselho geral.”
Que este Flinto Lima, um atraso de vida, seja o presidente da Associação Nacional de Directores diz muito sobre o que são as direcções...
Quanto a esta situação de bullying, é por demais conhecida das equipas que se vão sucedendo no ME que, no entanto, nada fazem porque lhes dá jeito quando querem, elas mesmas, fazer bullying aos professores, desconsiderando-os sistematicamente com objectivos economicistas medíocres.
7 pontos sobre a alteração legislativa ao funcionamento dos C.T. :
1. O M.E. mais uma vez demonstra que, a 11 de julho (na reunião entre o Ministro e a Plataforma Sindical), apenas TENTOU GANHAR TEMPO para desmobilizar a classe docente numa greve histórica que o M.E. estava com muitas dificuldades em contrariar (por isso mesmo recorreu a várias ilegalidades, como por exemplo, a nota informativa de 11 de junho e o email da Dgest de 20 de julho, entre outros), e isto MESMO DEPOIS de 13 de julho, com apenas um sindicato nacional a manter o apoio aos colegas em luta;
2. O M.E. ao regulamentar através da Portaria n.º223-A/2018 está a demonstrar inequivocamente que, em junho e julho, agiu ILEGALMENTE e no “vale tudo” para tentar impor a sua vontade a qualquer preço, contrariando décadas de legislação consensual com AUTORITARISMO;
3. O M.E. mais uma vez DESCONSIDERA o papel central da avaliação no processo de ensino/aprendizagem, revelando um total desprezo pelos principais protagonistas do processo de aprendizagem e da avaliação (professores e alunos), para além de, uma vez por todas, assumir que a sua verdadeira preocupação é manter a sua prepotência a qualquer custo, mesmo que isso implique alterar a própria lei, sem consulta DEMOCRÁTICA dos agentes educativos;
4. PARADOXAL e IRONICAMENTE o Decreto-Lei n.º 55/2018 (6 de julho), assume como prioridade a “concretização de uma política centrada nas pessoas”, como princípios orientadores estabelece o “Reconhecimento dos professores enquanto agentes principais no desenvolvimento do currículo, com um papel fundamental na sua avaliação” (artº 4) e a finalidade da avaliação das aprendizagens “Informar e sustentar intervenções pedagógicas, reajustando estratégias que conduzam à melhoria das aprendizagens, com vistas à promoção do sucesso escolar” (artº 22). Já a Portaria n.º223-A/2018 (3 de agosto) - reafirmando o anteriormente decretado - , apesar de ter a competência de analisar e deliberar, ou seja, de se tratar de um órgão de natureza pedagógica BASILAR é, simultaneamente, equiparado a um órgão administrativo, independentemente da sua especificidade explícita, sendo desconsiderada a presença de todos os intervenientes;
5. Assinale-se ainda que a sobredita legislação cria uma SIMULTANEIDADE de regulamentação para, entre outros, o funcionamento dos CT. Entre 2018/2019 e 2021/2022 serão incluídos todos os anos de escolaridade, o que significa que, durante 4 anos letivos, teremos a coexistência de REGRAS DIFERENTES para algo que se prevê idêntico na sua essência pedagógica;
6. Perante mais este vil ataque do M.E./governo, a classe docente - visando mormente a sua competência profissional e a seriedade do processo de avaliação dos alunos - OU DESISITE de uma Escola Pública de qualidade e livre para todos, OU começa a CONSTRUIR - coletiva e democraticamente - uma resposta a esta intentona no início do próximo ano letivo. Dia 8 setembro (sábado) ocorrerá um ENCONTRO NACIONAL de TODOS os professores onde decidiremos qual o rumo a tomar. A partir desta segunda-feira, 6 de agosto, iniciaremos uma sondagem para que, uma vez mais, democraticamente, se escolha o local desse Encontro Nacional a 8 de setembro;
7. Reafirmamos que, JURIDICAMENTE, mantemos o compromisso de acompanhar de perto, este mês, os múltiplos processos em curso. Ainda que o efetivo final do ano letivo se aproxime a passos largos, à luz da nova Portaria, o que aconteceu nos últimos meses está indiscutivelmente manchado de credibilidade e legalidade. Enquanto preparamos os próximos procedimentos, resta-nos procurar assegurar por todos os meios ao nosso alcance que, a Justiça - o terceiro Poder - possa efetivamente funcionar com independência, e a suspensão das ilegalidades aconteça com efeitos retroativos, como prevê a lei.
Um sindicato docente NÃO PODE, nem quer ir de férias, pelo menos no estado atual da dignidade da profissão docente!
JUNTOS SOMOS + FORTES e construímos novos caminhos!
S.TO.P. Sindicato de Tod@s @s Professor@s
- Decreto-Lei n.º 55/2018 (6 de julho): https://dre.pt/…/pesquisa/-/search/115652962/details/normal…
- Portaria n.º223-A/2018 (3 de agosto): https://dre.pt/…/gu…/home/-/dre/115886163/details/maximized…
Li num artigo de jornal que os patrões dizem que é muito fácil despedir trabalhadores e em outro que, em parte por causa disso, cada vez mais fazer greve é um acto de coragem. E é mesmo. Acrescento que vivemos um tempo em que os governos se comportam acima da lei e como patrões, não representantes do povo, e que se usam desse poder para chantagear, perseguir, prejudicar e, se possível, destruir, os que têm a coragem de lutar pelos seus direitos, como se viu e vê por este governo do Costa demagogo/socratizado mais a sua equipa de educação que só vê pregos, formatados que estão para serem martelos e bater na cabeça dos outros.
1. Silenciar os trabalhadores.
2. Deturpar as suas reivindicações.
3. Mostrar os clientes/utentes afectados.
4. Exagerar os prejuízos da greve.
5. Omitir a exploração dos trabalhadores.
6. Criminalizar as acções e os grevistas.
7. Reduzir as acções grevistas a violência gratuita.
via +/- i.aiestaran
A minha questão é a seguinte: quem deu a ordem para se usarem as notas do 2º período tendo havido aulas no terceiro com avaliações feitas? O/A director/a? Dúvido muito que tenham tomado esta decisão sozinhos... ou houve indicação do ME para atropelarem a lei e porem uns professores a inventarem a nota de outros?
do blog http://www.arlindovsky.net
Quem já deu uma vista de olhos nas mais de 150 páginas do documento, 'Manual da Educação Inclusiva, apoio à prática' que se preocupa com os alunos até ao ridículo de aconselhar os professores a não porem alunos de frente para um foco de luz intensa senão eles ficam encadeados e não vêem nada (como se os professores usassem métodos de tortura...) e depois vê os despachos a dizer, embora por outras palavras mais artificiais, 'dêem lá a porcaria das notas de qualquer maneira' percebe que estes quilómetros de documentos só servem para suas excelências porem no currículo que fizeram reformas na educação porque nós sabemos que de facto, na hora da verdade, estão-se nas tintas para alunos e professores e só querem folhas de excel preenchidas para apresentar serviço.
... mas é mais do género tragédia porque afecta a vida de muitos alunos.
... porque o ME juntamente com a plataforma sindical queriam desmobilizar os professores durante o Verão. Só que desmobilizar desta greve significa desmobilizar da sua própria vida profissional.
Reunião desta quarta-feira terminou sem acordo, mas o Governo mostrou abertura para negociar. Foi nomeada uma comissão bipartida para estudar os impactos financeiros da recuperação do tempo de serviço dos docentes.
... que tutela e devia defender...
The silk floss tree (Ceiba speciosa)
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