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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Paintings by the 17th century Dutch painter Johannes Vermeer are scattered around the world. But after five years of work, the Louvre museum in Paris has managed to bring together 12 of his masterpieces at a rare exhibition.
Como é que nunca fui a Haia ver a 'rapariga com brinco de pérola', uma pintura de que gosto tanto, morando ali tão perto, durante um bom bocado de tempo? Não se percebe a parvoíve...
Visitors at The Louvre ,1923
Bem relacionado no cenário cultural (foi até assunto de poema escrito por Carlos Drummond de Andrade – O que Alécio Vê), o fotógrafo carioca Alécio de Andrade (1938-2003) passou suas últimas quatro décadas de vida em Paris. Lá, fez 12 000 fotos do mais famoso museu do mundo, o Louvre. Oitenta e oito desses registros estão reunidos no Museu Nacional de Belas Artes. Eles captam os momentos de interação entre o público e as obras expostas. Alécio enxergava os visitantes como atores de um grande teatro. Em suas imagens, há, por exemplo, casais apaixonados, crianças correndo, um guarda entediado ao lado da Mona Lisa e esculturas no papel de personagens. O momento mais mágico, no entanto, é um divertido flagra de três freiras diante da pintura As Três Graças, de Jean-Baptiste Regnault (1754-1829).
“Cada enquadramento lembra uma cena teatral que assistiríamos por cima dos ombros do artista, e onde os visitantes seriam os atores. Uma visão poética, cujo senso de humor se une a uma certa forma de ternura, que torna perceptível a apropriação dos espaços pelo público e as relações, às vezes insólitas, que alguns espectadores estabelecem com as obras de arte.”
in “O Louvre e seus visitantes”, Alécio de Andrade, Edgar Morin e Adrian Harding.
Fotografia de Alécio de Andrade
(do blog http://luciaadverse.wordpress.com)
Umberto Eco (que tem uma biblioteca com 30.000 volumes), em entrevista ao ao Der Spiegel a propósito duma exposição com eventos associados que organizou como curador para o Louvre e a que chamou O Vertígio da Lista por girar à volta da importância das listas na história da humanidade finaliza a conversa com estas palavras:
Aos 13 anos estava fascinado com Stendhal, aos 15 com Thomas Mann e aos 16 amava o Chopin. Depois passei o resto da minha vida a tentar conhecer o resto. Neste momento o Chopin voltou outra vez ao topo. Na vida, quando se interage com as coisas, tudo está em constante mudança. E se nada muda, é porque se é um idiota.
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