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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Bem... ninguém pode dizer que vivemos em tempos monótonos ou aborrecidos, nós que já passámos pelo 24 de abril, 25 Abril, 11 de Março, 25 de Novembro, Conselho de Revolução, COPCOM, PREC, democracia, Presidentes militares, Presidentes civis, maiorias, minorias, escudo, euro...
Esta época vai ser difícil de estudar, no futuro, tal é a velocidade, diversidade e, por vezes, violência, das curvas e contra-curvas dos acontecimentos e mudanças; mas para nós que a vivemos tem sido interessante.
Portugal could make history by becoming the first eurozone bailout country to re-elect a government that imposed harsh and unpopular austerity measures when it votes this weekend.
But despite the beginnings of a fragile economic recovery, Portugal remains heavily in debt and vulnerable. Unemployment is still painfully high at 12%, rising to 30% among young people. Living standards have fallen sharply in what is still western Europe’s poorest nation. One in five people continue to live below the poverty line with an income of less than €5,000 (£3,684) per year. Health and education services have been affected by cuts.
Emigration has also become a major campaign issue. A total of 485,000 people left Portugal between 2011 and 2014, the highest emigration rate in over 50 years in a country whose total population stands at around 10 million. The recent exodus has surpassed the wave of Portuguese emigration in the 1960s that saw an unskilled labour force leave. This time, there has been a mass exodus of qualified youth, including scientists, doctors and nurses.
Estamos a poucos dias das eleições e, na realidade, as alternativas de voto são muito poucas para quem trabalha numa escola, defende princípios democráticos e uma ética de trabalho que benefície os alunos. Nessa medida, não é possivel votar no partido dos amigos do Socas que estiveram ao lado da Rodrigues e do terrorismo que fez aos professores e às escolas durante anos a fio [nem que a vaca tussa, como se costuma dizer, podemos esquecer o salazarismo que essa mulher deixou nas escolas], nem nesta coligação que acabou o trabalho dessa mulher e ainda o levou mais longe aproveitando a estrutura salazarista para despedir professores aos milhares e deixar os alunos à molhada, em mega-agrupamentos, sempre a cortar ajudas e apoios e a aumentar os custos da educação.
É como digo, não há muitas alternativas... de modo que as coisas acabam por resolver-se por si mesmas: se queremos evitar precipícios temos que tomar outros caminhos...
Fui dar com esta sondagem ( https://pt.surveymonkey.com/r/WQBQ3N3.) no blog ideiasebaleias. Fiquei estupefacta com o número de partidos! Não fazia ideia. Há um partido Trabalhista, um partido chamado Juntos pelo Povo, há um partido dos animais [as piadas que podia fazer com isto...]. Afinal há ainda muito por onde escolher.
A CM começou bem com a questão do BES e o PPC esteve mal nesse assunto porque quer defender o indefensável mas depois esteve mal na questão das pensões. Embrulhou-se. Penso, aliás, que na questão do chamado plafonamento do pagamento das pensões, estou de acordo que não é aceitável que pessoas, como os políticos, às centenas, de resto, que trabalham meia dúzia de anos e se reformam aos 50 com reformas de 100, 120, 130 mil euros, ou mais, por ano, tenham essas reformas escandalosas pagas por todos nós.
O PPC esteve mal porque continua a defender a inevitabilidade desta austeridade e o dogma da não renegociação dos prazos e formas de pagamento da dívida como se a vida diária e concreta das pessoas não fosse importante o suficiente para travar essa batalha.
Enfim, tocaram em três assuntos o que tem a ver, penso, com este tipo de moderação que os deixa à solta a repetir-se porque cada um quer ter a última palavra.
Sobre a educação... nada, niente, népias, nicles... e muitos outros assuntos.
Passos C. - a mesma demagogia de Portas acerca do desemprego baixar passando ao lado de um quarto de milhão ter desistido de procurar emprego em Portugal. Depois, diz que as exportações estão no máximo e a economia acima das outras... mas então, se as condições estão no seu melhor e mesmo assim a dívida continua a aumentar, como vai ser possível diminuí-la já para não dizer pagá-la...?
Costa - critica a hiper-austeridade e as incongruências de Passos C. que prometeu uma coisa e entregou outra. Não passa disto...
Estou à espera de ver se dizem que políticas vão fazer para reverter os problemas gravíssimos do País, uns que vêm do governo do Socas outros criados por este e a religião da austeridade.
Resultado: falaram das pensões, da segurança social, umas palavras sobre a devolução da TSU, sobre a saúde foi só demagogia e pouco mais. Sobre o BESgate foi claro que vamos pagar, indirectamente, através da CGD, mais este BPN...
O resto foram acusações mútuas e demagogia.
