He calls me neshama, I call him habibi. Love doesn't speak the language of occupation #JewsAndArabsRefuseToBeEnemies
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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Claude Lanzmann, realizador de Shoah, filma aqui Benjamin Murmelstein, o último Presidente do Conselho Judeu do gueto de Teresine (Theresienstadt em alemão), o único desse Conselho a escapar vivo. Theresienstadt foi anunciado como 'a cidade paraíso que Hitler deu de presente aos judeus', um gueto modelo para inglês ver. Só que não o era e Benjamin Murmelstein leva-nos até esse tempo da 'solução final' num testemunho vívido e impressionante dum homem culto e inteligente.
Theresienstadt era um gueto de veneráveis, de famílias inteiras, de gente da alta burguesia, de profesores universitários, artistas... alguns destes deixaram desenharam o dia a dia do gueto.
Tinha aqui o filme para ver já há um certo tempo e lembrei-me de vê-lo depois de ter lido que vai ser autorizada a reedição de A Minha Luta, o livro que Hitler escreveu onde explica o que lhe vai na cabeça e quais as suas intenções para a Vaterland.
Tenho esse livro numa edição de 1976 -que li uma única vez há muitos anos-, com alguns comentários interessantes (e um muito infeliz, na minha modesta e ignorante opinião), que folheei e do qual li pedaços um pouco ao acaso depois de ler a notícia. Não há dúvida que o tipo era um narcisista [do género exuberante, não do género dissimulado, como há muito por aí] em extremo, muito inteligente, absolutamente sem escrúpulos e com uma mentalidade provinciana completamente amoral.
No ano passado quando fui a Berlim o que mais me impressionou foi este passado monstruoso estar todo à vista. Nada ter sido escondido ou dissimulado. Achei admirável. Sabe deus que a maioria das pessoas não tem coragem de se olhar e ver quanto mais povos inteiros...
Enfim, o filme é baseado num conjunto de entrevistas que Lanzmann fez a Murmelstein quando andava a fazer Shoah e que na altura entendeu não utilizar.
He calls me neshama, I call him habibi. Love doesn't speak the language of occupation #JewsAndArabsRefuseToBeEnemies
(JTA) — The Portuguese parliament passed legislation facilitating the naturalization of descendants of 16th-century Jews who fled because of religious persecution.
The motion, which was submitted by the Socialist and Center Right parties, was read Thursday in parliament and approved unanimously Friday as an amendment to Portugal’s Law on Nationality.
It allows descendants of Jews who were expelled in the 16th century to become citizens if they “belong to a Sephardic community of Portuguese origin with ties to Portugal,” according to Jose Oulman Carp, president of Portugal’s Jewish community.
Não sabia disto mas parece-me bem. Nunca é tarde para emendar uma injustiça e acrescenta honra a quem o faz. A inquisição portuguesa teve início em 1536 e resultou na expulsão de muitos dos 400.000 judeus que cá viviam, sendo um grande número deles refugiados, de Espanha. Só não se expulsaram mais porque muitos foram cristianizados à força.
Li que o chefe do governo holandês, Frits Bolkestein, aconselhou publicamente os judeus a mandarem os seus filhos para Israel ou para os EUA. Disse que 'não vê futuro para eles na Holanda em virtude do anti-semitismo, principalmente da população marroquina', muçulmana, que cresce imparável. Isto, dito num país onde mais de 150.000 judeus foram deportados e mortos há menos de cem anos... não é pouca coisa.
Ao que parece, também noutros países vizinhos o problema está a manifestar-se: as comunidades islâmicas a crescer e os governos sem saber o que fazer: se fazer como a Alemanha que já afirmou o fim da coexistência do multiculturalismo ou se tentam desenvolver o modelo actual. A verdade é que as populações islâmicas crescem a tal ritmo que em algumas cidades fecham-se ruas algumas vezes ao dia para que os muçulmanos possam ajoelhar-se e rezar à volta das mesquitas que já são pequenas para os conter.
A maior parte dos países, pelo que li, tem optado pela inacção por não saberem bem que atitude tomar. Em França e na Suécia a situação já constitui um problema. Na Espanha um encarregado de educação fez queixa dum professor por ter feito referência à carne de porco que é produzida na região, em França os pais vão às escolas queixar-se das professoras serem mulheres, de usarem saias e de castigarem os filhos homens.
Dito isto, não fazer nada e deixar andar parece-me perigoso e pelos vistos assim está a ser encarado, de tal modo que já se aconselha os judeus a partir...sinais muito preocupantes do que aí pode vir.
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