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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Fui dar com este artigo do PP que diz disparates do ponto de vista do macho egoísta que tem receio de perder o seu domínio que nem tenho paciência para desmontar tudo. Fez lembrar um artigo idêntico do Oliveira que quando se falou do movimento disse logo que em Portugal não há disso e que é tudo coisa de histéricas e que ele quer continuar a seduzir como sempre fez sem medo de ser perseguido... o cúmulo do machista latino.
Só noto só duas coisas:
1ª PP primeiro lamenta-se de ir ser mal julgado por ser homem. Quanto a isto, só queria dizer-lhe que não é por ser homem. Há muitos homens, e felizmente cada vez mais, que têm consciência da vulgaridade com que o abuso acontece em todo o lado, desde o ambiente do trabalho ao ambiente doméstico e falam disso muito bem. Conheço muitos homens e rapazes jovens que percebem isso perfeitamente. Pequeno abuso e grande abuso, todos partem do mesmo princípio de que as mulheres não têm direito de propriedade sobre si próprias, antes os homens são seus educadores/proprietários.
O problema não está em o PP ser homem mas em ser um machista egoísta. Faz lembrar o Costacenteno com os professores, 'ok, ok, já percebemos que são maltratados mas agora chega que isso já incomoda a nossa vidinha e direitos instalados. Queremos poder seduzir como sempre sem ser incomodados.' Agora as mulheres, apesar de serem as vítimas, como ele próprio diz, é que são agressivas... e porquê? Porque continuam a denunciar e isso incomoda-o.
["Essa cultura agressiva está muito longe do movimento inicial e gera um terreno muito ambíguo que, no limite, pode sempre criminalizar a sedução, gerar uma gramática das relações afectivas muito rígida e burocrática, criando um extenso rol de regras, que só falta colocar no papel numa espécie de contrato de consentimento, cuja validade pode durar uns segundos, porque o “sim” de há segundos pode dar origem a um “não” a seguir. Ninguém se relaciona afectivamente assim na prática, mas pode ser perseguido assim com a maior facilidade."]
2ª é claro que parte do princípio que não é machista mas tinha que acabar a dizer que as mulheres não argumentam racionalmente e que estão a ver tudo de um ponto de vista emocional... afinal, somos todas histéricas como se sabe :)) Pena é que todo o artigo esteja assente em petição de princípio e acabe num declive ardiloso. Enfim, racionalidade duvidosa...
Um conselho a PP: se quer seduzir uma mulher e não está seguro de estar a incorrer em abuso, pergunte-lhe.
Movimentos radicais, como algumas sequelas feministas do #Me Too, na prática, o que fazem é criminalizar a sexualidade, reduzi-la a um contrato codificado de normas e regras, num movimento que resulta num puritanismo moderno, ou numa subvalorização do sexo cuja relação com o abuso habitual torna impuro. O sexo é o lugar do abuso, a sede do abuso, e só burocratas o podem fazer deitados em cima de um código de costumes. Em teoria, porque nada disto acontece na prática, e nem as mais radicais feministas fazem sexo assim.
[é preciso já levar o aventalinho]
«há obediências que já pedem, antes da entrada, o certificado de registo criminal». [para garantir que não está limpo?]
«Se o candidato obtém aprovação, é-lhe ensinada a palavra sagrada do primeiro grau e os respetivos sinais e toques para ser reconhecido e reconhecer os seus irmãos».
(...)que o processo é «muito seletivo» e é feito entre «as elites académicas, culturais, políticas... As elites em geral»
«Para se ser maçon tem de se sujeitar a uma série de provas que realmente garantem a sua honestidade, lisura, verticalidade (...) [exemplos de maçons: João Soares, Rui Pereira (um dos homens mais fortes do GOL), Mário Soares, Sousa Lara, José Fava (ex-sogro de Sócrates), Isaltino Morais, etc.]
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