O passo C. diz que o SNS está com melhor qualidade... isto deve ser uma piada... mas o Costa não soube apresentar soluções.
Acerca da educação nem uma palavrinha... é assunto pouco importante para o país. Sobre os milhares de milhões em ajustes directos, em pagamentos a consultores, em pagamentos de pensões milionárias nem uma palavrinha. Sobre o problema de não nascerem portugueses suficientes e o que fazer para fazer voltar alguns do quarto de milhão que saiu, nem uma palavrinha.
Enfim... isto foi mau para os dois lados e, é muito pouco. Não sei se vão fazer mais debates porque isto foi uma gota de água dos problemas a tratar e os portugueses votantes [e contribuintes] têm direito a saber o que pensam e vão fazer e eles têm o dever de o dizer.
Os entrevistadores estiveram bem.
Às vezes a utilidade dos debates políticos é confirmarmos a inutilidade [destes] políticos no que respeita a ideias para construir um futuro.
O debate começou bem até a Martins ter entalado o Portas com a questão das pensões. A partir daí o Portas escorregou para a demagogia e a desconversa da Grécia e do Syrisa. Espingardou, sempre a repetir que as exportações estão de vento em popa e minimizou os problemas do desemprego e da pobreza.
A Martins está muito bem na crítica, no desmontar da demagogia do Portas e no apontar dos problemas mas nem um nem outro nos dizem o que farão se ganharem eleições. Nem o que defendem em termos de grandes linhas políticas que sirvam uma visão de futuro [se calhar não têm visão] nem o que farão em termos de políticas práticas: para o emprego, para reduzir a dívida, para regular o desgoverno ladrão da banca, para reverter a desertificação do país, para reverter o problema gravíssimo da falta de nascimentos, do desiderato migratório... nada de nada. Enfim, o Portas acha que já tudo foi quase feito, agora é só 'deixar rolar'...
Não sei, mas parece-me que num debate para eleições legislativas têm que ser apresentados os pontos do programa, as políticas com que se comprometem.
A entrevistadora também não está bem. Deixa-os à vontade... começou com uma pergunta sem interesse nenhum de um internauta e depois deixou-os. Tinha que ter uma lista dos problemas do país e perguntar-lhes o que é que o programa de cada um defende e como vão implementar o que defendem.
Enfim, está um debate desinteressante.
Só faltou beijarem-se todos e irem tomar chá juntos e fazer troca de presentes... agora está na fase de perguntas do povo e ele nas sete quintas a fazer charme, o que é fácil porque só lhe fazem soup questions. A única pessoa que tentou fazer-lhe perguntas sérias foi a Constança Sá e um comentador da TV de quem não sei o nome mas acabou com uma conversa de 'nós somos os bons e a oposição vai estragar tudo' que o tipo é um espertalhão que ainda os outros estão encalhados no trânsito da Lisboa já ele vai no Porto...
Hoje conversava com um amigo sobre não sabermos, nem ele nem eu, em quem votar, nestas legislativas. No PSD é impossível porque governa a castigar os que mais precisam e sem consciência social. Dá cabo do país, tira-nos salário para enterrar nos Bancos [coitadinhos] e gaba-se disso; o PS é igual, um partido de amigos do Socas sem ideias. O PCP, o Bloco? Partidos sem visão, sem políticas, sem estratégias. Partidos de chichés e slogans. Não há voto positivo. Nenhum partido é uma escolha positiva. É tudo uma continuidade do mesmo pantâno: do mesmo caciquismo, do mesmo clientelismo e servilismo aos interesses de grupos, da mesma rede de mentiredos e incompetências que a maioria sofre na pele.
Só se saíria disto com partidos diferentes de pessoas diferentes mas por um lado, os partidos estão cristalizados nos seus interesses e bloqueiam qualquer inovação, por outro, as pessoas novas, que andam na casa dos trinta e que, sendo muitas, causariam incómodo e pressão de mudança ou, até, poderiam juntar-se e fazer um partido novo, com uma visão política completamente diferente deste marasmo, foram-se embora, às centenas de milhar... ficaram os reformados e os desempregados... porque os poucos que sobram com cabeça e formação e ideias, esses, afastam-se destes políticos que temos. Porque ninguém com três neurónios aguenta ter que trabalhar com esta gente tão poucochinha.
Tenho menos de um mês para decidir.
ou... riscar todos os nomes/símbolos partidários, acto que estará mais de acordo com o que penso e quero dizer.
Ou este país enloqueceu! Ontem uma sondagem dizia que mais de 90% dos portugueses culpam o Sócrates pela situação em que estamos e hoje iam votar nele? Há sondagens a dizer tudo e o seu contrário ao mesmo tempo.
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