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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Puseram a máscara da 'direita' e da 'esquerda' para instrumentalizar o povo e alcançar o poder; mataram o centro que é um território enorme mas que não dá poder nem cargos em governos. Ser de esquerda ou de direita é obrigatório e exclusivo de modo que eu, como milhares de portugueses -talvez a maioria- que se posicionam ao centro, deixámos de ter representação. Ninguém nos quer nem se interessa por nós. Estas duas coligações deitaram para o lixo dos desprezáveis, milhares, senão milhões de portugueses. Somos não existentes e insultáveis por ambos os lados. Os da, agora, direita, acusam-me de ser uma perigosa esquerdista e, os da, agora, esquerda, acusam-me de ser uma perigosa direitista. Direita e esquerda -dantes projectos de sociedade- são agora insultos que se atiram mutuamente para alcançarem o poder, não se importando de anular as pessoas enquanto cidadãos. A palavra 'democracia' na boca de uns e de outros cheira mal.
by Matthieu Bourel
Não gosto de mentiras nem de falsidades. Não gosto de máscaras a não ser na literatura. E no carnaval. Como jogos. Não como simulacros do real.
Há pessoas que usam a máscara da amizade para manter perto de si as pessoas. Por diversas razões. Para aqueles que não usam máscara, perceber a facilidade com que outros destroem a amizade é perceber o seu não valor aos olhos desses outros. Custa, saber que uma pessoa a quem valorizámos com lealdade e verdade, não nos pagou na mesma moeda.
O mais difícil nestes casos é sermos capazes de começar outras amizades como se nunca tivéssemos conhecido a traição. É preciso saber não guardar rancor da incapacidade dos outros para a verdade e para a lealdade. O castigo dessas pessoas elas próprias o desenham: acabam por perder todos os amigos e viver rodeadas de outros-máscaras, como elas. É sobretudo triste.
Robert Lostutter
martin van der linden
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